sexta-feira, 29 de julho de 2016

Projetos beneficiam hortaliças e frutas nativas

Erexim (RS) - Diversidade de comida boa traz saúde para a mesa e para o bolso. Esta afirmação é concretizada a partir de oficinas, realizadas pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) núcleo Erexim (RS), que reúnem agricultoras e agricultores. As atividades de reconhecer o valor das frutas nativas e beneficiar hortaliças reúnem o Projeto Ecoforte e a chamada pública de ATER.
“Em setembro de 2014 iniciamos o mapeamento de espécies de frutas nativas que existem nas propriedades das 80 famílias beneficiadas no projeto do Ministério do Desenvolvimento Agrário”, conta Deoner Zanatta Júnior, engenheiro florestal e técnico do CAPA encarregado do projeto que se estende até 2017 e pode ser renovado se a conjuntura política for favorável.

NOVIDADES NO CLIMA

O levantamento botânico teve abrangência de sete municípios do Alto Uruguai e foi constatado que agora existe um clima local diferenciado, criado pela barragem de Itá. “Com uma maior umidade praticamente não ocorrem mais geadas em locais de Severiano de Almeida, Marcelino Ramos e Paulo Bento. Nestas propriedades passou-se a produzir frutas que costumavam ser cultivas apenas junto ao litoral gaúcho”, releva Deoner. Entre elas encontram-se abacaxi, banana, goiaba, araçá e a palmeira jussara que produz uma espécie de açaí. 
Um dos objetivos do projeto é provar que as espécies nativas, muitas vezes esquecidas no pátio, podem agregar valor a partir de beneficiamentos agroindústrias. “Conseguimos fazer suco e polpa de frutas como butiá, jabuticaba, guabiroba, uvaia e pitanga, esta ainda com dificuldades de extração.”
Os equipamentos, que permitem beneficiar as frutas e também hortaliças orgânicas que porventura voltem das feiras agroecológicas, vieram do Projeto Ecoforte patrocinado pela Fundação Banco do Brasil. “Iniciamos as atividades em março de 2015, ao receber dois conjuntos de equipamentos”, conta Daiane de Mattos Taborda, engenheira agrônoma e técnica do CAPA que responde pelo projeto.
“O Ecoforte propõe-se a criar 18 unidades de referência no RS para processar hortaliças, frutas nativas e grãos”, explica Daiane. O CAPA/Erexim recebeu dois conjuntos de equipamentos, um para cortar e embalar hortaliças e legumes, e outro para extrair suco e polpa de frutas encontradas na região. Além de produzir alimentos, o programa também visa a sua comercialização a partir de trocas e de vendas que acontecem nos encontros estaduais da Rede Ecoforte.
Durante as oficinas, que geralmente acontecem em espaços públicos municipais, Deoner e Daina mostram novas possibilidades de produtos que possam aumentar a renda familiar e estão disponíveis na vegetação nativa.” Apresentamos alternativas simples e viáveis para diversificar os pomares. Em nossa região pessoas que investiram muito em cítricos atualmente encontram dificuldades para comercializar sua produção.” justifica Daiane.

MULTIPLICANDO ESFORÇOS: UNIDADES EXPERIMENTAIS PARTICIPATIVAS DE SAF SÃO SOCIALIZADAS COMO ALTERNATIVA A AGRICULTURA FAMILIAR.




Durante o mês de julho, o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) realizou uma tarde de campo na propriedade de Ênio Nilo Ludwig Schiavon, para trabalhar o tema Sistemas Agroflorestais (SAF), em Pelotas (RS). Fonte: www.capa.org.br/blog/diversidade-e-sustentabilidade-em-tarde-de-campo/.
Neste dia, estiveram presentes 53 pessoas entre técnicas, técnicos, agricultoras e agricultores de diferentes regiões, com o intuito de realizar SAFs em suas propriedades, com o objetivo de melhorar a segurança alimentar por meio de frutas, tubérculos e plantas medicinais, e com vistas a proporcionar outra fonte de renda no futuro.
O agricultor Ênio Nilo Ludwig Schiavon possui uma Unidade Experimental Participativa em Sistemas Agroflorestais (UEP/SAF) que integra a rede de agroflorestas do território da Serra dos Tapes, RS, que é conformada por propriedades dos municípios de Canguçu, Pelotas, São Lourenço do Sul e demais municipalidades circunvizinhas.
A rede vem sendo fomentada pelo Projeto SAF 2 – “Construção participativa de sistemas agroflorestais sucessionais no território da Serra dos Tapes, RS” que é coordenado pelo Pesquisador Dr. Joel Henrique Cardoso, Embrapa Clima Temperado. O projeto é financiado pela EMBRAPA em sua carteira de Projetos do Macroprograma 6 – Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar e à Sustentabilidade do Meio Rural, que entre suas ações de Pesquisa e Desenvolvimento consta a implantação e manejo de unidades agroflorestais, que até o momento totalizam 7 unidades implantadas, sendo 3 em Canguçu, 01 em Pelotas, 1 em Capão do Leão e 3 em São Lourenço do Sul.
No ano de 2016, o Projeto SAF 2 pretende implantar mais 5 unidades, totalizando 12 experiências concretas, que além de cumprir suas funções produtivas, sociais e ambientais, devem incentivar outras famílias e organizações a planejar, implantar e manejar unidades agroflorestais no território.
Fonte: Joel Henrique Cardoso (joel.cardoso@embrapa.br)- Pesquisador em Sistemas Agroflorestais, Embrapa Clima Temperado.

QUALIDADE DE VIDA É BUSCADA POR PRODUTORES DE IPÊ


O município de Ipê no Rio Grande do Sul é a Capital Nacional da Agroecologia. Entre os produtores que apostam nessa iniciativa está a família de Douglas Garbin e Fernanda Silveira e a família de Marcos, Elisana e Maria Luísa Mosquer. As duas famílias que residem na Capela São Brás produzem morango, tomate e amora de forma orgânica. Eles saíram de Caxias do Sul rumo a Ipê em busca de uma qualidade de vida melhor. Contam que Douglas passou a ter problemas de saúde, causado em grande parte pela má alimentação e estresse do dia-a-dia, já que viajava seguidamente em função da profissão que exercia. Tinha um bom salário, mas não tinha um bom aproveitamento do mesmo. Percebendo que morar no campo poderia proporcionar uma qualidade de vida diferente da cidade grande, optaram por comprar uma propriedade no interior de Ipê. Em janeiro de 2015 em família, já que Elisana e Douglas são irmãos, passaram a trabalhar com produção orgânica.
As duas famílias possuem na propriedade duas estufas de morangos que compreendem 720 metros quadrados, duas estufas de tomates que compreendem mais 720 metros quadrados e em uma área de ¼ de hectare é produzido amoras. A produção destina-se às feiras em Porto Alegre e Caxias do Sul, bem como para a Econativa, que é uma cooperativa que comercializa os produtos orgânicos de Ipê, destinando-os para supermercados. As duas famílias trabalham apenas com a produção de morangos, amoras e tomates. Já a produção de algumas hortaliças como brócolis e alface destina-se ao consumo próprio.
Benefício à saúde
O que levou os produtores a investirem na atividade orgânica foi o benefício à saúde, além de ser uma forma de preservar o meio ambiente sem as intoxicações que os agrotóxicos provocam no mesmo e na vida dos consumidores. “Assim estamos contribuindo para o meio ambiente e mostrando que é possível ter uma vida melhor se alimentando com frutas, verduras e produtos sem agrotóxicos”, destacam. 
Douglas comenta que a Cresol auxiliou e auxilia para a implantação das estufas. “Com um crédito diferenciado para mim já que trabalho com agroecologia. Também a Cresol tem uma linha completa de serviços que caso precisar sei que posso contar com estes recursos e juros diferenciados para melhor investimento em minha propriedade”, salienta. As famílias são associadas da Cresol Posto de Atendimento de Ipê, vinculada a Cresol Planalto Serra.
Sobre as dificuldades enfrentadas para produzir agro ecologicamente, Douglas e Marcos destacam que pelo fato de serem produtos orgânicos, não pode ser utilizado nenhum tipo de agrotóxico. “E como hoje em dia há muitas pessoas que usam disto, as sementes já vem com uma certa resistência, pois grande parte são transgênicas. Portanto, a grande dificuldade é em lidar com isto, pelo fato de os tratamentos orgânicos serem naturais, à base de ervas”, relatam os produtores.
Já os pontos positivos, eles afirmam que são diversos. “Um deles é o prazer de trabalhar com produtos assim, sem ter de usar agrotóxicos, sem prejudicar o meio em que vivemos, e também sem prejudicar a saúde das pessoas”, argumentam. 
Fonte: Cresol Central SC/RS

