PECUÁRIA SUSTENTÁVEL DEVE SE TORNAR NORMA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE, DIZ FAO
A
produção pecuária sustentável deve se tornar norma na América Latina e
no Caribe, para garantir a proteção dos recursos naturais que sustentam a
segurança alimentar, afirmou a Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
no encontro Agenda Global para a Pecuária Sustentável,
ocorrido no Panamá.
Mais
de 200 representantes de governo, sociedade civil, academia e
associações de produtores pecuários de 50 países assinaram a Declaração
do Panamá, a qual adotou os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
como o marco que apoiará sua ação no nível mundial.
Segundo a FAO,
nas últimas décadas ocorreu um aumento importante da demanda mundial por produtos de origem animal, que até 2050 aumentará 70%.
A
América Latina respondeu a esta tendência tornando-se o principal
exportador global de carne bovina e de aves, e um grande produtor de
carne
de porco e lácteos. No entanto, esse processo de crescimento ocorreu,
em sua maioria, mediante sistemas intensivos de produção, com o
consequente impacto ambiental.
?Mais
de 70% dos pastos da região apresentam um nível moderado ou severo de
degradação, afetando seriamente a sustentabilidade dos recursos
naturais?, disse Tito Díaz, coordenador da FAO
para a Mesoamérica (que inclui o sul do México e países da América Central).
Durante
a sexta reunião da Agenda Global de Pecuária Sustentável, os ministros
latino-americanos destacaram a necessidade de articular suas
políticas pecuárias com as de desenvolvimento rural, social e ambiental
para alcançar a sustentabilidade.
Além
disso, concordaram em garantir a participação ativa da região na
formulação e execução dos planos de trabalho da Agenda Global a partir
das prioridades definidas pelos países da Comissão de Desenvolvimento Pecuário para América Latina e Caribe.
Um setor estratégico para a segurança alimentar
A pecuária é um setor estratégico para a segurança alimentar regional: segundo a FAO,
25% das calorias e 15% das proteínas consumidas por seus habitantes são de origem animal
O
setor pecuário na América Latina e Caribe contribui com 46% do PIB
agrícola da região, mas apenas cinco países respondem por cerca de 75%
da produção regional.
Aproximadamente
80% dos produtores pecuários da região são pequenos agricultores
familiares, que desenvolvem uma tradução pecuária extensiva
e rural.
?Estes
produtores representam uma oportunidade-chave para que os governos
impulsionem formas sustentáveis de produção através de políticas
inovadoras e adequadas às suas necessidades?, afirmou Diaz durante a
reunião.
A
importância para a segurança alimentar dos pequenos produtores
pecuários é reconhecida pelo principal acordo regional de erradicação da
fome, o Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome
da Comunidade
dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que fomenta esse setor por meio de políticas sociais, econômicas e de desenvolvimento rural.
Uma
alternativa que tem funcionado bem na região em termos de
sustentabilidade são sistemas silvipastoris, que combinam árvores,
pastagens
e animais dentro do mesmo lote.
Em zonas de reservas camponesas na Colômbia, a FAO tem
apoiado esses sistemas que permitem uma melhor conservação do solo,
melhorar pastagens e dar uma alimentação mais balanceada aos animais.
?As
árvores dão sombra para o gado, melhoram a fertilidade dos solos e
permitem renda econômica adicional de médio e longo prazo com a
madeira?,
disse Diaz.
Outra
prática que aumenta a sustentabilidade do setor pecuário é o tratamento
de resíduos da produção agrícola, como o esterco do gado para
gerar adubo agrícola de alto valor nutricional ? e biogás para ser
utilizado como combustível
Essas
iniciativas reduzem o potencial de contaminação da água e da atmosfera,
contribuindo para reduzir os custos de produção e melhorar as
cadeias de valor de pequenos e grandes produtores.
De acordo com a FAO,
o aumento do uso dessas tecnologias no mundo, juntamente com as
melhores práticas na alimentação, saúde e criação de gado, poderia
ajudar o setor pecuário mundial a reduzir a sua produção de gases de
efeito estufa que causam o aquecimento global em até 30%.
