terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Como a produção de alimentos com agrotóxicos impacta na vida do brasileiro




Pensar no alimento é um ato político. Pensar no que comemos, porque
comemos e como comemos influencia na economia, no meio ambiente – além
da nossa própria saúde. Lançado em 2017, o atlas “Geografia do Uso de
Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia” mapeia o uso de
substâncias químicas no setor agropecuário brasileiro. Hoje, existem 504
agrotóxicos de uso permitido no Brasil, sendo que 30% destes são
proibidos na União Europeia. Alguns, há mais de dez anos. Dos que são
vetados na Europa, alguns figuram entre os mais vendidos por aqui.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

10ª Plenária do Consea foi positiva e indicou caminhos para 2019, avalia conselheira

Imagem: Francicarlos Diniz/Consea
Imagem: Francicarlos Diniz/Consea
A 10ª Reunião Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) apontou caminhos e ferramentas importantes para que se possa avançar na implementação Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) de forma capilarizada, nos estados e municípios, afirma a nutricionista e conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) Ana Paula Bortoletto. O encontro foi encerrado na tarde desta quarta-feira (28), em Brasília.
“Pela manhã, tivemos uma reunião aprofundada e conseguimos avançar bastante em questões como o financiamento e sobre a relação público-privada, que é um dos temas-chaves para aprimorarmos as instâncias de adesão ao Sisan nos estados”, explica a conselheira.
Agenda 2019
No período da tarde, o debate versou sobre a agenda do Consea em 2019. A presidenta do conselho, Elisabetta Recine, apresentou um relato sucinto sobre a reunião conjunta da sociedade civil dos conselhos nacionais de políticas públicas, realizada no dia anterior. Abordou ainda questões relativas à 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, prevista para 26, 27 e 28 de novembro do próximo ano.
Elisabetta Recine falou também sobre a atual gestão 2017-2019 do conselho, que se encerra em abril de 2019, e sobre o andamento da Comissão de Transição para a próxima composição do Consea no período 2019-2021, que estaria sendo organizada.
“Foi um momento importante de encaminhamento dos próximos passos, pensando em 2019”, comenta a conselheira Ana Paula Bortoletto. “Sobre a 6ª Conferência, aliás, já criamos uma comissão organizadora, formada com três sub-comissões. Eu vou fazer parte da Subcomissão de Metodologia e Conteúdo, como será chamada. Acho que tivemos uma participação muito boa de conselheiros da sociedade civil na plenária, que contribuíram bastante. O saldo foi positivo”, finalizou.  
Fonte: Ascom/Consea

Estrutura dos conselhos públicos reflete projetos predominantes, diz pesquisadora

Economista Enid Rocha, diretora-adjunta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Foto: Ascom/ Consea
Economista Enid Rocha, diretora-adjunta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Foto: Ascom/ Consea
O que pode ser feito para ampliar a diversidade da participação dos conselhos de políticas públicas nas perspectiva quantitativa e qualitativa?
Para a economista Enid Rocha, diretora-adjunta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a disputa de projetos políticos se reflete muitas vezes em contradições que precisam ser compreendidas pelos atores da sociedade civil que participam dos conselhos públicos.
Em palestra nesta quarta-feira (28), em Brasília, durante a 10ª reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), a pesquisadora citou como exemplo dessas contradições a limitação da participação social a questões periféricas, excluindo-se da discussão das estratégias de desenvolvimento do país. 
Para Enid Rocha, é importante compreender qual tipo de projeto a atuação dos conselhos públicos está fortalecendo e se esse projeto dialoga com a preocupação central daquele espaço. “A participação dos conselhos pode ajudar a consolidar tendências distintas, seja na direção do aprofundamento da democracia, seja na redução do seu escopo. O desenho, as regras e as ferramentas que estruturam o funcionamento e a forma de participação dos conselhos públicos refletem os traços dos projetos políticos que são predominantes”, destacou ela, que abordou o tema Organização do Estado, Democracia, Participação Social e o Papel dos Conselhos Públicos.
Doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Campinas (Unicamp), Enid Rocha ressaltou a importância de dar prosseguimento ao objetivo para os quais esses conselhos foram criados. “É preciso continuar fortalecendo a ampliação dos direitos, principalmente em momentos cruciais, como o que estamos vivendo atualmente”, concluiu.
Plenária
A 10ª plenária do Consea tem como tema central de debate o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que completou em setembro último 12 anos de existência.
O encontro busca promover uma reflexão sobre o financiamento do sistema em todas as esferas governamentais; os mecanismos de fortalecimento da institucionalidade nos estados e municípios; a relação público-privada no sistema; a formação e a construção de habilidades entre os sujeitos de direitos e os mecanismos de exigibilidade do direito humano à alimentação adequada e saudável (DHAA).
O Sisan integra os esforços entre os diversos setores governamentais, as três esferas de governo e a sociedade civil para formular, implementar e monitorar a política nacional e os planos de segurança alimentar e nutricional.
Reportagem: Francicarlos Diniz
Fonte: Ascom/Consea

