sábado, 28 de novembro de 2015

Convite ao debate...


PARTICIPE DA IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTORES AGROECOLÓGICOS E ORGÂNICOS

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), em parceria, buscam informações sobre grupos formais e informais de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, assentados da Reforma Agrária e outros segmentos da Agricultura Familiar, com experiência em agricultura orgânica, que tenham interesse em obter a certificação por auditoria, em grupo, para produção orgânica.
Neste sentido, caso seja de seu conhecimento, solicitamos colaboração preenchendo o questionário no link goo.gl/forms/dCaiyPGX7c e/ou divulgando esta mensagem a possíveis interessados. Receberemos as informações continuamente, porém, pedimos que os questionários sejam respondidos, se possível, até dia 30/11/15.
Caso não consiga acessar o link, favor contatar o email -certifica.organico@int.gov.br
Cabe lembrar que essas informações nos auxiliarão no planejamento e execução de um projeto de abrangência nacional, não estabelecendo, neste momento, nenhum compromisso por parte do INT ou do MDA.
Fonte: Ministério de Desenvolvimento Agrário

FAO LANÇA RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR NO BRASIL

Criar e fortalecer políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis como comunidades indígenas e quilombolas, melhorar a alimentação da população para combater a obesidade, adotar medidas para diminuir o desperdício de alimentos e enfrentar as questões relacionadas as mudanças climáticas. Esses sãos os principais desafios para o Brasil, de acordo com a segunda edição do relatório da FAO, O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil ? 2015 (SOFI Brasil).

http://www.fao.org/fileadmin/user_upload/FAO-countries/Brasil/images/medium_lancamento.jpgA publicação lançada no âmbito da A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional é uma continuidade do primeiro relatório publicado no ano passado. A primeira edição revelou que o Brasil venceu o problema estrutural da fome e não está mais no mapa da Fome das Nações Unidas.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a pobreza no Brasil foi reduzida de 24,7% em 2002 para 8,5% em 2012, e a extrema pobreza caiu de 9,8% para 3,6% no mesmo período. Esse resultado fez com que o país cumprisse a meta de reduzir pela metade o número de pessoas que passam fome estabelecida nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Para as décadas seguintes o Brasil precisa voltar a atenção para os chamados grupos mais vulneráveis que abrigam a maior parte das pessoas que ainda sofrem de insegurança alimentar no país. ?Chegar até essas pessoas é essencial para que o Brasil fique livre da fome uma vez por todas. As políticas devem criar estratégias para atingir de forma eficaz, os ribeirinhos, quilombolas, indígenas e a população rural?, afirmou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.
Outro desafio está ligado a promover a alimentação saudável. Em todo o mundo cresce o número de pessoas com sobrepeso. A obesidade figura como uma das principais causas de doenças que atingem a população, como por exemplo, hipertensão e diabetes. Segundo o relatório, há uma erosão de 20% nos orçamentos dos países decorrentes da obesidade e doenças a ela associadas. No Brasil, em 2011, o custo da obesidade e da fração atribuível de cada doença a ela associada foi de mais de 480 milhões de reais para o Sistema Único de Saúde.
?A alimentação saudável deve ser uma aliada da população. As dietas precisam garantir alimentos nutritivos e ricos em proteínas. E quem pode contribuir bastante para isso é o agricultor familiar. Os pequenos agricultores são responsáveis por mais de 70% dos alimentos que chegam diariamente a nossas mesas e a produção deles vem de uma fonte sustentável e acima de tudo saudável?, ressaltou Bojanic.
Agendas convergentes
O relatório também faz referência aos novos desafios pós 2015 com a aprovação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Mais de 190 países se comprometeram na Assembleia Geral da ONU com 17 objetivos e 169 metas. A segurança alimentar está presente com objetivos mais ambiciosos: erradicar a pobreza em todas suas formas até 2030, alcançar a segurança alimentar e a melhora da nutrição e promover a agricultura sustentável.
O Brasil tem um papel importante nesse processo, já que o país tem capacidade de se tornar nas próximas décadas o maior exportador de alimentos do mundo, com uma produção capaz de atender tanto a demanda interna, como a externa e contribuir para alimentar o mundo.