FONTE: ONU Brasil
AGRONEGÓCIO PRECISA TRILHAR CAMINHOS MAIS ECOLÓGICOS
Se
juntássemos todas as pessoas adultas do planeta em uma única balança,
os ponteiros indicariam o número de 287 milhões de toneladas. Fruto de
uma pesquisa realizada pela
London School of Hygiene & Tropical Medicine,
o resultado pode servir ? para as mentes mais ilustradas que necessitam
de exemplos físicos para interpretar grandezas ? como efeito de
comparação para compreender a expressividade do agronegócio brasileiro:
estima-se que, na próxima década, a produção de
grãos deva alcançar 248 milhões de toneladas. E os números não param
por aí.
Segundo o coordenador geral de planejamento estratégico doMinistério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) José Garcia Gasques, a área cultivável no território brasileiro
deverá aumentar 17%. Com a expansão de produção e produtividade,
essenciais perguntas passam a ser questionadas: como aliar o
agronegócio ao desenvolvimento sustentável?
Energia na planta das tribos amazônicas
Desenvolvimento sustentável foi definido no Relatório Brundtland da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE)
em 1987 como sendo a capacidade de satisfazer as necessidades da
geração presente, sem comprometer a capacidade de atender
as necessidades das futuras gerações.
Segundo relatório divulgado pelo
Ministério de Minas e Energia
(MME) de 2014, a
agropecuária, apesar de representar apenas 4,2% da energia consumida no
Brasil, ainda tem o fluxo energético concentrado nos derivados de
petróleo. Além de ser uma fonte esgotável, a queima do petróleo é
responsável pela poluição atmosférica e degradação do
meio ambiente, indo contra toda a essência do desenvolvimento
sustentável.
Buscando
fontes de energia renováveis para diminuir a dependência e consumo de
combustíveis fósseis, o pesquisador do Programa de Pós-Graduação em
Energia da
Universidade de São Paulo
(USP), Felipe Teixeira Favaro,
optou por se dedicar ao estudo do dendê. Do fruto, é extraído o óleo de
palma, que pode ser utilizado para a produção de energia elétrica.
Favaro
acredita que o futuro do sistema elétrico brasileiro está na ?geração
de energia de forma descentralizada, próxima aos consumidores finais?. O
estudioso focou sua pesquisa na Região
Amazônica do país: ?Nessa região existe uma contradição muito grande,
pois mesmo sendo a área mais rica em biodiversidade do mundo, as tribos,
povoados e famílias que vivem em locais mais afastados das capitais se
utilizam de geradores a diesel para a produção
de energia?.
Além
disso, a região possuiria grandes áreas degradadas, e o plantio do
dendezeiro se adaptaria bem a tais ambientes. ?O dendê se adapta bem ao
clima tropical e à terra desgastada. A geração
da biomassa advinda da extração do óleo da planta produziria energia
elétrica renovável para ser utilizada pela população próxima?. O retorno
social também seria um ponto positivo, pois geraria empregos fora das
grandes cidades, ?a fim de evitar o êxodo rural?.
Sustentabilidade na planta do arquiteto
Não
é apenas de agricultores e empresários que vive o setor que representa
20% da economia do Brasil (cerca de 1 trilhão de reais). Para que a
agroindústria trilhe caminhos mais ecológicos,
até o campo arquitetura e urbanismo está envolvido. O pesquisador
Gabriel Nery Prata, da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da
Universidade de São Paulo
(USP), acredita que a área
detém os conhecimentos técnicos necessários para a criação de
estruturas, métodos construtivos não-exploratórios e formas de
organização urbana que podem auxiliar o processo.
Prata
explica que é possível pensar em uma regulamentação urbanística com
áreas destinadas a programas de produção agrícola voltados para produção
de alimentos, ou que atendam a demanda
social de famílias inscritas em programas de distribuição de terras. ?A
ideia de cidades mais compactas pressupõe liberação de espaços para
agropecuária e, a princípio, garantia da manutenção de reservas
indígenas e ambientais?, afirma.