Financiamento do Sisan facilita adesão de municípios, diz representante do MDS

Coordenador-geral de Apoio ao Sisan na Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Élcio Magalhães. Imagem: Giovanna Queiroz/Consea
Coordenador-geral de Apoio ao Sisan na Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Élcio Magalhães. Imagem: Giovanna Queiroz/Consea
“A regulamentação do projeto de lei de financiamento do Sisan [Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional] vai possibilitar uma maior adesão dos municípios e fortalecer os planos de segurança alimentar e nutricional nos estados”.
A avaliação é de Élcio Magalhães, coordenador-geral de Apoio ao Sisan na Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em palestra nesta quarta-feira (28), em Brasília, durante a 10ª reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
O encontro debateu o financiamento do Sisan em todas as esferas governamentais; os mecanismos de fortalecimento da institucionalidade nos estados e municípios; a relação público-privada no sistema; a formação e a construção de habilidades entre os sujeitos de direitos e os mecanismos de exigibilidade do direito humano à alimentação adequada e saudável (DHAA).
Para Jean Pierre, do Comissão de Presidentes de Conselhos Estaduais (CPCE), que integrou a mesa da plenária, a diversidade de participação da sociedade civil dos estados no Sisan é uma característica marcante e deve ser valorizada, estimulando o controle social na construção das políticas de segurança alimentar e nutricional.
Rubens Cordeiro, da  Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Pará (Caisan-PA), destacou a importância de que sejam observadas as características regionais na elaboração de editais, levando em consideração as distâncias e os acessos disponíveis.
Sisan
O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) completou em setembro último 12 anos de existência. O sistema integra os esforços entre os diversos setores governamentais, as três esferas de governo e a sociedade civil para formular, implementar e monitorar a política nacional e os planos de segurança alimentar e nutricional.
Estagiária Júlia Eleutério, sob supervisão de Beatriz Evaristo e Francicarlos Diniz
Fonte: Ascom/Consea

Segurança Alimentar e Nutricional


 
Saiba mais sobre os princípios e práticas para Educação Alimentar e
Nutricional; bem como sobre Compras Institucionais para promoção da
Alimentação Adequada e Saudável

Melhores Receitas da Alimentação Escolar são premiadas



REPÓRTER NBR - 26.10.17: O concurso das Melhores Receitas da Alimentação
Escolar premiou talentos revelados nas cozinhas das escolas de todo o
Brasil. É lá que as merendeiras cuidam do alunos de escolas públicas com
ingredientes regionais, pensando na qualidade dos pratos e, é claro, no
sabor. Elas são consideradas importantes agentes na aplicação do
Programa Nacional de Alimentação Escolar, que atende 42 milhões de
estudantes.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Dica de leitura: Alimentação escolar – Promovendo a saúde no futuro