quarta-feira, 27 de julho de 2016

MDSA orienta compras institucionais do PAA em Santa Catarina

FOTO: José Meurer/Ascomsst
 
Florianópolis – A modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) possibilita que órgãos e instituições federais comprem no mínimo 30% de alimentos agricultura familiar com dispensa de licitação. Para esclarecer aspectos técnicos das compras institucionais, a coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Hétel Santos, participa do Seminário Estadual de Compras Institucionais de Santa Catarina, realizado até esta sexta-feira (21), em Florianópolis. 
O seminário é realizado pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) do Estado. Cerca de 120 participantes estão discutindo o Marco Regulatório das Compras Institucionais, chamadas públicas, organização da agricultura familiar e a implantação das compras públicas institucionais em Santa Catarina. O governo do Estado pretende lançar um marco regulatório para promover a inclusão socioeconômica rural, pois 85% dos pequenos produtores catarinenses são de agricultores familiares. 
De acordo com Hétel Santos, a discussão do marco regulatório vai estimular o mercado local e possibilitar a inclusão social e econômica da agricultura familiar. “O MDSA já apoia a compra pública em Santa Catarina, desde 2004, para abastecimento dos equipamentos públicos e rede socioassistencial pelas aquisições do Programa de Aquisição de Alimentos. Este evento consolida a ampliação da compra pública para os órgãos, é uma nova etapa de oportunidades de mercado de compras públicas para o Estado e para a Agricultura Familiar”, afirma. 


A tenente da Aeronáutica Silvia Macedo participa do Seminário com o intuito de adquirir variedades da agricultura familiar para a Seção de Subsistência da Base Aérea de Florianópolis. “Nossa intenção é conhecer e aprender sobre essa modalidade para colocar nas nossas licitações. É esclarecedor que a agricultura familiar não fornece somente hortifrúti. Vamos fazer um estudo para saber o que adquirir”. 
O diretor presidente da União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) em Santa Catarina, Genes da Fonseca Rosa, destacou que as cooperativas é a melhor forma dos agricultores familiares se organizarem para vender seus produtos. “As cooperativas conseguem reunir os produtos para a comercialização porque classifica, padroniza a embalagem e organiza a logística de transporte para a entrega”, afirma. 
Para a conselheira de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina e membro do Movimento das Mulheres Camponesas, Adélia Maria Schmitz, alimento de qualidade é aquele sem agrotóxico e ela afirma que a agricultura familiar produz mais orgânicos e agroecológicos. “Meu desejo de mulher camponesa é que a mulher que mora na cidade tenha o direito de consumir uma alimentação digna e saudável sem agrotóxicos”. 
PAA - Em Santa Catarina 1,4 mil agricultores familiares já participaram de alguma modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos, fornecendo um total de 3,5 mil toneladas de alimentos que beneficiaram 205 entidades socioassistenciais e instituições públicas. Foram realizadas três chamadas públicas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e MDSA na ordem de R$ 1,1 milhão, entre 2014 e 2015, para fornecimento de 274,4 mil toneladas de alimentos em Santa Catarina. 
Os agricultores familiares catarinenses também já atenderam chamadas públicas para fornecimento de 6 mil cestas de alimentos para 3,8 mil famíília de indígenas, acampados e atingidos por grande empreendimentos em situação de insegurança alimentar.

VENDA MAIS PARA O GOVERNO!

Empreendimentos da Agricultura Familiar portador de DAP Jurídica, interessados em vender seus produtos para órgãos governamentais, deverão solicitar cadastramento no Portal de Compras da Agricultura Familiar, pelo e-mail: paacomprainstitucional@mds.gov.br solicitando senha para cadastramento, informando:
  • Nome do empreendimento;
  • CNPJ;
  • DAP-PJ válida;
  • E-mail oficial do empreendimento ou da área comercial.
  • Telefone

Universidade mineira abre chamada pública para aquisição de alimentos

Foto: Sergio Amaral/MDSA
 
Brasília – A Universidade Federal de Ouro Preto, de Minas Gerais, lança pela primeira vez uma chamada pública para a compra de alimentos da agricultura familiar por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA). O investimento previsto para a chamada pública é de R$ 817 mil.
A compra será para agricultores familiares e organizações, comunidades tradicionais, assentados, mulheres e para a produção agroecológica e de orgânicos que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Cada agricultor familiar poderá vender até R$ 20 mil.
Os interessados devem apresentar a documentação para habilitação e a proposta de venda na Coordenação de Suprimentos, localizada no Centro de Convergência do Campus Universitário Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto, até dia 9 de agosto. A entrega dos alimentos nos restaurantes será entre agosto e dezembro de 2016.
No total, mais de 152 toneladas de alimentos; entre verduras, legumes, feijão e rapadura; serão adquiridas para compor a alimentação de quatro restaurantes universitários da instituição. Por dia, a universidade oferta, em média, 5,5 mil refeições.  

Para acessar o edital da chamada pública, clique aqui.

A Universidade Federal de Ouro Preto é a sexta entidade de ensino superior a realizar chamadas públicas para a compra de produtos da agricultura familiar. A legislação atual determina que órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta comprem ao menos 30% de gêneros alimentícios de agricultores familiares e suas organizações.
De acordo com o chefe do Centro de Custo e Arrecadação da Universidade e presidente do Conselho de Alimentação Escolar de Ouro Preto, Carlos Alberto Pereira, a adesão da Universidade foi amplamente discutida. “Esta ação vai ao  encontro à sustentabilidade. Esperamos que dê muito certo para que possamos ultrapassar os 30% apontados pela legislação”, afirmou.
Para a coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDSA, Hétel Santos, a compra aproxima a universidade da agricultura familiar, além de incrementar a economia local. “O recurso do órgão, na maioria das vezes, é destinado a agricultores daquela região. A economia local é beneficiada, o alimento não passa por toda uma cadeia longa de logística para  chegar ao consumidor, e, com isso, chega mais fresco e promove uma alimentação mais saudável”, disse.

