MAIOR FAZENDA VERTICAL DO MUNDO USARÁ 95% MENOS ÁGUA COM MÉTODO MAIS PRODUTIVO
Uma
enorme fazenda vertical ? onde as plantas são cultivadas e colhidas sem
sol nem solo ? está sendo construída em Nova Jersey (EUA). Quando
estiver concluída, ela será a maior no mundo.
É um projeto, realizado pela AeroFarms.
Trata-se de altas torres com bandejas aeropônicas iluminadas por LED.
Elas recebem nutrientes através de uma nuvem de gotículas nas raízes, em
vez de serem mergulhadas em água.
A AeroFarms afirma que seu método é 75 vezes mais produtivo do que uma fazenda tradicional ao ar livre por metro
quadrado, mesmo usando 95% menos água. E como se trata de um método interno, ele não utiliza pesticida.
Nada
do que eles estão fazendo ou planejando é realmente novo, no entanto:
vegetais vêm sendo cultivados há muito tempo em ambientes internos sob
luzes LED e sem solo.
Até mesmo a ideia de uma ?fábrica? de vegetais já existe: a empresa japonesa Mirai vem
fazendo algo semelhante em uma escala ligeiramente menor.
A
diferença da fazenda vertical da AeroFarms estará, é claro, em seu
tamanho: serão 6.500 m² e 9 m de altura em
uma antiga usina siderúrgica. Quando estiver pronta, a fazenda deve
produzir 900 toneladas de alface, rúcula, couve e outras verduras por
ano.
pelo
menos tecnicamente, podemos produzir quase qualquer tipo de planta em
uma fábrica. Mas o que faz mais sentido
econômico é produzir vegetais de rápido crescimento que podem ser
enviados para o mercado rapidamente. Isso significa vegetais folhosos
para nós agora. No futuro, porém, gostaríamos de expandir para uma ampla
variedade de produtos...
Há quem diga que a agricultura vertical é o futuro da comida, reaproveitando espaços que normalmente não serviriam
para plantações ? a Mirai usa uma fábrica abandonada da Sony, por exemplo.
No
entanto, isto se manteve como uma atividade de nicho até o momento.
Para que ela realmente decole, precisaremos
ver várias operações bem-sucedidas em grande escala, e de forma
contínua. Até lá, precisaremos depender da terra para cultivar nossos
alimentos.
Por: Ria
Misra GIZMONDOBRASIL
BANCO MUNDIAL APOSTA NA AGRICULTURA FAMILIAR PARA ERRADICAR A FOME
Relatório
divulgado pelo Banco Mundial
aponta que somente aumentando a produtividade agrícola das famílias de
baixa renda será possível cumprir o Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável
(ODS) nº 2 ? acabar com a fome, conquistar a segurança alimentar e
promover a agricultura sustentável. Atualmente, 70% da população pobre
do mundo trabalha no campo.
Outro
motivo para apostar na produtividade agrícola ? em especial a de
cereais ? é o fato de ela influenciar diretamente os números da fome e
desnutrição.
De
2000 a 2012, quando houve aumento médio anual de 2,6% na produção de
cereais nos países de baixa renda, a pobreza e a desnutrição caíram 2,7%
ao ano. Já entre 1990 e 1999, quando a produção
ficou estagnada nos países mais pobres do mundo, houve pouca melhora
nos índices de pobreza e saúde nutricional.
A
cada dia, 27 milhões de latino-americanos e caribenhos ? 5,5% da
população da região ? acordam sem ter o que comer, de acordo com a
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO). Entre 1990 e 1992, este percentual estava em 14,7%. Para as
Nações Unidas, o bom desempenho econômico e agrícola e as políticas de
proteção social, como programas de alimentação escolar e apoio à
agricultura familiar , contribuíram para os progressos
na região.
Os
avanços da região, porém, não foram iguais. Entre 1990 e 2015, a
desnutrição diminuiu em 75% na América do Sul, enquanto na América
Central a redução foi de 38,2%, contra 26,6% entre
a população do Caribe no mesmo período. No ano passado, quase 20% dos
caribenhos ainda lutavam contra a desnutrição.
Nos
últimos 25 anos, a subnutrição caiu quase pela metade em todo planeta,
de 19% para 11%. No entanto, ainda há 795 milhões de pessoas desnutridas
no mundo, a maior parte delas em países
de baixa renda, como os da África Subsaariana.