A obesidade e suas consequências são uma ameaça real e cada vez mais presente na vida de muitas crianças e adolescentes. A escola é um importante ambiente para a construção de hábitos alimentares mais saudáveis e de luta contra a obesidade. Pensando nisso, o Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cesans) do estado de São Paulo lançou o livro “Alimentação Escolar – Promovendo e saúde no futuro”.
A publicação tem como objetivo destacar o papel da alimentação escolar na promoção da saúde de crianças a adolescentes e as principais atividades desenvolvidas pelos diversos atores da alimentação escolar, como professores, coordenadores, diretores, merendeiras, manipuladores de alimentos e nutricionistas, com o foco em estimular e apoiar ações de educação alimentar e nutricional baseadas no consumo de hortifrutis e na redução do consumo de alimentos ultraprocessados.
O livro traz receitas nutritivas elaboradas com os principais produtos agrícolas utilizados na alimentação escolar no estado de São Paulo, visando incentivar o consumo de alimentos “in natura”, por meio de receitas nutritivas e de preparações mais atrativas para o consumo das crianças e adolescentes. Creme de abóbora com carne desfiada, cuscuz de frango, feijoada de legumes, talharim com abobrinha e omelete de forno com couve são algumas das receitas apresentadas.
A edição apresenta também orientações para os responsáveis pela execução do Programa de Alimentação Escolar (Pnae), com dicas para a escolha e compra de produtos da agricultura familiar e promoção do desenvolvimento da economia local.
Apontando caminhos para uma alimentação saudável e possível para todos, o livro “Alimentação Escolar – Promovendo e saúde no futuro” é um “prato-cheio” para refletir sobre a qualidade do que os estudantes estão ingerindo e dar novos significados à relação com a alimentação no ambiente escolar e que se refletem em toda a sociedade.
Clique aqui para acessar o livro “Alimentação Escolar – Promovendo e saúde no futuro”.
Texto: Francicarlos Diniz
Fonte: Ascom/Consea

Pesquisa MapaSAN 2018 vai até o dia 22 de outubro


Foi prorrogada até o dia 22 de outubro a terceira edição da Pesquisa MapaSAN 2018. A pesquisa está disponível desde o dia 7 de agosto para ser preenchida pelas prefeituras. Os municípios podem cadastrar os seus dados em formulários digitais.
O Mapeamento de Segurança Alimentar e Nutricional (MapaSAN) é uma pesquisa nacional realizada a cada dois anos pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O objetivo é coletar informações sobre as estruturas e componentes do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), bem como sobre as ações e equipamentos públicos de SAN nos municípios, estados e Distrito Federal.
A Sesan elaborou um manual para os municípios conhecerem as questões com antecedência.
Clique aqui para acessar o formulário digital
Clique aqui para acessar o manual
Fonte: Ascom/Consea, com informações do MDS

FAO lança campanha para acabar com a fome no mundo até 2030

Conclamar a sociedade para realizar ações que possam combater a fome no mundo como evitar o desperdício de alimentos, buscar novas formas de desenvolver a agricultura e adotar um modo de vida mais saudável e sustentável. Com esses objetivos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou a campanha do Dia Mundial da Alimentação 2018 com o tema Nossas ações são nosso futuro. Um mundo #fomezero para 2030 é possível” (traduzido para o português). 
O Dia Mundial da Alimentação é celebrado anualmente no dia 16 de outubro ‒ data de fundação da FAO, em 1945 ‒ para estimular a sensibilização e a ação em escala mundial em favor das pessoas que sofrem com a fome e responder à necessidade de garantir a segurança alimentar e nutricional para todos. São realizados eventos em mais de 130 países de todo o mundo, sendo um dos dias mais celebrados pela Organização das Nações Unidas (ONU). 
O progresso coletivo alcançado por vários países para erradicar a fome voltou a piorar recentemente como consequência dos conflitos prolongados, dos fenômenos meteorológicos relacionados às mudanças climáticas e da recessão econômica. Hoje, 821 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a subalimentação crônica, segundo o documento “O Estado da segurança alimentar e a nutrição no mundo em 2018” (SOFI). 
Ao mesmo tempo, os níveis de obesidade estão aumentando rapidamente e muitos países experimentam a carga dupla de fome e obesidade. Dados do relatório mostram que 1,9 bilhão de pessoas têm sobrepeso, das quais 672 milhões são obesas. Para a ONU, o mundo pode alcançar o objetivo de acabar com a fome se as nações realizarem ações tendo em conta melhores práticas e as lições já aprendidas. 
Clique aqui para acessar a campanha (versão em espanhol)
Clique aqui para acessar o relatório (versão em inglês)
Fonte: Ascom/Consea, com ONU