Rio Grande do Norte: Exército irá comprar 10 toneladas de alimentos da agricultura familiar


Foto: Sergio Amaral/MDSA
  
Brasília – O 7° Batalhão de Engenharia de Combate do Exército Brasileiro, com sede em Natal, está com uma chamada pública aberta para a compra de alimentos da agricultura familiar. Até dia 29 de julho, o Batalhão está recebendo os documentos para habilitação e as propostas de venda para a aquisição de mais de 10 toneladas de alimentos, com investimento previsto de R$ 130 mil. Esta é a primeira compra de alimentos da agricultura familiar realizada pela unidade do Exército Brasileiro no Rio Grande do Norte e será feita por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).
Na lista de compra estão alimentos regionais como carne de caprinos, queijo de cabra, mangaba, feijão verde, arroz em casca vermelha, rapadura e castanha de caju. Além disso, frutas, verduras e legumes, galinha caipira e pescado irão complementar a alimentação do efetivo do batalhão.

Para acessar o edital, clique aqui.

A prioridade de compra será para agricultores familiares e organizações do município, de comunidades tradicionais, assentados, mulheres e para a produção agroecológica e de orgânicos. Os interessados devem apresentar a documentação para habilitação e a proposta de venda na sede do 7° Batalhão de Engenharia de Combate, na Rua Djalma Maranhão, 641 – Nova Descoberta – Natal-RN.
Podem participar da chamada pública, organizações e associações de agricultores familiares, de povos tradicionais e de famílias vinculadas a assentamentos da reforma agrária que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Cada agricultor familiar poderá vender até R$ 8 mil.
Para a coordenadora feral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDSA, Hétel Santos, uma das principais características desta modalidade é o fortalecimento da economia e da produção local. “Quem está mais próximo da demanda pode garantir melhores preços e mais qualidade, com um custo menor, além de promover uma alimentação mais saudável e natural", disse.
Histórico - O Ministério da Defesa é pioneiro no governo federal na aquisição de alimentos por meio da modalidade de Compra Institucional, quando em 2014, adquiriu R$ 564 mil em produtos para abastecer os restaurantes do órgão na Esplanada dos Ministérios. Já em 2015, foram comprados mais de 3,8 milhões em produtos para as Forças Armadas (Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira).
PAA Compra Institucional - Criada em 2012, a modalidade abriu uma nova possibilidade de comercialização para as famílias de agricultores familiares de todo o país ao permitir que municípios, estados, Distrito Federal e órgãos federais comprem, com recursos próprios, produtos para atender as demandas de forma simplificada, segura e transparente, por meio de chamadas públicas, sem necessidade de licitação. A legislação atual determina que órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta comprem ao menos 30% de gêneros alimentícios de agricultores familiares e suas organizações.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

SISAN

Com o objetivo de combater a fome e a miséria no país, o Governo Federal assumiu, desde 2003, compromissos para trilhar a construção da agenda da segurança alimentar e nutricional enquanto uma política de Estado, num amplo processo intersetorial e com participação da sociedade civil 1, definindo os marcos legais e institucionais dessa agenda – como a criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN); a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA); a instalação da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN); e a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN 2012/2015).
O SISAN foi instituído em 2006 pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional com a finalidade de assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Desde a sua criação, avanços legais e institucionais têm garantido a sua construção como estrutura responsável pela implementação e gestão participativa da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional em âmbito federal, estadual e municipal. Esta construção se dá de forma paulatina, num trabalho contínuo de dedicação, articulação e priorização política dos setores envolvidos.
O SISAN está cada vez mais forte. As suas instâncias interagem e funcionam plenamente na esfera Nacional (CAISAN, CONSEA e Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional).
Todas as Unidades Federativas possuem CAISAN e CONSEA. Além disso, fizeram a adesão ao SISAN e realizam suas conferências. Parte delas já elaborou seus Planos Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional 2 e as outras estão em diferentes fases de elaboração.
A participação social é um elemento essencial à construção do SISAN. Tem papel relevante no que diz respeito à expressão de demandas e corresponde a um importante exercício de democracia participativa e de representação social na elaboração, implementação, avaliação e monitoramento das políticas públicas do país. Se por um lado a participação social pressupõe uma maior capacidade propositiva das representações da sociedade civil, por outro exige do governo uma maior disposição em dialogar as propostas em espaços públicos institucionalizados como os conselhos e conferências.
 
O Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional é o principal instrumento de planejamento para colocar em prática ações que promovam a oferta de alimentação adequada à população.

Ministério da Saúde passa a comprar e oferecer apenas alimentos saudáveis


Foto: Ministério da Saúde
 
Todas as compras realizadas pelo Ministério da Saúde e entidades vinculadas ao MS serão, obrigatoriamente, saudáveis. É o que define portaria assinada, nessa quinta-feira (07), pelo ministro Ricardo Barros durante evento de divulgação dos hábitos alimentares dos brasileiros. O texto cria diretrizes para a promoção da alimentação saudável e adequada nas unidades do Ministério da Saúde de todo o país. 
Segundo a portaria, restaurantes, cantinas e lanchonetes que funcionarem nas dependências do MS e de suas entidades devem fornecer alimentos in natura ou minimamente processados – ou seja, que são a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada e saborosa – e preparações culinárias que contemplem todos os grupos alimentares, como cereais, raízes e tubérculos, verduras e legumes, frutas, castanhas e outras oleaginosas, leite e derivados, carnes, ovos e pescados. Esses tipos de alimentos são os que o Guia Alimentar para a População Brasileira definem como saudáveis. 
“A mudança precisa acontecer de dentro para fora”, justificou o ministro ao explicar que a portaria passa a valer, inicialmente, para todas as unidades do Ministério da Saúde. Mas o objetivo é estendê-la aos demais órgãos do governo federal, dos estados e dos municípios. O ministro pretende, ainda, incentivar que alunos das escolas públicas aprendam sobre alimentação saudável no âmbito do Programa Saúde na Escola (PSE), cuja gestão é compartilhada com o Ministério da Educação (MEC).
A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição, Michele Lessa, explicou de maneira bem clara que o objetivo é criar ambientes promotores de escolhas alimentares saudáveis e alertou: “Se na lista de ingredientes do rótulo de algum alimento tiver muitos nomes estranhos, muitos aditivos, corantes e muitos nomes que você não conhece: é um ultraprocessado e faz mal a saúde”, ressaltou. “É preciso descascar mais e desembalar menos”, resumiu. 
As diretrizes da portaria valem também para os eventos organizados pelo Ministério da Saúde ou por empresas contratadas para o fornecimento de refeições, como coffee-breaks, coquetéis e almoços. Além disso, a portaria proíbe a venda direta, a promoção, a publicidade ou a propaganda de alimentos ultraprocessados com quantidades excessivas de açúcar, gordura e sódio e determina ainda o estabelecimento de critérios para a contratação de serviços de alimentação que funcionem nas dependências do Ministério e vinculadas. 
As novas diretrizes começarão a valer a partir da data de publicação da portaria. 
Elaboração de refeições saudáveis
Durante o evento, ocorrido na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, foi lançado o Guia Para Elaboração de Refeições Saudáveis em Eventos e outros materiais para auxiliam na adoção desse tipo de prática. O objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade das refeições e para auxiliar profissionais de saúde a promover a alimentação saudável.
As orientações da publicação deverão ser consideradas na elaboração de termos de referência ou processos para contratação de empresas de refeição (coffee breaks, brunchs, coquetéis, almoços). “É preciso evitar o gasto público com coisas que fazem mal à saúde da população”, destacou Michele Lessa. 
Materiais lançados:
Guia para a elaboração de refeições saudáveis em eventos 
Instrutivo: metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação e nutrição na atenção básica 
Desmistificando dúvidas sobre alimentação e nutrição - material de apoio para profissionais de saúde 
Na cozinha com as frutas, legumes e verduras 
Folder - Tenha mais atenção com a alimentação em seu dia a dia 
Folder - Obstáculos para uma alimentação adequada e saudável 
Folder - Habilidades culinárias 
Folder - A escolha dos alimentos