UM NEGÓCIO CHAMADO FLORESTAS GANHA FORÇA NO PARANÁ
A
exploração de cultivos florestais no Paraná vem ocupando uma posição de
destaque no cenário nacional nos últimos anos, sendo o terceiro
colocado em área plantada, com cerca 1,1 milhões de hectares. Segundo o
Instituto de Florestas do Paraná
(IFPR), que coordena o desenvolvimento de florestas plantadas de forma integrada com a
Secretaria de Agricultura e do Abastecimento,
o segmento é o terceiro item na pauta de exportações, perdendo apenas para a soja e carnes.
?Respondemos
por cerca de 6% do Valor Bruto de Produção do Estado e, só em
exportações, geramos mais de US$ 1,5 bilhão?,
destaca o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento,
Norberto Ortigara. Desde a criação do Instituto de Florestas, a pouco
mais de dois anos, foi possível um maior planejamento de ações, com
capacitação de técnicos e produtores, além da introdução
de novas tecnologias de produção, opções de uso e oportunidade de
negócios. ?Assim vamos incorporando áreas pouco aptas para lavouras com o
cultivo de árvores.?
Ação integrada
Na
última década e meia, o Estado teve um aumento de 40% em sua base
florestal, informa Benno Henrique Weigert Doetzer,
diretor presidente do IFPR. ?Este incremento incentivou grandes
investimentos, como por exemplo o projeto Puma, uma expansão das
atividades de
Klabin,
inaugurada no dia 28 de junho de 2016, em Ortigueira, na região dos Campos Gerais?, explica.
Numa ação conjunta, o
Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Emater/PR)
desenvolve com a Klabin
o
Programa Regional de Promoção ao Cultivo Florestal Madeireiro, tendo
como enfoque a agricultura familiar e o desenvolvimento rural
sustentável. ?Somos responsáveis pela execução
de assistência técnica e extensão para um grupo de famílias rurais
reassentadas pelo projeto?, explica Amauri Ferreira Pinto, coordenador
Estadual de Produção Vegetal da
Emater/PR.
Pioneiro
O
Paraná, de maneira pioneira, adotou o entendimento que florestas
plantadas com finalidade econômica deveriam ter
o mesmo tratamento que os demais cultivos agrícolas, respeitando suas
especificidades. As florestas que tem como objetivo a produção econômica
estão sob a responsabilidade do Instituto de Florestas e aquelas com
finalidade de conservação ambiental são acompanhadas
pelo Instituto Ambiental do Paraná
(IAP).
?Uma
das características da produção florestal no Estado é que ela é voltada
para uso múltiplo?, explica Doetzer. Isto
se deve a diversidade do parque industrial instalado, com indústrias
que consomem madeira classificada como de processo (papel, celulose,
placas), para desdobro (serrarias, molduras, portas), laminação (chapas e
compensados) e energia. ?Cabe ressaltar que
praticamente toda a exploração florestal no Estado é baseada em
florestas plantadas e não em florestas nativas, que cumprem sua função
ambiental?.
Projeto Puma-Klabin envolve mil agricultores assistidos
O
projeto Puma-Klabin
envolve cerca de mil agricultores assistidos pela
Emater/PR
e
que comercializam sua produção com a empresa. A maior parte (60%)
cultiva pinus e os demais (40%) plantam eucaliptos, sendo ambos
destinados para celulose e desdobro. ?Trabalhamos
desde a motivação dos agricultores, capacitação, georreferenciamento
das áreas de plantio, até a distribuição de mudas e toda a assistência
técnica?, informa Amauri Ferreira Pinto.
Dentro da parceria Emater-Klabin, nos últimos 20 anos foi implantada uma área de 18.500 hectares envolvendo 5.600 produtores.
FONTE: Agência de Notícia do Paraná
PRONAF FINANCIA SISTEMA DE ENERGIA SOLAR
Energia
limpa para abastecer a casa da família, o estábulo e a câmara de
resfriamento de leite. Essa é a expectativa do agricultor familiar
José Varteni Gomes, de Santa Maria D'Oeste (PR). Ele financiou um
sistema fotovoltaico, pela linha Mais Alimentos do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que deve ser instalado
até o fim de julho. ?Sou o primeiro agricultor
familiar
do Brasil a financiar esse sistema?, comemora.