SEMINÁRIO NACIONAL DE BOAS PRÁTICAS DE ATER

Nos dias 01 a 03 de Dezembro será realizado em Brasília/DF o Seminário Nacional de Boas http://agrosoft.com/agroarquivos/1448230731.jpgPráticas de ATER promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Durante os três dias serão apresentadas as práticas previamente selecionadas.
O objetivo da proposta é identificar e compartilhar referências inovadoras, com contribuição comprovada na ação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e na implementação de políticas públicas voltadas para o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Com este intuito, o Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (DATER) da do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em conjunto com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Secretarias do MDA e Delegacias Federais do MDA, organizaram seleções estaduais para escolher Boas Práticas de Ater.
As boas práticas foram organizadas em quatro eixos: Ater e Desenvolvimento Sustentável; Nova Ater; Ater e Políticas Públicas e Ater para Públicos Específicos, as boas práticas são baseadas em casos de sucesso de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, agentes e instituições de Ater.
Foram selecionados 57 exemplos que estarão na edição 2015 do Caderno ?Boas Práticas de Ater na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária?. A publicação vai trazer as experiências selecionadas, e terão apoio do MDA para divulgação, compartilhamento e aplicação na Ater. Confira aqui a lista dos selecionados. FONTE: Ministério do Desenvolvimento Agrário

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Participação social é fundamental para avanço no debate de segurança alimentar

Foto: Ana Nascimento/MDS
 
Brasília – Ao participar da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, lembrou que o Brasil viveu a situação da fome por mais de 500 anos e que, graças a um conjunto de políticas públicas, saiu do Mapa Mundial da Fome, em 2014.
“Muitos diziam que a fome era parte da realidade brasileira, mas nunca aceitamos esse discurso. Sair do Mapa da Fome é uma grande vitória e mostra o empenho do governo e da sociedade civil para construir uma nova agenda”, destacou ela, referindo-se à importância da participação social.
Tereza Campello disse ainda que a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em 2004, também foi fundamental para que o Brasil saísse do Mapa da Fome. “A recriação do Consea trouxe de volta ao debate o tema segurança alimentar. Isso é fruto da participação social e de um governo que ouviu os movimentos e resolveu construir políticas públicas estruturantes”, acrescentou.
A ministra explicou que o Brasil conseguiu reduzir o percentual da população em situação de fome de 10%, em 2002, para 1,7%, em 2014. Segundo ela, entre os desafios estão “a necessidade de um olhar mais específico para uma parte da população que ainda se encontra em situação de insegurança alimentar”. “O país ainda tem um grande desafio pela frente: reduzir a insegurança alimentar de povos e comunidades tradicionais.”
Os avanços, disse ela, devem ser comemorados e a conferência deve ser vista como um “piso” para que o país possa avançar mais. “Essa conferência, além de afirmar as conquistas, tem que nortear o futuro, para que possamos fazer mais nos próximos 10 anos. Agora temos que ter um olho no futuro, vigilante, porque as conquistas sociais no Brasil estão em risco. Não aceitamos retroceder.”
Ações - Tereza Campello apresentou um balanço dos últimos 12 anos e falou das políticas de combate à pobreza e à fome, da melhoria da renda da população – resultado da geração de empregos, do aumento do salário mínimo e de um programa de transferência de renda condicionada (Bolsa Família) –, do fortalecimento da agricultura familiar e da merenda escolar.
“Aumentamos a disponibilidade de alimentos com o fortalecimento da agricultura familiar porque são os agricultores quem produzem comida de verdade.” Além dessas políticas, a ministra destacou a importância das compras públicas da agricultura familiar e lembrou que o país tem hoje um mercado potencial para compra de mais de R$ 1,4 bilhão. “Nossa agricultura tem muito para vender e as compras públicas são uma esteira para fortalecer o agricultor familiar”, acrescentou.
Segundo Tereza, o Programa Água para Todos é outra estratégia que contribuiu para que o país reduzisse a situação de fome. Em todo o Semiárido, já são de 1,2 milhão de cisternas construídas. Com o acesso à água, as famílias mais pobres tiveram a oportunidade de produzir mais e vender o excedente.
Outro projeto importante, disse ela, é o Banco Comunitário de Sementes, que garante o acesso a sementes sem modificações genéticas e com maior produtividade. Serão 640 unidades no Semiárido. A estratégia vai beneficiar pelo menos 12,8 mil famílias rurais que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “O Brasil precisa aumentar a produção e oferta de sementes crioulas. Estamos comprando sementes, mas precisamos do engajamento dos estados e municípios nessa agenda.”
A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional começou nesta terça (3) e segue até sexta-feira (6), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, com a presença de cerca de 2 mil pessoas, entre delegados, convidados, representantes da sociedade civil e observadores internacionais.