Osmar Terra garante compromisso com os programas de segurança alimentar e nutricional

Foto: Rafael Zart/MDS
 
Brasília – “Quero reforçar o coro do Consea e ajudar no que puder. Vamos construir juntos essa política de segurança alimentar e nutricional”, disse o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Osmar Terra, durante a XXII Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) que aconteceu nesta quarta-feira (6) em Brasília. Terra garantiu que esta área será preservada e aperfeiçoada da melhor forma possível. “Tenho o meu compromisso com o Consea”. 
O ministro citou um programa de inclusão produtiva para os beneficiários do Bolsa Família que está sendo desenhado dentro do MDSA. Dentre as ações, a ampliação do microcrédito com a criação de um fundo de aval. Também enfatizou que se esforçará para aprovar o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no pleno ministerial da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), que já foi aprovado pelo pleno executivo. 
Lembrou que está em processo de discussão e criação um programa voltado à primeira infância. A proposta é atender de 5% a 10% das crianças ainda este ano e até 2018 todas as crianças menores de três anos. O ministro enfatizou que está mantendo os programas de governo e que não haverá retrocesso na área de assistência social. “Estamos ajustando uma grande base de dados e montamos um comitê especial para aperfeiçoar o programa Bolsa Família”.

terça-feira, 19 de julho de 2016

BOLETIM COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO


MAIOR FAZENDA VERTICAL DO MUNDO USARÁ 95% MENOS ÁGUA COM MÉTODO MAIS PRODUTIVO
aerofarms (1)Uma enorme fazenda vertical ? onde as plantas são cultivadas e colhidas sem sol nem solo ? está sendo construída em Nova Jersey (EUA). Quando estiver concluída, ela será a maior no mundo.
É um projeto, realizado pela AeroFarms. Trata-se de altas torres com bandejas aeropônicas iluminadas por LED. Elas recebem nutrientes através de uma nuvem de gotículas nas raízes, em vez de serem mergulhadas em água.
A AeroFarms afirma que seu método é 75 vezes mais produtivo do que uma fazenda tradicional ao ar livre por metro quadrado, mesmo usando 95% menos água. E como se trata de um método interno, ele não utiliza pesticida.
aerofarms (2)Nada do que eles estão fazendo ou planejando é realmente novo, no entanto: vegetais vêm sendo cultivados há muito tempo em ambientes internos sob luzes LED e sem solo.
Até mesmo a ideia de uma ?fábrica? de vegetais já existe: a empresa japonesa Mirai vem fazendo algo semelhante em uma escala ligeiramente menor.
A diferença da fazenda vertical da AeroFarms estará, é claro, em seu tamanho: serão 6.500 m² e 9 m de altura em uma antiga usina siderúrgica. Quando estiver pronta, a fazenda deve produzir 900 toneladas de alface, rúcula, couve e outras verduras por ano.
E quanto a outros vegetais? A AeroFarms não diz, mas Shigeharu Shimamura, CEO da Mirai, explicou em 2014 à National Geographic:
pelo menos tecnicamente, podemos produzir quase qualquer tipo de planta em uma fábrica. Mas o que faz mais sentido econômico é produzir vegetais de rápido crescimento que podem ser enviados para o mercado rapidamente. Isso significa vegetais folhosos para nós agora. No futuro, porém, gostaríamos de expandir para uma ampla variedade de produtos...
Há quem diga que a agricultura vertical é o futuro da comida, reaproveitando espaços que normalmente não serviriam para plantações ? a Mirai usa uma fábrica abandonada da Sony, por exemplo.
No entanto, isto se manteve como uma atividade de nicho até o momento. Para que ela realmente decole, precisaremos ver várias operações bem-sucedidas em grande escala, e de forma contínua. Até lá, precisaremos depender da terra para cultivar nossos alimentos. Por: Ria Misra GIZMONDOBRASIL


BANCO MUNDIAL APOSTA NA AGRICULTURA FAMILIAR PARA ERRADICAR A FOME
Vendedora de hortaliças na Guatemala Foto: Banco MundialRelatório divulgado pelo Banco Mundial aponta que somente aumentando a produtividade agrícola das famílias de baixa renda será possível cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2 ? acabar com a fome, conquistar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável. Atualmente, 70% da população pobre do mundo trabalha no campo.
Outro motivo para apostar na produtividade agrícola ? em especial a de cereais ? é o fato de ela influenciar diretamente os números da fome e desnutrição.
De 2000 a 2012, quando houve aumento médio anual de 2,6% na produção de cereais nos países de baixa renda, a pobreza e a desnutrição caíram 2,7% ao ano. Já entre 1990 e 1999, quando a produção ficou estagnada nos países mais pobres do mundo, houve pouca melhora nos índices de pobreza e saúde nutricional.
A cada dia, 27 milhões de latino-americanos e caribenhos ? 5,5% da população da região ? acordam sem ter o que comer, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Entre 1990 e 1992, este percentual estava em 14,7%. Para as Nações Unidas, o bom desempenho econômico e agrícola e as políticas de proteção social, como programas de alimentação escolar e apoio à agricultura familiar , contribuíram para os progressos na região.
Os avanços da região, porém, não foram iguais. Entre 1990 e 2015, a desnutrição diminuiu em 75% na América do Sul, enquanto na América Central a redução foi de 38,2%, contra 26,6% entre a população do Caribe no mesmo período. No ano passado, quase 20% dos caribenhos ainda lutavam contra a desnutrição.
Nos últimos 25 anos, a subnutrição caiu quase pela metade em todo planeta, de 19% para 11%. No entanto, ainda há 795 milhões de pessoas desnutridas no mundo, a maior parte delas em países de baixa renda, como os da África Subsaariana.