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Jornalista alerta para impactos do desperdício de alimentos

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil.
“Já eliminamos a sacolinha do nosso puxa-saco, já trocamos a lixeira da cozinha para fazer o descarte sustentável e estamos pensando duas vezes se devemos ou não comprar um bem de consumo. Mas e na feira, será que você não está se empolgando demais?”.
Quem pergunta é a jornalista e cozinheira Mari Bontempo, no artigo “Dia de feira: compre menos e evite o desperdício”, publicado nesta semana no site Vida de Cozinheiro.
Pesquisadora de aromas e sabores, ela explica a importância de praticar o “desperdício zero” na hora de preparar os alimentos. “Na minha cozinha, eu tento minimizar ao máximo o descarte, principalmente o do que é orgânico. Água de cozimento de legume vira sopa e bagaço de suco vira purê”.
Ela afirma que só faz compras de frutas de verduras em dia de “sacolão”. Menos é mais também na hora da escolha do que levar para casa, ensina. “Eu compro um exemplar de cada alimento: É uma cenoura, um chuchu, uma beterraba, uma abobrinha. Podem até achar que sou ‘pão-duro’, mas isso também é reflexo de minha criação”.
Mari Bontempo cita dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que apontam que um terço dos alimentos produzidos no mundo acaba indo para o lixo, “desperdício que, se fosse evitado, poderia contribuir para a alimentação de 795 milhões de pessoas”.
Além de não ajudar a combater a fome, esse descarte sem sentido ainda prejudica o planeta de muitas maneiras, explica ela. “Os custos vão muito além do dinheiro gasto na produção dessa comida que é desperdiçada. Gastamos quase um terço da terra cultivada do planeta, sem falar do gasto de água usado na irrigação e das toneladas de gases de efeito estufa produzidos a partir da decomposição desses alimentos não consumidos”.
“Nem tudo nessa vida é fácil e nem por isso deixamos de fazer o que é certo. Na nossa cozinha não deveria ser diferente, por isso, no próximo dia de feira, pense bem no que você está colocando na sua sacola retornável’, completa a jornalista.     
Clique aqui para ler a íntegra do texto.