Comida de verdade é aquela que faz bem para o nosso corpo, o meio ambiente e para quem produz


Brasília – A chefe de cozinha natural e apresentadora do programa Bela Cozinha, Bela Gil, elaborou receitas exclusivas para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que tem como tema Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar. 
Para ela, comida de verdade “é aquela que faz bem para o nosso corpo, o meio ambiente e para quem produz”. Bela conta que não adianta comer bem e não pensar em tudo isso. “Não dá para pensar só na nossa saúde porque é puro egoísmo. Vamos comer em harmonia com a natureza para criar uma sociedade mais justa, forte e saudável”, afirmou. A chefe participou de uma das atividades do encontro nacional, na noite de quarta-feira (4), em Brasília. 
Confira a mensagem da Bela Gil para a conferência:
“O tema da V Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional tem tudo a ver com o que eu acredito: Comida de Verdade! Feita em casa, utilizando os produtos dos agricultores que fazem questão de aproveitar a terra sem encher de agrotóxicos e outros produtos químicos. Por isso, separei duas receitas que além de serem saudáveis e deliciosas, mostram que podemos aproveitar ao máximo os alimentos. O Bolo de Banana com Abacaxi é feito com aproveitamento total dos ingredientes, incluindo a casca da banana. E com as cascas do abacaxi faremos a segunda receita, um chá com aroma de cravo e canela. Espero que gostem dessa mistura que valoriza os alimentos e ainda por cima é cheia de sabor.” 

Para fazer o chá, basta ferver 1,5 litro de água, com cascas de um abacaxi, cinco cravos, um pau de canela e dez folhas de hortelã, durante cinco minutos. A bebida pode ser servida quente ou gelada.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

CNSAN encerra com carta política e homenagens à presidenta do Consea

A quinta Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) terminou nesta sexta-feira, dia 06, com a leitura da carta política “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”. O documento foi construído com a participação de 1.300 delegadas e delegados de todas as partes do Brasil, além de 400 convidados nacionais e internacionais.
De acordo com a carta, a comida de verdade é a  salvaguarda da vida e do planeta, é saúde, justiça socioambiental e direito humano. Começa com o aleitamento materno e deve ser assegurada em todo o ciclo de vida. Dentre as reinvindicações está a reafirmação da necessidade de democratizar o acesso à terra e à água, por intermédio da garantia da função social da terra e da instituição do limite da propriedade privada. O grupo demanda a implementação ampla e efetiva da política de reforma agrária.
Outros pontos apontados na carta é a ampliação das políticas de fortalecimento da sociobiodiversidade e agroecologia; e a instituição de uma política soberana de abastecimento alimentar, com democratização dos sistemas de comercialização, apoiando os circuitos curtos. “Não há caminho único para enfrentar tais desafios, sendo preciso assegurar direitos, avançar com políticas redistributivas e nos instrumentos de participação social”, informa o texto. Em breve, a carta política estará disponível no site do Consea.
A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, recebeu duas homenagens dos participantes da quinta CNSAN. Durante a manifestação das mulheres em relação à centralidade feminina na garantia da soberania alimentar, elas ergueram o cartaz com a seguinte frase: “Maria Emília, você nos representa”, uma referência a atuação firme e corajosa da presidenta ao enfrentar as pautas emergentes da área de alimentação. A comissão formada por presidentes dos Conseas estaduais também prestou homenagem, entregando a ela uma placa com os nomes dos representantes dos conselhos de todos os Estados do país.
Também foram apresentadas 138 moções de repúdio, entre elas, a “moção de repúdio pela falta de debate público sobre o tema da biofortificação”, proposta pelo Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN). O documento foi sugerido na atividade integradora realizada pelo Fórum sobre o assunto, na CNSAN. Em breve, o Fórum apresentará um documento sobre biofortificação, elaborado em parceria com o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), incluindo as colaborações resultantes do debate durante a conferência. Além do documento, será produzido um boletim para orientar a população. 
Texto: Juliana Dias