Um
dos principais problemas do agronegócio brasileiro é a logística.
Enquanto o custo da saída de uma tonelada de soja do Mato Grosso para a
China é de US$ 185, dos EUA, o número cai para
US$ 71. O pesquisador também defende que a infraestruturas seja
reorganizada: ?Estruturar adequadamente os arranjos produtivos no
território otimizando a produção e logística dos complexos
agroindustriais é de extrema importância?.
Para
que medidas sustentáveis se tornem de fato implementadas, seria
necessário o apoio e cooperação de iniciativas públicas e privadas.
Prata elucida: ?De nada adianta o conhecimento e
propostas técnicas se continuar faltando vontade política para colocar
isso tudo em prática e de posicionamento da sociedade civil. É preciso
rever a matriz de produção agroindustrial e essa sobreposição do
interesse de grandes empresas e latifundiários em
detrimento de garantias ambientais e de necessidades da população como
um todo?. FONTE:
Agência Universitária de Notícias - Bianca Kirklewski
Herculano Baptista ? Jornalista
INFORMAÇÃO FLORESTAL A UM CLIQUE
A Embrapa Florestas está incrementando as informações técnicas disponíveis em seu Portal. Para isso, foi criado um espaço específico para ?Transferência de Tecnologia?, onde são publicadas informações sobre diversos temas para os quais existem indicações de procedimentos e resultados de pesquisa.
Já estão publicadas páginas sobre eucalipto, sistema silvipastoril, pupunha, erva-mate e softwares para manejo florestal. Para o segundo semestre, estão previstas páginas sobre pínus e pragas florestais.
Cada página traz as principais perguntas e respostas de cada tema, além de notícias, vídeos e publicações. ?Para isso, fizemos um levantamento de demandas junto ao nosso Serviço de Atendimento ao Cidadão ? SAC e consultas a participantes de eventos promovidos pela Embrapa Florestas?, informa Joel Penteado Jr, do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia ? SIPT. ?A intenção é facilitar o acesso às informações mais procuradas dentro dos temas que trabalhamos?, completa.
A publicação destas páginas em ambiente online faz parte de um trabalho de criação de materiais para auxílio às ações de Transferência de Tecnologia (TT). Chamados de ?TT Florestal?, os materiais são elaborados a partir de resultados de pesquisa da Unidade já publicados, mas com uma linguagem e identidade visuais específicos.
Estes materiais têm sido utilizados em capacitações, dias de campo, feiras e exposições, e são compostos por filipetas, folderes e apostilas, além das páginas no Portal. Novos materiais estão em produção e devem ser disponibilizados em breve.
Para conhecer estes trabalhos, acesse
Portal
TT Florestal
Folderes
* Poda em ervais plantados a pleno sol, * Softwares da Família SIS (manejo florestal),
* ILPF, * Gestão da propriedade rural com pupunha, * Controle de formigas cortadeiras em ILPF, * Reserva Legal e Área de Preservação Permanente.
Apostilas
* Cultivo de eucalipto em propriedades rurais: diversificação da produção e renda,
* Pupunheira para produção de palmito,
FONTE: Embrapa Florestas - Katia Pichelli ? Jornalista
E-mail: florestas.imprensa@embrapa.br
CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO
A trigésima primeira edição do
Congresso Nacional de Milho e Sorgo acontece de 25 a 29
de setembro de 2016, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. O evento é organizado pela
Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro),
Emater/RS-Ascar,
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e
Associação Nacional de Milho e Sorgo (ABMS). O tema do Congresso
será Inovações, mercados e segurança alimentar. As inscrições foram prorrogadas até a data de 30 de Junho. FONTE:
Emater/RS-Ascar.
