sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Mais um ano de trabalho chega ao fim...
A CORESAN deseja a todos um Natal 
recheado de harmonia, paz, saúde e solidariedade...

Que 2017 venha com comida de 
verdade e tenha os sabores da vida, com 
o  fortalecimento das rodas de conversa e os 
laços fraternos que unem pessoas sejam solidificados.




segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

II PARANÁ AGROECOLÓGICO | Encontro em Maringá discute os caminhos da agricultura sustentável no estado

Foi uma semana agitada em Maringá: professores, pesquisadores, estudantes, produtores rurais e profissionais de diversas áreas se reuniram para participar da segunda edição do evento Paraná Agroecológico. O encontro teve o objetivo de discutir os rumos da agroecologia em nosso estado – que é, aliás, referência nacional no setor. Diversas instituições de peso participaram da organização desse importante evento: o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEAB), a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), entre outras entidades. Além, é claro, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que sediou o evento.

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No Paraná, esse é o principal encontro dedicado à temática da agroecologia. “Trata-se de um evento muito importante para difundirmos esse conjunto de saberes e práticas que alcança, cada vez mais, notável relevância em nossa sociedade”, contextualiza o diretor-presidente do CPRA, João Carlos Zandoná. Segundo ele, a agroecologia é uma poderosa ferramenta para a sustentabilidade em praticamente todos os sentidos.
"O que nos traz aqui é uma utopia, um olhar para o horizonte", comenta Norberto Ortigara, atual secretário estadual da agricultura e abastecimento no Paraná. Em suas próprias palavras precisamos "adotar uma agenda proativa no sentido de fortalecer as iniciativas de produção em bases mais ecológicas”. Segundo Ortigara, nosso estado tem se esforçado para minimizar os impactos negativos da agricultura convencional. E, ao mesmo tempo, vem ampliando os modelos sustentáveis de produção.
“A mecanização e a tecnologia trouxeram muitos avanços para nossa agricultura. Mas, ao mesmo tempo, é preocupante o fato de que perdemos muito em termos de qualidade ambiental em nossos ecossistemas”, pondera Ortigara. Ele se refere à degradação dos solos, das águas e da perda de biodiversidade. Em sua fala, o secretário também destacou algo que considera notável avanço no setor – o fato de que, nos últimos anos, o Paraná teve significativo aumento no número de feiras e espaços de comercialização para produtos agroecológicos.
Também na abertura do evento esteve presente o professor Júlio César Damasceno, vice-reitor da UEM. Para ele, a agroecologia é uma prática emancipatória. "É difícil viver em um mundo no qual não mais somos donos de nossas próprias sementes; e nem mesmo do chão em que as plantamos", diz. "Temos de pedir licença para fazer o uso de nossa própria terra." É por isso que Damasceno vê, na agricultura de base ecológica, o potencial de realização de uma sociedade mais justa.
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A temática comercial também esteve na pauta no Paraná Agroecológico. "Em um futuro muito próximo, as barreiras comerciais não serão mais alfandegárias. Elas serão ambientais", afirmou Nelton Miguel Friedrich, representante da área de meio ambiente da Itaipu Binacional. Em outras palavras, critérios de sustentabilidade socioambiental já são – e serão cada vez mais – decisivos para mercados nacionais e internacionais. É exatamente por isso que, segundo Friedrich, a demanda por produtos agroecológicos só tende a crescer.
Apesar de ser normalmente pensada a partir de uma perspectiva local, a agroecologia também precisa ser inserida no grande cenário das relações internacionais e dos atuais desafios civilizatórios que ainda temos por superar. Por esse motivo, Friedrich não deixou de enfatizar a íntima relação entre os métodos agroecológicos de produção e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pelas Nações Unidas em 2015. Para quem não lembra, essas metas foram divididas em 17 ítens. Mas o que isso tem a ver com agroecologia? Em uma palavra: tudo. Afinal, de uma forma ou de outra, o modelo de sociedade preconizado pelo pensamento agroecológico parece dialogar com praticamente todos os objetivos elencados como prioritários pela cúpula das Nações Unidas. São eles:

Objetivo 1 | Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
Objetivo 2 | Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
Objetivo 3 | Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
Objetivo 4 | Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
Objetivo 5 | Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
Objetivo 6 | Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos
Objetivo 7 | Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos
Objetivo 8 | Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
Objetivo 9 | Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação
Objetivo 10 | Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Objetivo 11 | Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
Objetivo 12 | Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
Objetivo 13 | Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos
Objetivo 14 | Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
Objetivo 15 | Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
Objetivo 16 | Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis
Objetivo 17 | Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável

Essa é a agenda de sustentabilidade socioambiental que nos deverá nos guiar pelos próximos 15 anos. O Brasil, aliás, teve papel relevante nas negociações que culminaram nesse acordo global – que foi consequência direta da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de Janeiro (RJ) em 2012. Tal contexto, portanto, reforça a pertinência da realização de eventos como o Paraná Agroecológico. “Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são”, na opinião de Friedrich, “um verdadeiro libelo de valorização da agroecologia”.


Henrique Kugler

Curitiba ganha mais uma feira de produtos orgânicos, resultado da parceria entre CPRA, Sanepar e COAOPA

Boa notícia: Curitiba acaba de ganhar mais uma feira de produtos agroecológicos. Agora, todas as sextas, quem passa pelo pátio da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), na Rua Engenheiros Rebouças, n.1376, poderá fazer um bom negócio ao adquirir o melhor da produção orgânica local – a preços justos e acessíveis. Alface, cenoura, beterraba, morango, compotas, temperos… É longa a lista de produtos agroecológicos comercializados nessa nova iniciativa, que é uma parceria entre o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), a Cooperativa de Agricultores Orgânicos e de Produção Agroecológica (COAOPA) e a Sanepar.
Primeira edição da feira de produtos agroecológicos da Sanepar (foto: Henrique Kugler)
Para quem não sabe, alimentos orgânicos são aqueles isentos de agrotóxicos e demais insumos químicos – que são verdadeiros venenos para a saúde humana e o ambiente natural. Além de mais saudáveis e saborosos, esses alimentos são produzidos em sistemas que prezam não só pela preservação da natureza, mas também pela justiça social tanto no campo quanto na cidade. Há ainda uma outra característica importante na produção em base agroecológica: esse sistema pode ser um valioso aliado na preservação e recuperação de rios, nascentes e demais corpos d’água que abastecem nossas cidades. É por isso, aliás, que a Sanepar tem demonstrado interesse na promoção da agroecologia. 
A primeira edição da feira agroecológica da Sanepar aconteceu aconteceu no último dia 11 de novembro. A expectativa é que, daqui em diante, ela aconteça todas as sextas-feiras das 7h30 às 14h. O público-alvo, por enquanto, são os próprios funcionários da empresa – além dos funcionários do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Secretaria da Saúde, já que a essas duas instituições ficam localizadas nas redondezas da Sanepar.
Essa iniciativa faz parte de um Termo de Cooperação Técnica assinado entre a Sanepar e o CPRA no início deste ano. “Com essas, feiras podemos demonstrar que existem alternativas à agricultura convencional, e uma dessas alternativas é a agroecologia”, afirma o diretor-presidente do CPRA, João Carlos Zandoná. “Queremos democratizar o consumo de produtos orgânicos. Para isso, precisamos aumentar não só a demanda, mas também a produção. Assim, poderemos fazer com que esses alimentos cheguem ao consumidor a preços cada vez mais acessíveis”, comenta Zandoná.
A bióloga Daisy Maia, que também atua como gestora socioambiental na Sanepar, concorda. “Na prática, a feira é uma estratégia que nos permite incentivar o consumo de produtos agroecológicos e, aumentando essa demanda, esperamos convencer mais produtores a realizar a transição da agricultura convencional para a agroecologia”, explica.
Além das feiras, a Sanepar incluirá a agroecologia na pauta dos encontros mensais que promove entre funcionários da empresa e público externo – é um evento chamado Ecoprosa. São sessões organizadas com o objetivo de discutir alguns temas relacionados aos desafios socioambientais da atualidade.
Para o engenheiro agrônomo Ivo Melão, responsável pelo setor de socioeconomia do CPRA, parcerias como essa – entre a Sanepar, a COAOPA e o CPRA – podem funcionar como uma importante ferramenta para compartilhar os benefícios dos sistemas agroecológicos de produção. “São iniciativas que pretendemos replicar em outras instituições, para dialogar com um público cada vez mais amplo e assim disseminar a consciência do consumo responsável.”
Fonte: Henrique Kugler