UM NEGÓCIO CHAMADO FLORESTAS GANHA FORÇA NO PARANÁ

http://agrosoft.com/agroarquivos/1467668630.jpgA exploração de cultivos florestais no Paraná vem ocupando uma posição de destaque no cenário nacional nos últimos anos, sendo o terceiro colocado em área plantada, com cerca 1,1 milhões de hectares. Segundo o Instituto de Florestas do Paraná (IFPR), que coordena o desenvolvimento de florestas plantadas de forma integrada com a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, o segmento é o terceiro item na pauta de exportações, perdendo apenas para a soja e carnes.
?Respondemos por cerca de 6% do Valor Bruto de Produção do Estado e, só em exportações, geramos mais de US$ 1,5 bilhão?, destaca o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Desde a criação do Instituto de Florestas, a pouco mais de dois anos, foi possível um maior planejamento de ações, com capacitação de técnicos e produtores, além da introdução de novas tecnologias de produção, opções de uso e oportunidade de negócios. ?Assim vamos incorporando áreas pouco aptas para lavouras com o cultivo de árvores.?
Ação integrada
Na última década e meia, o Estado teve um aumento de 40% em sua base florestal, informa Benno Henrique Weigert Doetzer, diretor presidente do IFPR. ?Este incremento incentivou grandes investimentos, como por exemplo o projeto Puma, uma expansão das atividades de Klabin, inaugurada no dia 28 de junho de 2016, em Ortigueira, na região dos Campos Gerais?, explica.
Numa ação conjunta, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/PR) desenvolve com a Klabin o Programa Regional de Promoção ao Cultivo Florestal Madeireiro, tendo como enfoque a agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável. ?Somos responsáveis pela execução de assistência técnica e extensão para um grupo de famílias rurais reassentadas pelo projeto?, explica Amauri Ferreira Pinto, coordenador Estadual de Produção Vegetal da Emater/PR.
Pioneiro
O Paraná, de maneira pioneira, adotou o entendimento que florestas plantadas com finalidade econômica deveriam ter o mesmo tratamento que os demais cultivos agrícolas, respeitando suas especificidades. As florestas que tem como objetivo a produção econômica estão sob a responsabilidade do Instituto de Florestas e aquelas com finalidade de conservação ambiental são acompanhadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
?Uma das características da produção florestal no Estado é que ela é voltada para uso múltiplo?, explica Doetzer. Isto se deve a diversidade do parque industrial instalado, com indústrias que consomem madeira classificada como de processo (papel, celulose, placas), para desdobro (serrarias, molduras, portas), laminação (chapas e compensados) e energia. ?Cabe ressaltar que praticamente toda a exploração florestal no Estado é baseada em florestas plantadas e não em florestas nativas, que cumprem sua função ambiental?.
Projeto Puma-Klabin envolve mil agricultores assistidos
O projeto Puma-Klabin envolve cerca de mil agricultores assistidos pela Emater/PR  e que comercializam sua produção com a empresa. A maior parte (60%) cultiva pinus e os demais (40%) plantam eucaliptos, sendo ambos destinados para celulose e desdobro. ?Trabalhamos desde a motivação dos agricultores, capacitação, georreferenciamento das áreas de plantio, até a distribuição de mudas e toda a assistência técnica?, informa Amauri Ferreira Pinto.
Dentro da parceria Emater-Klabin, nos últimos 20 anos foi implantada uma área de 18.500 hectares envolvendo 5.600 produtores. FONTE: Agência de Notícia do Paraná

PRONAF FINANCIA SISTEMA DE ENERGIA SOLAR

Energia limpa para abastecer a casa da família, o estábulo e a câmara de resfriamento de leite. Essa é a expectativa do agricultor familiar José Varteni Gomes, de Santa Maria D'Oeste (PR). Ele financiou um sistema fotovoltaico, pela linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que deve ser instalado até o fim de julho. ?Sou o primeiro agricultor http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/styles/imagem_noticia/public/imagem_interna/unnamed_2.jpg?itok=NrBj91cyfamiliar do Brasil a financiar esse sistema?, comemora.
Atualmente, a conta mensal de energia elétrica da propriedade de 14 hectares ultrapassa R$ 400,00. O financiamento foi no valor de R$ 23 mil e será pago em seis anos. O agricultor calcula que em 12 anos terá recuperado todo o investimento. De acordo com ele, 70% do seu gasto de energia é direcionado para a produção de insumos e trato com os animais. José cultiva ainda milho, feijão, batata doce, mandioca, arroz e erva-mate.
O financiamento de sistema de energia solar no Pronaf vai facilitar o planejamento com o gasto de energia nas propriedades rurais. Com a tecnologia o produtor assume o controle da conta de luz, pois paga uma parcela de financiamento fixa com até 3 anos de carência. Ou seja, pode economizar nesse período e depois começa a pagar o que deve com juros subsidiados. ?Vale a pena. As placas podem produzir energia por 25 anos?, conta José.
O Pronaf já é bem conhecido pelo agricultor, que considera os juros baixos e o prazo confortável para a quitação. Ele já acessou crédito diversas vezes para investir na produção de erva mate e leite, além de comprar uma caminhonete e dois pequenos tratores. ?O crédito é tudo na vida do agricultor. É um grande incentivo para trabalhar porque ele tem que produzir mais para pagar a dívida e ainda ter lucro?, acredita. 
Sistema Solar Fotovoltaico
O funcionamento é bem simples. O raio solar é transformado em eletricidade quando entra em contato com os painéis fotovoltaicos. A eletricidade produzida é diferente da usada na tomada de casa. É necessário um equipamento chamado inversor. A energia não utilizada é convertida em créditos junto à concessionária, que são abatidos da conta de luz. O uso de créditos de energia foi possível a partir da resolução 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), e a revisão 687, em vigor desde o último mês de março. Essa regulamentação permite que cada consumidor vire produtor de energia elétrica e use seus créditos junto a concessionária para abater na sua conta de luz.
?Isso facilita muito o planejamento na agricultura familiar. Em muitos casos o agricultor acumula créditos na entressafra, para usar no período em que mais precisa de energia e tem seus custos elevados. É muito semelhante a uma conta bancária, quando você deposita na poupança e saca quando precisa. Nesse caso, o Sol deposita os créditos na concessionária e você saca quando precisa, de forma automática?, exemplifica Hewerton Martins, diretor presidente da empresa Solar Energy do Brasil, responsável pelo sistema financiado por José Varteni.
De acordo com Martins, as expectativas de vendas para o público da agricultura familiar são grandes: ?A agricultura familiar tem muita sinergia com o uso da energia solar e produção sustentável de alimentos. O lançamento do Plano Safra contemplando o financiamento para energia solar fotovoltaica é uma inovação e incentivo para o agricultor.? Amanda Guerra Ascom

SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURA FAMILIAR E DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO REAFIRMA PARCEIRA COM A FAO

A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário reafirmou os compromissos e convênios com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) com o objetivo de fortalecer estudos, diagnósticos e intercâmbio de experiências internacionais. O secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, José Ricardo Roseno, recebeu, o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic; e o representante Assistente para o Programa, http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/styles/imagem_noticia/public/imagem_interna/_PHC0274.jpg?itok=nYOGB4JjGustavo Chianca.
Na ocasião, Roseno também solicitou à FAO apoio para o Programa Mais Gestão, um dos eixos estratégicos do Programa Nacional de Fortalecimento do Cooperativismo e Associativismo Solidário da Agricultura Familiar e da Reforma Agrária (Cooperaf).
?O apoio da FAO pode ser um complemento para a chamada pública que vamos realizar nas próximas semanas. Será uma contribuição valiosa se conseguirmos realizar a implementação de iniciativas de cooperação técnica internacional com as cooperativas e associações?, ressaltou Roseno.
Um dos principais objetivos da FAO é somar esforços no sentido de mobilizar seus respectivos recursos técnicos e humanos para a realização de treinamentos, estudos e diagnósticos baseados no intercâmbio de experiências entre os países, principalmente da Tríplice Fronteira e da América Latina.
?Somos parceiros da agricultura familiar há 30 anos e reiteramos o nosso compromisso na missão de apoiar as ações que visam o acesso à assistência técnica e segurança aos agricultores familiares?, afirmou Alan Bojanic.  Foto: Paulo Henrique Carvalho / Ascom, Rafaella Feliciano/ ASCOM