II FORMAÇÃO CONTINUADA PARA AGENTES DE FORMAÇÃO INFANTIL
O
Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário ? INFOCOS por meio do
Programa UM OLHAR PARA O FUTURO ? Cooperativismo nas Escolas, estará
realizando
nos dias 3 e 4 de Agosto o II Formação Continuada para Agentes de
Formação Infantil em Faxinal do Céu, município de Pinhão/PR. O evento é
dirigido a Agentes de Formação Infantil que lecionam para Educandos das
Escolas da Rede Municipal e Estadual, 4º e 5º
anos dos municípios que participam do Programa no Paraná, Santa
Catarina, Rondônia, Espírito Santo, Minas Gerais e envolve neste ano
aproximada de 6.000 crianças.
X SEMFA - SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO EM AGROECOLOGIA ALIMENTAÇÃO E SAÚDE ? BASES PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
No período25 a 28 de Outubro ocorre em Santa Maria o X Seminário de Formação em Agroecologia, Alimentação e Saúde, promovido pela Universidade Federal de Santa Maria/RS e o Grupo de Agroecologia Terra Sul. O evento conta com o apoio do CNPQ, CVT/NEA, NESAF, Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural e Programa de Pos Graduação em Extensão Rural da UFSM, Programa de Educação Sócio Ambiental, Cooesperança. Entre os eixos temáticos do Seminário destacam-se: Estratégias de Desenvolvimento Socioeconômico, Produção de Alimentos Agroecológico, Saúde, Gênero e Agroecologia e Construção do Conhecimento Agroecológico. O envio dos trabalhos deve ocorrer até 29 de Julho através do e-mail: semfa.trabalhos@gmail.com As inscrições de participação e trabalho para o evento são gratuitas. Maiores informações: agroecologiasemfa.blogspot.com.br/.
23ª FEICOOP - FEIRA LATINO AMERICANA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
A
cidade de Santa Maria/RS será sede no período de 08 a 10 de julho da
23ª Feira Latino-Americana de Economia Solidária. Realizada desde 1994, é
um grande espaço de articulação, debate,
trocas de ideias, experiências de comercialização direta dos
empreendimentos solidários da economia solidária, da agricultura
familiar, das agroindústrias familiares, dos catadores, dos povos
indígenas, dos trabalhadores do campo e da cidade e do Fórum Social
Mundial. É, também, um espaço de articulação nacional e internacional,
através do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e dos Fóruns
Regionais de Economia Solidária. O evento será realizado no Centro de
Referência em Econômica Solidária Dom Ivo Lorscheiter.
Mais Informações
Projeto Esperança/Cooesperança Rua: Silva Jardim, 1704 - Centro Fone: (55) 3219 4599 /3223-0219 ramal-16 ou pelo E-mail:projeto@esperancacooesperanca.org.br Site
www.esperancacooesperanca.org.br
Projeto Esperança/Cooesperança Rua: Silva Jardim, 1704 - Centro Fone: (55) 3219 4599 /3223-0219 ramal-16 ou pelo E-mail:projeto@esperancacooesperanca.org.br Site
www.esperancacooesperanca.org.br
REDE DE HOSPEDAGEM GRATUITA EM FAZENDAS ORGÂNICAS PELO MUNDO!
A rede WWOOF, World Wide Opportunities on Organic Farms tem uma proposta parecida com a do CouchSurfing. No entanto, as
hospedagens gratuitas são em fazendas espalhadas pelo mundo.
A
ideia é possibilitar a troca de vivências dentro do conceito da
agricultura e estimular hábitos de consumo sustentáveis.
Além da hospedagem gratuita , os anfitriões oferecem três refeições
diárias. Em troca, o viajante vai trabalhar meio período (entre 4 a 6
horas), durante 5 dias da semana, com finais de semana livre. Os
trabalhos são diversos: plantio (preparo do solo e semeio),
permacultura, agricultura, avicultura, jardinagens, limpeza, entre
outros. Algumas fazendas dispõem de espaços para práticas de atividades
holísticas e artísticas, como yoga, biodança e tai chi chuan.
A WWOOF possibilita o contato com agricultores e ainda, permite a experiência de aprendizado prático com diversas técnicas
de agricultura. Maiores informações:
www.dentrodomochilao.com/2014/01/wwoof-hospedagem-gratuita-fazendas-organicas-mundo/
Fonte : Rede Consagro