Agricultura vai intensificar a agroecologia no Paraná

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, vai intensificar as ações para ampliar a produção de alimentos seguros, livres de resíduos de agrotóxicos. Em reunião do Comitê Gestor do Programa Paraná Agroecológico, sob o comando do secretário Norberto Ortigara, ficou definido que as ações serão coordenadas pelo Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), programa esse que conta com as parcerias, da Emater, Instituto Agrnômico do Paraná (Iapar), Ceasa do Paraná,  secretarias estaduais do Meio Ambiente e Recursos Hídricos; da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Educação e Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento Social (Ipardes) e em parceria com universidades estaduais.

A partir do primeiro semestre de 2017 serão definidos os projetos para as regiões Norte, Noroeste, Oeste e Sudoeste e Sul, conforme atua o Programa Paraná Agroecológico. Os projetos, na sequência, deverão ser referendados pela Câmara de Agroecologia do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (Cedraf). Para estimular o envolvimento por parte dos parceiros como os Núcleos de Estudo em Agroecologia, prefeituras e Ongs, serão realizados seminários regionais para definição das prioridades o que deve ser seguido na prática de uma agricultura mais sustentável, orgânica e agroecológica.

RESÍDUOS QUÍMICOS – Norberto Ortigara disse que está preocupado com o nível de resíduos químicos que vem sendo apresentados por hortaliças, legumes e frutas coletadas pela Secretaria da Saúde nos pontos de varejo de Curitiba. Segundo ele, além da preocupação com a saúde do consumidor tem também a necessidade de proteger os manancias de água que abastecem Curitiba e região metropolitana, uma vez que mais de 50% da produção desses alimentos que abastecem o Estado sai dessa localidade.

“O carro chefe do programa Paraná Agroecológico será a olericultura, atividade que envolve cerca de 15 mil agricultores da Região Metropolitana de Curitiba, que produzem cerca de três milhões de toneladas de produtos por ano”, explicou João Carlos Zandoná, diretor presidente do CPRA.

De acordo com Zandoná, o trabalho no Paraná terá o apoio de instituições como Iapar e Embrapa, com desenvolvimento de pesquisas e metodologia para a produção de alimentos mais seguros. Após a apresentação dos projetos será feito um esforço de captação de recursos junto às instituições participantes para a concretização dos empreendimentos, explicou.

PASSOS - O INRA – instituto de pesquisas agronômicas da França, vai acompanhar os passos da Agroecologia no Paraná por meio de um termo de cooperação assinado entre Brasil, França a Universidade Federal do Paraná e Iapar. Inclusive, a representante do governo francês, Claire Lamine, participou da reunião na Secretaria da Agricultura e Abastecimento.

Essas instituições vão desenvolver trabalhos de pesquisa e extensão rural para os agricultores, nos moldes das Redes de Referência, trabalho desenvolvido pela Emater e Iapar (unidades piloto que servem de referência aos demais agricultores) iniciado pelo programa Paraná 12 Meses, que estava em vigor no Paraná no final da década de 90.

CAPACITAÇÃO E ASSISTÊNCIA - As ações do Programa irão reforçar a capacitação da assistência técnica, a pesquisa, a comercialização, a legislação e certificação e após isso, o fomento a produção. “Trata-se de um processo que está em andamento e que agora será solidificado com as parcerias que serão feitas com as instituições públicas e da iniciativa privada”, disse.

Zandoná lembrou que a sociedade está cobrando a oferta de produtos seguros e saudáveis, uma demanda que está crescendo em torno de 40% ao ano.

“Isso faz o Estado trabalhar com os setores mais necessitados de renda no meio rural, que é o agricultor familiar, principalmente aquele que está em áreas de mananciais como a que abastece Curitiba”, disse. Há inclusive uma parceria com apoio da Sanepar ao CPRA, para minimizar os impactos da prática da agricultura convencional sobre a região.

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Painel Colheita de Laranja

O trabalho, formado por 110 azulejos deve ter sido realizado também nos anos 50, e está na área externa da residência. Supõe-se que existam outros em Maringá, também produzidos na época de grande crescimento econômico da região, provocado principalmente pela agricultura. 
O Painel esta na casa de Lindolfo Junior... Do site de Angelo Rigon.