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO ? 16 de outubro
O CLIMA ESTA MUDANDO,
A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA TAMBÉM
Um dos maiores problemas relacionados com as mudanças climáticas é a segurança alimentar. As populações mais pobres do mundo, muitas das quais são agricultores, pescadores e trabalhadores rurais estão sendo mais afetados pelas altas temperaturas e o aumento da frequência dos desastres relacionados com o clima Ao mesmo tempo, a população mundial cresce de maneira constante e se espera que chegue a 9,600 milhões de pessoas no ano de 2050. Para atendera um demanda tão grande de alimentos, os sistemas agrícolas e alimentarios deverão se adaptar aos efeitos adversos das mudanças climáticas e torna-se mais resilentes, produtivos e sustentáveis. Esta é a única maneira de podermos garantir o bem estar dos ecossistemas, da população rural e reduzir aas emissões de gases de efeito estufa. Cultivar alimentos de maneira sustentável significa adaptar práticas que permitam produzir mais com a mesma superfície de terra e usar os recursos naturais de maneira justa. Significa, também, reduzindo a perda de alimentos antes do produto final através de uma série de iniciativas, incluindo a melhoria da colheita, armazenamento, embalagem, transporte, infraestrutura, mercado e quadros institucionais e legais. Portanto, a nossa mensagem geral para o Dia Mundial da Alimentação 2016 é ?O clima está mudando A alimentação e a agricultura, também?. A mensagem reflete este momento crucial, quando a celebração ocorre pouco antes da próxima Conferência sobre Mudança Climática da ONU COP 22, de 7 a 18 de novembro de 2016 em Marrakech, Marrocos.
A FAO tem solicitado que os países abordem a alimentação e a agricultura em seus planos de ação climática e assim invistam mais no desenvolvimento rural.
Reforçando a capacidade de resistência dos pequenos agricultores, podemos garantir a segurança alimentar de uma população planeta cada vez com mais fome, enquanto as emissões são de gases de efeito estufa são reduzidos. Maiores informações sobre o Dia Mundial da Alimentação www.fao.org/world-food-day/2016/theme/es/#c426406 Fonte: FAO

COALIZÃO TRATA DE FLORESTAS E AGROPECUÁRIA NO COFO 23, EM ROMA
A Coalizão Brasil é a organizadora do painel "The innovative multi-stakeholder approach for low-carbon economic development in Brazil ? the case of the Brazilian Coalition on Climate, Forests and Agriculture", que acontece em 21 de julho, das 14h às 17h, em Roma, durante o COFO 23 (Committee on Forestry), organizado pela FAO.
O evento, dividido em cinco sessões e um debate, irá apresentar o perfil inovador da Coalizão Brasil, como movimento multistakeholder, que visa construir um novo modelo de desenvolvimento econômico, baseado em princípios de baixa emissão de carbono e sustentabilidade no uso da terra.
Haverá uma abertura com René Castro (FAO), seguida de cinco sessões que abordarão o modus operandi da Coalizão Brasil, florestas naturais, florestas plantadas, restauração de paisagens florestais e produção sustentável com desmatamento zero. Os temas serão apresentados por Roberto Waack (Amata e WWF Brasil), Elizabeth de Carvalhaes (Ibá), Miguel Calmon (IUCN) e Luiz Cornacchioni (Abag).
A sessão de debates, que encerra o evento, terá a presença de Everton Lucero, do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Luiz Neves, da New Generation Plantations, Ivone Namikawa, da empresa Klabin, Ana Yang, da Children's Investment Fund Foundation (CIFF), e Cécile Ndjebet (REFACOF - The African Women's Network for Community Management of Forests)
Veja mais detalhes sobre o COFO aqui e sobre o evento aqui.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Grupo Hospitalar Conceição é o maior executor da Modalidade Compra institucional do PAA

Porto Alegre, 6 – Quilombolas, assentados da reforma agrária e agricultores familiares organizados em cooperativas rurais no Rio Grande do Sul estão vendendo produtos orgânicos e agroecológicos para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre (RS), desde 2013. Em três anos, o GHC comprou R$ 8 milhões em alimentos da agricultura familiar com recursos próprios, aproximadamente 80% de sua aquisição, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (Sesan/MDSA), o GHC é o maior comprador de alimentos da agricultura familiar na Compra Institucional do PAA. A modalidade possibilita que o órgão compre com recursos próprios e dispensa de licitação ao mesmo tempo em que pequenos produtores são inseridos no mercado institucional, principalmente os que estão próximos a creches, restaurantes universitários, hospitais, Forças Armadas e outros equipamentos públicos.
“Esse trabalho vem sendo realizado por meio de chamadas públicas beneficiando  diversos empreendimentos da agricultura familiar. É uma agenda muito significativa, pois contribui com o fortalecimento deste segmento. Nosso papel é ajudar o gestor no entendimento do Marco Legal do PAA e aproximar os empreendimentos da demanda do órgão publico”, afirma a coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos da Sesan, Hetel Santos.
O Grupo Hospitalar Conceição é composto por quatro hospitais públicos e serve 270 mil refeições por mês para pacientes, acompanhantes, funcionários e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos três anos foram adquiridos 860 mil litros de lácteos e 3,5 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar entre leite, iogurte, queijo, panificação e grãos e vegetais orgânicos.
“Tivemos que ir para até as cooperativas para discutir a importância de vender para o SUS e convencê-las a vender para o hospital com qualidade que precisávamos  e de forma permanente. A prevenção da saúde começa pela alimentação com alimentos sem agrotóxicos e sem contaminação”, explica o presidente do Comitê Gestor do PAA do Grupo Hospitalar Conceição, Richard Gomes.
Reconhecimento internacional
O volume de compras da agricultura familiar para atender agentes e usuários do SUS despertou o interesse do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (Unops), um órgão operacional da Organização das Nações Unidas (ONU) para implementação de projetos de ajuda humanitária e desenvolvimento social.
Representantes do MDSA, Sebrae Nacional e Unops visitaram o GHC nesta terça-feira (5) para conhecer o sistema de compras institucionais de alimentos da agricultura familiar. Uma parceria entre a Unops/ONU e o Sebrae Nacional pretende utilizar pequenos empreendimentos na execução de projetos da ONU que estão sendo implantadas na área de saúde no Brasil.
“É uma parceria na perspectiva de gerar mercado para os pequenos negócios, inclusive os rurais. A Unops apoia a construção, estruturação e operacionalização de projetos. Viemos conhecer para que possa ser exemplo nos hospitais apoiados por ela”, explica o analista da Unidade de Agronegócio do Sebrae Nacional, Luis Rebelatto.
Atualmente, a organização internacional tem apoiado a compra de suprimentos e equipamentos e a gestão sustentável em hospitais universitários, unidades ambulatoriais, unidades materno infantil e creches públicas em vários estados brasileiros.