Atualmente,
a conta mensal de energia elétrica da propriedade de 14 hectares
ultrapassa R$ 400,00. O financiamento foi no valor de R$
23 mil e será pago em seis anos. O agricultor calcula que em 12 anos
terá recuperado todo o investimento. De acordo com ele, 70% do seu gasto
de energia é direcionado para a produção de insumos e trato com os
animais. José cultiva ainda milho, feijão, batata
doce, mandioca, arroz e erva-mate.
O
financiamento de sistema de energia solar no Pronaf vai facilitar o
planejamento com o gasto de energia nas propriedades rurais. Com
a tecnologia o produtor assume o controle da conta de luz, pois paga
uma parcela de financiamento fixa com até 3 anos de carência. Ou seja,
pode economizar nesse período e depois começa a pagar o que deve com
juros subsidiados. ?Vale a pena. As placas podem
produzir energia por 25 anos?, conta José.
O
Pronaf já é bem conhecido pelo agricultor, que considera os juros
baixos e o prazo confortável para a quitação. Ele já acessou crédito
diversas vezes para investir na produção de erva mate e leite, além de
comprar uma caminhonete e dois pequenos tratores. ?O crédito é tudo na
vida do agricultor. É um grande incentivo para trabalhar porque ele tem
que produzir mais para pagar a dívida e ainda
ter lucro?, acredita.
Sistema Solar Fotovoltaico
O
funcionamento é bem simples. O raio solar é transformado em
eletricidade quando entra em contato com os painéis fotovoltaicos. A
eletricidade
produzida é diferente da usada na tomada de casa. É necessário um
equipamento chamado inversor. A energia não utilizada é convertida em
créditos junto à concessionária, que são abatidos da conta de luz. O uso
de créditos de energia foi possível a partir da
resolução 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), e a
revisão 687, em vigor desde o último mês de março. Essa regulamentação
permite que cada consumidor vire produtor de energia elétrica e use seus
créditos junto a concessionária para abater na
sua conta de luz.
?Isso
facilita muito o planejamento na agricultura familiar. Em muitos casos o
agricultor acumula créditos na entressafra, para usar
no período em que mais precisa de energia e tem seus custos elevados. É
muito semelhante a uma conta bancária, quando você deposita na poupança
e saca quando precisa. Nesse caso, o Sol deposita os créditos na
concessionária e você saca quando precisa, de forma
automática?, exemplifica Hewerton Martins, diretor presidente da
empresa Solar Energy do Brasil, responsável pelo sistema financiado por
José Varteni.
De
acordo com Martins, as expectativas de vendas para o público da
agricultura familiar são grandes: ?A agricultura familiar tem muita
sinergia com o uso da energia solar e produção sustentável de
alimentos. O lançamento do Plano Safra contemplando o financiamento para
energia solar fotovoltaica é uma inovação e incentivo para o
agricultor.? Amanda Guerra Ascom
SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURA FAMILIAR E DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO REAFIRMA PARCEIRA COM A FAO
A
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento
Agrário reafirmou os compromissos e convênios com a Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) com o objetivo de
fortalecer estudos, diagnósticos e intercâmbio de experiências
internacionais. O secretário especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário, José Ricardo Roseno, recebeu, o
representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic; e o representante
Assistente para o Programa,
Gustavo
Chianca.
Na
ocasião, Roseno também solicitou à FAO apoio para o Programa Mais
Gestão, um dos eixos estratégicos do Programa Nacional de Fortalecimento
do Cooperativismo e Associativismo Solidário da Agricultura Familiar e
da Reforma Agrária (Cooperaf).
?O
apoio da FAO pode ser um complemento para a chamada pública que vamos
realizar nas próximas semanas. Será uma contribuição valiosa
se conseguirmos realizar a implementação de iniciativas de cooperação
técnica internacional com as cooperativas e associações?, ressaltou
Roseno.
Um
dos principais objetivos da FAO é somar esforços no sentido de
mobilizar seus respectivos recursos técnicos e humanos para a realização
de treinamentos, estudos e diagnósticos baseados no intercâmbio de
experiências entre os países, principalmente da Tríplice Fronteira e da
América Latina.
