segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Osmar Terra oficializa compra de leite em pó da agricultura familiar no RS

2017 14h48
Foto: Rafael Zart/MDS
  Porto Alegre – O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, oficializou nesta sexta-feira (15) a compra de leite da agricultura familiar no Rio Grande do Sul. Em evento no palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), ele assinou a liberação de mais de R$ 13 milhões para a compra do produto por meio da modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Ao todo, serão adquiridas mil toneladas de leite em pó de 31 cooperativas gaúchas já cadastradas. A aquisição é imediata e resulta de uma parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e da Agricultura. O objetivo é auxiliar os produtores que vêm sofrendo com a desvalorização do leite causada pela importação excessiva do produto do Uruguai.

De acordo com Terra, a aquisição incentiva a produção de leite dos agricultores familiares, além de garantir um preço justo e renda para as famílias.
“Acredito que não é uma compra de leite que resolva o problema, mas, com certeza, ajuda muito os pequenos produtores. A pequena propriedade é muito frágil. Qualquer alteração no mercado abala muito os agricultores familiares. E isso é uma causa de empobrecimento. Essa compra tem um papel social muito grande porque vai ajudar o produtor a se manter no campo”.
O governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori, destacou a importância da ação do governo federal para que os pequenos produtores continuem produzindo. “O que nos reúne aqui hoje é mais uma ação do governo federal. Isso vai representar, com certeza, um alívio financeiro para as cooperativas da agricultura familiar e vai se refletir no mercado como um todo”.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínio e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, Alexandre Guerra, o governo federal está fazendo uma ação para minimizar os impactos da desvalorização do leite.
“Para nós, é muito importante esse investimento, pois ajuda a tirar a pressão do mercado e apoia as cooperativas. A ação é fundamental neste momento e melhora nossa expectativa de trabalhar diferente e melhorar o setor”.
Em todo o país, serão investidos R$ 17 milhões na compra do leite. O objetivo é reduzir os estoques e regular o preço do produto. O leite é doado prioritariamente para entidades da rede socioassistencial, de saúde e educação, para atender às famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional ou diretamente para famílias registradas no Cadastro Único, com perfil de renda do Programa Bolsa Família.
*Por Pamela Santos

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

UEM pode integrar rede do Sisan




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A UEM reuniu autoridades públicas e pesquisadores das áreas de produção e tecnologia alimentar e nutricional para debater a integração da Universidade nas políticas do Sisan (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), instituído pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, de gestão intersetorial e participativa para a manutenção e execução de políticas na área.
O evento, realizado durante toda a manhã desta quarta-feira, dia 6 de dezembro, no Anfiteatro Keshiyu Nakatani, Bloco G-90, no câmpus da UEM, contou com a participação do reitor Mauro Baesso, que falou do potencial da UEM para compor essa rede, destacando os inúmeros pesquisadores que já produzem e podem produzir ainda mais conhecimento e novas tecnologias nesse campo. O reitor também mencionou a infraestrutura em equipamentos e serviços que a Universidade detém que pode ser colocada à serviço do projeto.
“A UEM tem todas as condições de dar as respostas que a sociedade precisa e assim contribuir nesse processo de estruturação da rede em segurança alimentar e nutricional, atuando em sinergia com o município para resolver problemas locais e regionais”, frisou Baesso. Ele também anunciou um convênio amplo que está sendo firmado com o Instituto de Tecnologia do Paraná e que envolve exatamente a questão da segurança alimentar.
Vanderlei Amboni, do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional do Núcleo Regional de Maringá, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, também esteve no evento e durante seu pronunciamento destacou as ações do Governo do Estado no estímulo à geração de renda e à redução da pobreza e da desigualdade social no campo, com apoio projetos técnicos propostos por organizações da agricultura familiar.
Amboni também citou o Programa Compra Direta Paraná que oferece apoio na comercialização da produção e o acesso aos alimentos por grupos de cidadãos em vulnerabilidade social e ainda a implantação dos Restaurantes Populares, criados com o objeto de oferecer à população refeições a preços acessíveis. Maringá, que já conta com um Restaurante Popular, terá uma nova unidade, segundo anunciou Amboni.
A representante da Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional de Maringá (Coresan), Marilze Brandão Assis falou da relevância desse encontro que ela espera ser um marco capaz de trazer avanços importantes em relação a garantia e o acesso da população à alimentação saudável, “apesar do momento pelo qual passa o País, em que se vê a desconstrução de tantos direitos”.
Para o promotor de Justiça, Maurício Kalache, o encontro constitui um momento histórico à medida que reúne pesquisadores de diferentes departamentos e áreas abrindo possibilidades de superar “barreiras da especialização extrema”.
No entendimento do promotor, a integração e a interdisciplinaridade na produção de conhecimento vão ajudar muito no fortalecimento de uma rede de segurança alimentar. Kalache também citou a implantação de projetos de extensão como uma ferramenta importante dentro dessa proposta, sinalizando inclusive a possibilidade de aporte de recursos no apoio ao desenvolvimento dos programas.
Além disso, ele comentou sobre a necessidade de manterem-se vivas as discussões internas sobre o Sisan, através de capacitações ou mesmo a inclusão do tema nos componentes curriculares dos diversos cursos que a Universidade oferece.

Ao final dos pronunciamentos, o nutricionista Geferson Almeida Gonçalves (foto acima), doutor em Ciências de Alimentos pela UEM e membro da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, explanou sobre o funcionamento do Sisan.  
A outra palestra foi ministrada por Marilze Brandão Assis (foto abaixo), da Coresan.

 O evento também contou com a presença, entre outras autoridades, do secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Marialva, Lindalvo José Teixeira.