Agricultores ampliam fornecimento e se preparam para mercados institucionais

Porto Alegre, 6 – Desde que começou a cultivar arroz nos anos 90, a Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Reforma Agrária de Viamão (Cooperav), no Rio Grande do Sul, vendia sua produção ao mercado governamental. Atualmente, a maioria da produção do Assentamento Filhos de Sepé, a 40 km da capital gaúcha, vai para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do governo federal.
A participação nas compras governamentais proporcionou experiência e amadurecimento para a cooperativa atender chamadas públicas de Compra Institucional de outros órgãos. “Parte significativa da nossa produção é orgânica e agroecológica para a rede metropolitana de Porto Alegre. Cerca de 90% da produção se destina às vendas institucionais de prefeituras, hospitais e para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)”, afirma o agricultor familiar José Luís Rodrigues.
Em 2015, a Cooperav passou a fornecer alimentos ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre (RS), por meio da modalidade Compra Institucional do PAA que dispensa licitação nas compras da agricultura familiar. Só no ano passado foram duas toneladas de vegetais entregues por mês. Alimento saudável e higienizado para complementar 270 mil refeições mensais para pacientes, acompanhantes, funcionários e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o aumento da demanda, os custos logísticos também cresceram, mas a solução encontrada pela cooperativa foi se associar a outras da região para dividir despesas do frete e organizar as entregas às escolas e hospitais. Os 155 agricultores familiares da Cooperav perceberam que, para ampliar o mercado, a cooperativa precisava vender produtos processados; como arroz parbolizado e pães; criar embalagens apropriadas e produzir de forma contínua. Logo, ampliaram as instalações e criaram uma cozinha industrial. Agora planejam montar a própria beneficiadora de arroz.
A modalidade de Compra Institucional do PAA é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, que orienta instituições públicas como realizar as chamadas públicas com recursos próprios. De acordo com a Lei nº 11.947/09, os órgãos públicos devem comprar no mínimo 30% de produtos da agricultura familiar.
“Nosso papel é ajudar o gestor no entendimento do Marco Legal do PAA e nos processos de contratação do edital de forma a aproximar os empreendimentos da agricultura familiar da oferta e da demanda local”, explica a coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDSA, Hétel Santos.
Quilombolas
Na medida em que o PAA desenvolve a economia dos pequenos empreendimentos rurais, garante comida mais saudável do campo para a cidade. O programa tem levado segurança alimentar e nutricional às populações vulneráveis e às famílias atendidas pelas políticas públicas federais nas áreas de saúde, educação e assistência social.
Como a Cooperativa Terra de Quilombo, formada por 22 comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul, que passaram de beneficiários de cestas de alimentos, em situação de insegurança alimentar, a fornecedores do PAA no ano passado. 
A produção de feijão, abóbora, batata doce, milho, laranja, verduras e temperos virava comida para os animais porque não havia compradores. Mas, a cooperativa recebeu a identificação de origem Selo Quilombos do Brasil do governo federal e realizou sua primeira venda ao Grupo Hospitalar Conceição em 2015.
De acordo com o presidente do Comitê Gestor do PAA do GHC, Richard Gomes, o grupo tem comprado alimentos orgânicos dos quilombolas desde o ano passado. Na primeira chamada pública, a cooperativa conseguiu comercializar quatro toneladas. Até este mês de julho, os quilombolas entregaram 100 toneladas de vegetais orgânicos que lhe renderam R$ 270 mil.
“O Marco Legal do PAA foi revolucionário para as compras públicas porque cria esta exceção da dispensa de licitação para aquisição de alimentos da agricultura familiar para que os agricultores familiares possam vender alimentos mais saudáveis sem ter que entrar na disputa de atacado com grandes empresas”, destaca Richard Gomes.

Osmar Terra garante compromisso com os programas de segurança alimentar e nutricional

Brasília – “Quero reforçar o coro do Consea e ajudar no que puder. Vamos construir juntos essa política de segurança alimentar e nutricional”, disse o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Osmar Terra, durante a XXII Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) que aconteceu nesta quarta-feira (6) em Brasília. Terra garantiu que esta área será preservada e aperfeiçoada da melhor forma possível. “Tenho o meu compromisso com o Consea”. 
O ministro citou um programa de inclusão produtiva para os beneficiários do Bolsa Família que está sendo desenhado dentro do MDSA. Dentre as ações, a ampliação do microcrédito com a criação de um fundo de aval. Também enfatizou que se esforçará para aprovar o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no pleno ministerial da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), que já foi aprovado pelo pleno executivo. 
Lembrou que está em processo de discussão e criação um programa voltado à primeira infância. A proposta é atender de 5% a 10% das crianças ainda este ano e até 2018 todas as crianças menores de três anos. O ministro enfatizou que está mantendo os programas de governo e que não haverá retrocesso na área de assistência social. “Estamos ajustando uma grande base de dados e montamos um comitê especial para aperfeiçoar o programa Bolsa Família”.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Rede Comunicação e Iformação


GOIABA DE CARLÓPOLIS GANHA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

goiaba de carlopolis conquista selo de indicação geograficaOs municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro do Paraná, receberam o selo de Indicação Geográfica pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial pela goiaba cultivada na região. A chancela concedida à Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis (APC) reconhece a qualidade da fruta e agrega valor ao produto.
Para os produtores, é a certeza de que atendem os mercados mais exigentes e passam a ganhar mais pela mesma produtividade. O próximo passo da associação é conseguir um selo que abra um caminho para exportação.
A cultura, introduzida na região pela imigração japonesa, rende uma média de 15 toneladas por hectare por ano. As frutas são embaladas em envelopes de papel individualmente quando estão com aproximadamente 2 centímetros de diâmetro, para evitar que algum inseto ou animal danifique a fruta. No cultivo não são utilizados pesticidas.
Conhecida por “goiaba de Carlópolis”, a fruta é cultivada em 390 hectares dos dois municípios, sendo a maior produção de goiabas do Paraná e uma das maiores do Brasil, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Fonte : SEBRAE
 

UNICAFES ABRE INSCRIÇÕES PARA PROJETO CULTIVANDO SABORES DA ROÇA

Resultado de imagem para prato com leguminosasO Programa de Gênero da UNICAFES PR abriu as inscrições para mais uma edição do projeto Cultivando Sabores da Roça, iniciativa que reúne as melhores receitas da Agricultura Familiar. No ano passado o projeto recebeu 100 receitas inscritas por agricultoras de todo o Paraná. Neste ano uma das novidades do Projeto será estimular grupos de mulheres a trabalharem em grupo. Desta forma, as inscrições deverão ser feitas de maneira coletiva. Segundo a coordenação, homens que gostem de cozinhar também poderão se inscrever em algum grupo.

Em razão de a FAO ter declarado 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas, a UNICAFES, parceira da instituição lançou o desafio para os participantes de preparem pratos que contenham leguminosas. Assim as receitas que conterem leguminosas entre os principais ingredientes terão uma pontuação especial.  

 Fonte Jornalismo UNICAFES PR .

 