Consea defende Política de Desenvolvimento dos Povos e Comunidades Tradicionais

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) encaminhou nesta sexta-feira (31) ofício ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao ministro dos Direitos Humanos (MDH), Gustavo do Vale Rocha, e ao ministro do Desenvolvimento Social (MDS) e presidente da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Alberto Beltrame, no qual manifesta seu apoio à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais e ao Decreto 6040/2007, em contraposição à correspondência enviada ao presidente da República, Michel Temer, em 14 de agosto último, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que solicita a revogação do referido Decreto.
Na Carta em Defesa do Decreto 6.040/2007, o Consea manifesta que a revogação do Decreto 6.040/2007 colide frontalmente com a Constituição Federal e com os diversos tratados Internacionais ratificados pelo Brasil.
O Conselho solicita também a integral implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) e o apoio para o funcionamento do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CONPCT), transferido recentemente para o Ministério dos Direitos Humanos.
No documento enviado ao presidente da República e aos ministros do MDH, do MDS e da Casa Civil, o Consea avalia como intempestiva a solicitação da CNA e FPA, visto que “o Decreto nº 6.040/2007 está em vigência há mais de 10 anos e é considerado pelo Povos e Comunidades Tradicionais como um passo importante na consolidação do marco jurídico e no reconhecimento jurídico-formal da identidade de todas as chamadas populações ‘tradicionais’ do Brasil”.
O Conselho enviou ofício para a Confederação da Agricultura e Pecuária e para a Frente Parlamentar da Agropecuária, dando ciência da posição do órgão em defesa do Decreto 6.040/2007 e avaliando como intempestiva a solicitação daquelas entidades.
Parecer jurídico
Na Carta em Defesa do Decreto nº 6.040/2007, são citados os pareceres jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Ministério do Meio Ambiente elaborados à época da construção do Decreto, que não apontaram óbices jurídicos nem indícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade na minuta do referido Decreto. 
Terra e território
Para o Consea, terra e território se constituem como base material da sobrevivência e dos significados culturais que compõem as identidades sociais dos povos indígenas e dos povos e comunidades tradicionais.
Na Carta em Defesa do Decreto 6.040/2007, o Conselho afirma que a existência dessas comunidades, pautada em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desempenha papel fundamental na natureza, na manutenção da diversidade biológica e de conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade e na formação da cultura alimentar brasileira.   
Racismo institucional
“É o racismo institucional que mantém esses sujeitos de direito [povos indígenas e povos e comunidades tradicionais] em constante vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional e impede sobremaneira o acesso destes povos ‘invisibilizados’ à terra e ao território”, diz o Consea em sua Carta em Defesa do Decreto 6.040/2007.
“O racismo institucional expressa-se quando o arcabouço jurídico atende aos interesses das forças políticas e econômicas predominantes e não proporciona igualdade de condições para a realização de direitos dos povos indígenas, populações negras e povos e comunidades tradicionais”, completa o Conselho.
Tratados internacionais
No documento em defesa do Decreto 6.040/2007, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional destaca que, a respeito da hierarquia normativa, a Suprema Corte do Brasil conferiu status de supralegalidade aos Tratados Internacionais de Direitos Humanos.
“Não menos importante”, prossegue o Conselho em sua argumentação, “é o reconhecimento constitucional dos direitos territoriais indígenas e quilombolas em artigo 231 da Carta Magna de 1988 e no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988, que, por analogia, demonstra a intenção do legislador de reconhecer a identidade e os direitos territoriais de povos e comunidades tradicionais”.     
Autoatribuição
Em relação aos critérios de autoatribuição (autodefinição) dos povos e comunidades tradicionais, na Carta em Defesa do Decreto 6.040/2007 o Consea destaca que a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 2003, reconhece a autodefinição como critério de identificação desses povos.
Ainda sobre critério de identificação, o Conselho cita decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que, no julgamento da Ação de Inconstitucionalidade (ADI) 3239/DF contrária ao Decreto nº 4.887, de 20.11.2003, entendeu que é constitucional o critério da autoatribuição (autodefinição) para a identificação de quilombolas.
Clique aqui para ler a íntegra da Carta em Defesa do Decreto 6.040/2007.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Você sabe o que está comendo? | Instituto propõe mudança na rotulagem de...

Agricultores familiares recebem fiscais para cumprimento do PAA

Fornecedores de produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) dos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Ceará e Paraíba estão recebendo a visita de fiscais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desde a última segunda-feira (20) para verificar o cumprimento de projetos.
A operação segue durante esta semana e os técnicos da estatal devem encerrar a fiscalização até o fim deste mês. A modalidade em execução pelos beneficiários do programa, como agricultores, pescadores e quilombolas, é a de Compra com Doação Simultânea (CDS). Por este mecanismo, o agricultor inscrito recebe um valor de acordo com o projeto aprovado para cultivar determinados produtos e entregar em instituições socioassistenciais previamente cadastradas.
As unidades recebedoras, como escolas, creches e instituições que acolhem pessoas em situação de insegurança alimentar devem receber periodicamente este produto que pode ser convencional ou orgânico. A fiscalização também verifica a entrega regular destes alimentos, envolvendo a participação de associações e cooperativas agrícolas.
Caso ocorra alguma irregularidade, a associação ou cooperativa é informada das penalidades, que podem incluir a restituição ou o cancelamento do projeto. As últimas inspeções do PAA foram feitas nos meses de abril, maio e junho e as próximas ainda estão sendo programadas.
In. www.conab.gov.br