?Somos
parceiros da agricultura familiar há 30 anos e reiteramos o nosso
compromisso na missão de apoiar as ações que visam o acesso
à assistência técnica e segurança aos agricultores familiares?, afirmou
Alan Bojanic. Foto: Paulo Henrique Carvalho / Ascom, Rafaella
Feliciano/ ASCOM
DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO ? 16 de outubro
O
CLIMA ESTA MUDANDO,
A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA TAMBÉM
Um
dos maiores problemas relacionados com as mudanças climáticas é a
segurança alimentar. As populações mais pobres do mundo, muitas
das quais são agricultores, pescadores e trabalhadores rurais estão
sendo mais afetados pelas altas temperaturas e o aumento da frequência
dos desastres relacionados com o clima Ao mesmo tempo, a população
mundial cresce de maneira constante e se espera que
chegue a 9,600 milhões de pessoas no ano de 2050. Para atendera um
demanda tão grande de alimentos, os sistemas agrícolas e alimentarios
deverão se adaptar aos efeitos adversos das mudanças climáticas e
torna-se mais resilentes, produtivos e sustentáveis.
Esta é a única maneira de podermos garantir o bem estar dos
ecossistemas, da população rural e reduzir aas emissões de gases de
efeito estufa. Cultivar alimentos de maneira sustentável significa
adaptar práticas que permitam produzir mais com a mesma superfície
de terra e usar os recursos naturais de maneira justa. Significa,
também, reduzindo a perda de alimentos antes do produto final através de
uma série de iniciativas, incluindo a melhoria da colheita,
armazenamento, embalagem, transporte, infraestrutura, mercado
e quadros institucionais e legais. Portanto, a nossa mensagem geral
para o Dia Mundial da Alimentação 2016 é ?O clima está mudando A
alimentação e a agricultura, também?. A mensagem reflete este momento
crucial, quando a celebração ocorre pouco antes da próxima
Conferência sobre Mudança Climática da ONU COP 22, de 7 a 18 de
novembro de 2016 em Marrakech, Marrocos.
A
FAO tem solicitado que os países abordem a alimentação e a agricultura
em seus planos de ação climática e assim invistam mais no
desenvolvimento rural.
Reforçando
a capacidade de resistência dos pequenos agricultores, podemos garantir
a segurança alimentar de uma população planeta cada
vez com mais fome, enquanto as emissões são de gases de efeito estufa
são reduzidos. Maiores informações sobre o Dia Mundial da Alimentação
www.fao.org/world-food-day/2016/theme/es/#c426406
Fonte: FAO
COALIZÃO TRATA DE FLORESTAS E AGROPECUÁRIA NO COFO 23, EM ROMA
A
Coalizão Brasil
é a organizadora do painel "The innovative multi-stakeholder approach
for low-carbon economic development in Brazil ? the case of the
Brazilian Coalition on Climate, Forests and Agriculture", que acontece
em 21 de julho, das 14h às 17h, em Roma, durante o
COFO 23 (Committee on Forestry), organizado pela FAO.
O evento, dividido em cinco sessões e um debate, irá apresentar o perfil inovador da Coalizão Brasil, como movimento
multistakeholder, que visa construir um novo modelo de
desenvolvimento econômico, baseado em princípios de baixa emissão de
carbono e sustentabilidade no uso da terra.
Haverá uma abertura com René Castro (FAO), seguida de cinco sessões que abordarão o
modus operandi da Coalizão Brasil, florestas naturais, florestas
plantadas, restauração de paisagens florestais e produção sustentável
com desmatamento zero. Os temas serão apresentados por Roberto Waack
(Amata e WWF Brasil), Elizabeth de Carvalhaes
(Ibá), Miguel Calmon (IUCN) e Luiz Cornacchioni (Abag).
A
sessão de debates, que encerra o evento, terá a presença de Everton
Lucero, do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Luiz Neves, da New
Generation
Plantations, Ivone Namikawa, da empresa Klabin, Ana Yang, da Children's
Investment Fund Foundation (CIFF), e Cécile Ndjebet (REFACOF - The
African Women's Network for Community Management of Forests)
Veja mais detalhes sobre o COFO
aqui e sobre o evento
aqui.