SEBRAE/RS ABRE CHAMADA PÚBLICA PARA EVENTOS INTERNACIONAIS

Os empreendedores de micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais que atuam nos segmentos de salões de beleza, estéticas e indústria de cosméticos, além de negócios de alimentação, bebidas e gastronomia terão duas importantes oportunidades para conhecer o mercado no exterior. O Sebrae/RS abriu chamada pública para a composição de missões empresariais neste segundo semestre de 2016. Os editais estão publicados no endereço www.sebrae-rs.com.br/index.php/chamadas-publicas e as inscrições para participar das seleções são gratuitas.
As duas missões internacionais são para a Feira Belleza Y Salud, de 17 a 21 de agosto, em Bogotá, na Colômbia, e a Feira Sial Paris, de 16 a 20 de outubro, na França. O prazo de inscrições para a primeira é até o dia 15 de julho e o prazo para a segunda é 5 de agosto. Em cada um dos projetos, há 10 vagas disponíveis.
Conforme o edital das Chamadas Públicas, o Sebrae/RS deverá selecionar micro ou pequenas empresas ou Microempreendedores Individuais que estiverem corretamente inscritos com documentações válidas. A técnica da Gerência Setorial da Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae/RS Márcia Thier observa que o objetivo da instituição ao convocar e apoiar empreendedores gaúchos nos eventos internacionais é proporcionar oportunidades para que eles desenvolvam novos mercados, parcerias, representações ou distribuições a fim de consolidar planos de exportações.
"Há também a questão didática de incentivar que os líderes de pequenos negócios obtenham conhecimento em novas tecnologias, inovações, produtos e processos e possam incorporar ou planejar melhorias em suas próprias empresas aqui no Estado", argumenta. A participação dos selecionados não tem restrições quanto a eventos anteriores e não há a obrigatoriedade de que sejam clientes em projetos do Sebrae/RS. "Contudo, aquelas que estão de alguma forma vinculadas à instituição não podem estar inadimplentes. Após a entrega de documentação e preenchimento de cadastro conforme o edital, um Comitê Técnico analisará o conteúdo e divulgará o resultado", esclarece Márcia.
Para ambas as missões empresariais o Sebrae/RS vai subsidiar 30% do valor do pacote de viagem e coordenar as orientações técnicas para que os empresários tenham os melhores aproveitamentos nas visitas aos eventos. "Os profissionais que acompanham as missões internacionais realizam estudos antecipadamente e até mesmo preparam informes sobre focos de atenção que devem ser vistos com o olhar de adaptações para a realidade gaúcha", comenta a técnica.Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone 0800-570-0800
Fonte : SEBRAE/RS

BRASIL DESPERDIÇA 40 MIL TONELADAS DE ALIMENTO POR DIA, DIZ ENTIDADE

No Brasil, diariamente, são desperdiçados 40 mil toneladas de alimentos, segundo Viviane http://agrosoft.com/agroarquivos/1467589950.jpgRomeiro, coordenadora de Mudanças Climáticas do World Resources Institute (WRI) Brasil, uma instituição de pesquisa internacional. Isso coloca o Brasil, segundo ela, entre os dez países que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo. Viviane participou do Sustainable Food Summit da América Latina, evento promovido pela Rede Save Food Brasil, no dia 30 de junho de 2016, em São Paulo (SP), e que discutiu a perda e o desperdício com alimentos em todo o mundo.
“O Brasil está entre os dez principais países que mais perdem e desperdiçam alimento. Estamos falando da cadeia de perda e de desperdício. Perda que tem a ver com a colheita, a pós-colheita, com a distribuição e o desperdício que já vem no final da cadeia, que é no varejo, no supermercado e com o hábito do consumidor”, disse Viviane.
Essa perda e desperdício de alimentos tem diversas implicações. Uma delas é com relação à segurança alimentar. “Hoje temos aproximadamente 7 bilhões de pessoas [no mundo] e a estimativa é que, em 2050, seremos 9 bilhões. Enquanto isso, aproximadamente 1 bilhão de pessoas não tem acesso adequado e sofre com desnutrição e falta de alimento. Então, primeiramente, essa é uma questão de segurança alimentar”, disse.
Segundo Allan Boujanic, representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, cerca de 30% de tudo o que é produzido no mundo é desperdiçado e perdido antes de chegar à mesa do consumidor. Isso provoca, segundo a FAO, um prejuízo econômico estimado em US$ 940 bilhões por ano, o que corresponde a cerca de R$ 3 trilhões.
Problemas ambientais
Outras implicações, segundo Viviane, dizem respeito aos aspectos econômico e ambiental. “É um assunto que envolve uma questão social e de segurança alimentar, de impacto econômico, mas também de impactos ambientais e aí destacamos essencialmente a perda da biodiversidade, impactos na biodiversidade, impactos no uso do solo, na questão da água, da escassez da água, e também a questão do clima, das emissões de carbono”, disse.
Sobre a questão ambiental, Viviane disse que, se essa perda mundial com os alimentos fosse um país, ela seria o terceiro maior país do mundo por emissão de gás de efeito estufa, por exemplo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Rede Save Food
Para buscar alternativas para reduzir a perda e o desperdício de alimentos no país foi criada a rede Save Food Brasil, que tem apoio da FAO, da WRI e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa), entre outros. “Essa e outras campanhas da FAO para combater o desperdício de alimentos têm como principal mensagem a mudança de atitude. Temos que ser mais eficientes no uso dos alimentos, mais cientes de que o desperdício é uma realidade e produz muitos efeitos colaterais. É necessário um forte engajamento da sociedade civil, dos produtores e dos governos para fixar metas concretas de redução do desperdício e das perdas de alimentos não só no Brasil, mas em todo o mundo”, disse Boujanic.
A rede, segundo Alcione Silva, membro do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil, foi criada pela Organização das Nações Unidas(ONU) no ano passado [2015] em diversos países. “O objetivo é, em um primeiro momento, trazer todos os atores, instituições, empresas e simpatizantes que trabalhem o tema de perdas e desperdícios no Brasil e, conforme essa rede for crescendo, se tornar forte o suficiente para poder atuar em políticas públicas e inovações, trazendo soluções para esse tema de desperdício no Brasil”, disse.
De acordo com Alcione, o desperdício e a perda de alimentos no Brasil é muito grande, mas o país pode contribuir com bons exemplos na mudança mundial desse cenário. Ela citou iniciativas como o Disco Xepa, de distribuição de sopas feitas com sobras de alimentos; a produção de tecnologia pela Embrapa; o Comida Invisível, que pretende fazer um food truck para conscientizar crianças e escolas sobre o reaproveitamento de sobras na cozinha; e o Fruta Imperfeita, que comercializa alimentos considerados “imperfeitos”, tais como uma batata ou cenouras tortas.
Segundo Alcione, o desperdício e a perda de alimentos é uma preocupação em todo o mundo porque tem um grande impacto social, econômico e ambiental. “A gente precisa de 50% a mais de demanda de oferta de alimentos até 2050 para alimentar essas 9 bilhões de pessoas [estimativa de população para o ano]. Deveria ser até uma preocupação muito maior por parte de todos os atores”, disse.
Marco regulatório
Para Viviane, uma das ações que poderia ajudar a reduzir o desperdício e a perda de alimentos no país seria a adoção de um marco regulatório sobre o tema. “Hoje temos vários projetos de lei mas que não foram aprovados ou promulgados. É super-importante que tenhamos um marco regulatório específico e que proporcione segurança jurídica para que as empresas realizem suas doações de forma adequada e para que haja incentivos e subsídios para a redução da perda e desperdício alimentar. Essa questão legislativa e regulatória é extremamente importante”, disse.
Para a coordenadora de Mudanças Climáticas do WRI Brasil, inventariar a perda e o desperdício de alimentos é um primeiro passo importante que as empresas e que os países devem fazer. Depois seria importante estabelecer metas de redução e estratégias para que ocorram.
Para Alcione, a grande dificuldade diz respeito à cadeia logística. “Tanto a cadeia de distribuição quanto a de armazenamento e o consumidor final tem uma grande perda de alimentos por falta de infraestrutura. Nossas centrais de abastecimento não tem uma infraestrutura adequada. Faltam cadeias e câmaras frias e falta conscientização na parte de manipulação e embalagens. O Brasil tem um grande problema de infraestrutura hoje e de logística nessa área. Diria que esse é o problema mais grave que a gente tem no desperdício de alimentos”, disse a integrante do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil
 FONTE: Agência Brasil Elaine Patricia Cruz — Repórter Fábio Massalli – Edição