Publicação digital reúne marcos legais do PAA para leitura offline

Toda a legislação referente ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) agora está compilada em um único documento. O livro com a legislação do programa é o produto disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e visa facilitar o acesso às regras gerais do programa nos locais onde o alcance da internet é limitado, daí a importância de manter uma publicação digital armazenada no celular para pesquisas.
O livro está organizado com foco no usuário a fim de facilitar a busca das informações referentes aos marcos legais do PAA, podendo ser um instrumento de auxílio técnico para orientar na elaboração de propostas de participação das modalidades do programa.
O documento também traz as leis, decretos e resoluções que estão em vigor, ou seja, aquelas que foram revogadas pelo Grupo Gestor do PAA, já foram também removidas da publicação, permanecendo apenas a sua numeração, data e ementa. Neste mesmo sentido, nos casos de leis e decretos que regem mais de um tema, permaneceram apenas as informações correlatas ao PAA, para facilitar o manuseio do documento.
A expectativa é que o livro torne-se uma importante ferramenta de consulta a todos os atores envolvidos no programa, sejam eles funcionários de entidades parceiras à execução do PAA, cooperativas e associações da agricultura familiar, bem como os próprios produtores interessados no assunto.
A publicação é gratuita é já está disponível no portal da Conab. Para acessar, clique aqui.
In. https://www.conab.gov.br/ultimas-noticias/2492-publicacao-digital-reune-marcos-legais-do-paa-para-leitura-offline

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Apresentação geral sobre CSA

CSA é um modelo de um trabalho conjunto entre produtores de alimentos
orgânicos e consumidores: um grupo fixo de consumidores se compromete
por um ano (em geral) a cobrir o orçamento anual da produção agrícola.
Em contrapartida os consumidores recebem os alimentos produzidos pelo
sitio ou fazenda sem outros custos adicionais. Desta forma o produtor
sem a pressão do mercado e do preço, pode se dedicar de forma livre à
sua produção. E os consumidores recebem produtos de qualidade, sabendo
quem os produz e aonde são produzidos.
Essa palestra proferida por Wagner Santos da CSA Brasil aprofundará o
conceito de CSA e trará informações práticas sobre como implantá-lo em
uma determinada localidade com dicas sobre o dia-a-dia e governança!
Também será apresentado aos presentes um panorama da situação do CSA no
Brasil, com breve histórico, e no mundo.
CSA, uma Comunidade que Sustenta a Agricultura oferece uma nova forma de
economia em uma atuação conjunta com agricultores ativos e agricultores
passivos, para a produção de alimentos. Uma nova forma que oferece
vantagens para a terra, plantas, animais e o homem.
Nos últimos anos o conceito da CSA despertou grande interesse nos
âmbitos de desenvolvimento regional, alimento e agricultura orgânica. Em
2011 no Forum Mundial de Porto Alegre, o conceito da CSA foi
apresentado como um dos favoritos com grande potencial de futuro.

Ecoideias - CSA Comunidade Sustenta a Agricultura

A CSA é uma parceria entre agricultores e consumidores. Os moradores da
cidade pagam um valor fixo para os produtores e recebem toda semana,
alimentos variados e de qualidade. Um benefício para os compradores e
para as famílias do campo, que acabam aumentam sua renda. Você vai ver
como mais detalhes os resultados da vida de quem apostou neste tipo de
parceria e como se formam estas comunidades.
  .

CSA - Comunidade que Sustenta a Agricultura & A Pedagogia do Fazer


quarta-feira, 27 de junho de 2018

Edital vai apoiar a modernização de bancos de alimentos públicos de Estados e municípios

Brasília – O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) está lançando um edital de seleção pública em apoio aos bancos de alimentos públicos do país. O edital nº 01/2018 foi publicado no Diário Oficial da União no dia 15 de junho e é destinado a melhorar as estruturas mantidas por Estados e municípios com mais de 100 mil habitantes e que estejam em funcionamento há mais de um ano. 
De acordo com a diretora da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), Patrícia Gentil, o montante a ser disponibilizado por meio do edital será de R$ 4 milhões.  “O valor (por projeto) pode ser entre R$ 250 mil e R$ 500 mil. Nossa expectativa é apoiar de 15 a 20 bancos de alimentos nas grandes cidades, ou melhor, nas cidades acima de 100 mil habitantes”, afirma.
No país, há hoje 220 bancos de alimentos. Essas estruturas foram criadas para combater o desperdício e dar oportunidade a entidades socioassistenciais de ter acesso a  mantimentos, na perspectiva do Direito Humano à Alimentação Adequada. Cabe ainda aos bancos de alimentos receber e apoiar a logística dos alimentos comprados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do MDS. 
Com os recursos previstos no edital, é permitido ampliar a capacidade de atendimento das unidades já existentes, bem como adequar as estruturas físicas às exigências da vigilância sanitária. Ainda é possível empregar recursos para aquisição de veículos para transporte de alimentos e câmaras frigoríficas, além de financiar despesas de custeio, como a compra de equipamentos e material de consumo. O período de inscrição para projetos vai de 19 de junho até 29 de julho de 2018. 
Alcance – Desde 2016, o MDS mantém uma iniciativa para fortalecer a gestão dessas estruturas – a Rede Brasileira de Bancos de Alimentos. Segundo monitoramento dessa Rede, em 2018 foram reaproveitados para alimentação humana 62,2 mil toneladas de produtos alimentícios, beneficiando 4,5 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

IV ERSAN - Inscrições

Inscrições:

DACESE - Mapa do encontro

Rede Brasileira de Bancos de Alimentos recebe primeiras adesões

Brasília - A Rede Brasileira de Bancos de Alimentos acaba de ser fortalecida. A partir de agora, 23 unidades de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Ceará estão integradas para garantir uma alimentação adequada à população e diminuir o desperdício de alimentos. O trabalho em conjunto faz parte da estratégia lançada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) em 2016 para fortalecer a atuação dos bancos de alimentos em todo o país.
Das 23 unidades que aderiram, 17 fazem parte da Rede Leste De Bancos De Alimentos de Minas Gerais (Relba). Ao todo, a entidade distribui 180 toneladas de alimentos por semana a mais de 150 mil pessoas em entidades socioassistenciais, escolas e famílias carentes. De acordo com o secretário-geral da Relba, João Paulo Ramos, a adesão melhora a gestão dos Bancos de Alimentos. “Ela permite a aproximação com o governo federal, melhorando a gestão dos Bancos e alinhando tecnicamente as ações”, disse.
Além disso, segundo Ramos, o trabalho em rede também amplia a captação e a distribuição dos alimentos. “Com a Rede é possível que um banco com alimentos em excesso possa doar  a outro onde há falta”, exemplificou.
A coordenadora-geral de Equipamentos Públicos do MDS, Kathleen Machado, explica que a Rede permite a troca de informações e reconhece o trabalho fundamental exercido pelos Bancos de Alimentos. “A ideia é que ocorra o intercâmbio de experiências e soluções, com o objetivo de aprimorar a política pública. Já para a população, dá mais transparência em relação ao serviço prestado pelos Bancos de Alimentos”, ressaltou.
Como participar - Podem participar da Rede os bancos de alimentos sob gestão dos governos estaduais ou municipais, assim como organizações da sociedade civil e instituições de ensino ou pesquisa com estudos sobre o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Para solicitar a adesão, basta acessar o site http://mds.gov.br/caisan-mds e preencher os formulários.
Birigui/SPEntre Folhas/MGItabira/MGSantana do Paraíso/MG
Blumenau/SC Governador Valadares/MG Juazeiro/CE São Sebastião Do Anta/MG
Cachoeiro do Itapemirim/ES Iapu/MG Manhuaçu/MG Simonésia/MG
Campinas/SP Inhapim/MG Piedade De Caratinga/MG Ubaporanga/MG
Caratinga/ MG Ipaba/ MG Rio Claro/SP Vargem Alegre/MG
Córrego Novo/MG Ipatinga/MG Santa Rita de Minas/MG
* Por Diego Queijo

Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional recebe mais 21 municípios

Brasília – Mais 21 municípios aderiram ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Com isso, já são 297 prefeituras, além de todos os Estados e do Distrito Federal, que fazem parte da iniciativa. O Sisan tem o objetivo de coordenar as ações públicas para garantir alimentação adequada à população, articular a integração entre os governos locais, estadual e federal, além de promover a participação da sociedade civil. 
Os 21 municípios que firmaram compromisso como o governo federal são: Monsenhor Tabosa (CE), Colinas (MA), Olinda Nova (MA), Maracaçume (MA), Santa Filomena (MA), Bom Retiro (SC), São Francisco do Sul (SC), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Angico (TO), Arapoema (TO), Dueré (TO), Itaporã do Tocantins (TO), Rio dos Bois (TO), Sítio Novo do Tocantins (TO), São Sebastião do Tocantins (TO), Atalaia (PR), Brasilândia do Sul (PR), Cidade Gaúcha (PR), Iporã (PR), Jussara (PR) e Planaltina do Paraná (PR). 
Segundo a diretora do Departamento de Estruturação e Integração dos Sistemas Públicos Agroalimentares do MDS, Patrícia Gentil, a ideia é incrementar a qualidade de vida da população com uma melhoria na gestão dos programas e ações na agenda pública de segurança alimentar e nutricional. Ela explica que o gestor local terá que estudar a demanda do seu município, fazer um diagnóstico, identificar os problemas e construir alternativas que melhorem a situação da população. “Aderir ao sistema é aderir a um compromisso de garantir a alimentação adequada. Na medida em que o gestor se compromete com tudo isso, certamente um conjunto de políticas será direcionada à população, seja para melhorar o acesso, a produção ou o abastecimento de alimentos saudáveis”, completa a diretora. 
O próximo passo para os municípios é a elaboração dos planos locais de segurança alimentar no prazo de um ano. O plano deve apresentar programas existentes, metas e previsão orçamentária, além de ser um documento que permitirá o controle social. 
*Por André Luiz Gomes

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Espaço Agroecológico inaugurado na UNESP de Franca

O objetivo dessa atividade é promover o acesso da comunidade acadêmica a alimentos agroecológicos e de qualidade, produzidos no assentamento 17 de Abril, em Restinga, na região de Ribeirão Preto. Alimentos saudáveis, como resultado da Reforma Agrária e da agricultura familiar.
Quem desenvolve a ação é o NATRA, Núcleo Agrário Terra e Raiz, extensão comunicativa e popular da Unesp de Franca. Em conjunto com os produtores do assentamento 17 de  Abril, se beneficiando dessa atividade, os estudantes, funcionários técnico- administrativos e os professores do Campus de Franca.
Até o momento, o NATRA já conseguiu realizar o VIII Simpósio de Questão Agrária na Unesp de Franca em outubro de 2017, onde o grupo fomentou a importância de construir dentro do Campus um Espaço Agroecológico de entrega de alimentos saudáveis, mas para além disso: Construir um espaço onde possibilite discussões, oficinas e cine- debates sobre o acesso a alimentos saudáveis, a agricultura familiar, soberania alimentar e segurança alimentar e nutricional.
Agora, como resultado desse trabalho, o NATRA trouxe para a universidade o Espaço Agroecológico, como símbolo de mais uma conquista do grupo de extensão popular e a comunidade do assentamento 17 de Abril.