FAO lança relatório sobre a situação da segurança alimentar no Brasil

Criar e fortalecer políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis como comunidades indígenas e quilombolas, melhorar a alimentação da população para combater a obesidade, adotar medidas para diminuir o desperdício de alimentos e enfrentar as questões relacionadas as mudanças climáticas. Esses sãos os principais desafios para o Brasil, de acordo com a segunda edição do relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil – 2015 (SOFI Brasil).
A publicação lançada no âmbito da A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional é uma continuidade do primeiro relatório publicado no ano passado. A primeira edição revelou que o Brasil venceu o problema estrutural da fome e não está mais no mapa da Fome das Nações Unidas.  
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a pobreza no Brasil foi reduzida de 24,7% em 2002 para 8,5% em 2012, e a extrema pobreza caiu de 9,8% para 3,6% no mesmo período. Esse resultado fez com que o país cumprisse a meta de reduzir pela metade o número de pessoas que passam fome estabelecida nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Para as décadas seguintes o Brasil precisa voltar a atenção para os chamados grupos mais vulneráveis que abrigam a maior parte das pessoas que ainda sofrem de insegurança alimentar no país. “Chegar até essas pessoas é essencial para que o Brasil fique livre da fome uma vez por todas. As políticas devem criar estratégias para atingir de forma eficaz, os ribeirinhos, quilombolas, indígenas e a população rural”, afirmou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.
Outro desafio está ligado a promover a alimentação saudável. Em todo o mundo cresce o número de pessoas com sobrepeso. A obesidade figura como uma das principais causas de doenças que atingem a população, como por exemplo, hipertensão e diabetes. Segundo o relatório, há uma erosão de 20% nos orçamentos dos países decorrentes da obesidade e doenças a ela associadas. No Brasil, em 2011, o custo da obesidade e da fração atribuível de cada doença a ela associada foi de mais de 480 milhões de reais para o Sistema Único de Saúde.
“A alimentação saudável deve ser uma aliada da população. As dietas precisam garantir alimentos nutritivos e ricos em proteínas. E quem pode contribuir bastante para isso é o agricultor familiar. Os pequenos agricultores são responsáveis por mais de 70% dos alimentos que chegam diariamente a nossas mesas e a produção deles vem de uma fonte sustentável e acima de tudo saudável”, ressaltou Bojanic.
O relatório também faz referência aos novos desafios pós 2015 com a aprovação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Mais de 190 países se comprometeram na Assembleia Geral da ONU com 17 objetivos e 169 metas. A segurança alimentar está presente com objetivos mais ambiciosos: erradicar a pobreza em todas suas formas até 2030, alcançar a segurança alimentar e a melhora da nutrição e promover a agricultura sustentável.
O Brasil tem um papel importante nesse processo, já que o país tem capacidade de se tornar nas próximas décadas o maior exportador de alimentos do mundo, com uma produção capaz de atender tanto a demanda interna, como a externa e contribuir para alimentar o mundo.
Fonte: Ascom/FAO

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Promoção da alimentação saudável é desafio para o Brasil

Foto: Rafael Zart/MDS
O Brasil tem uma trajetória vitoriosa nas políticas de segurança alimentar e nutricional. Em 2014, o país saiu do Mapa Mundial da Fome, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), graças a políticas que garantiram à população mais renda e maior acesso a alimentos.
Para aperfeiçoar essas políticas públicas e aprofundar o debate sobre os desafios, como a promoção da alimentação saudável e o combate à obesidade, sociedade civil e governo participam, entre terça (3) e sexta-feira (6), da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Com o tema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimenta”, o encontro vai reunir 2 mil pessoas em Brasília. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participa da abertura do evento nesta terça-feira (3), às 17h.
Todos os estados estão representados na conferência. Dois terços da delegação serão formados por representantes da sociedade civil, indígenas, quilombolas, população negra, defesa do consumidor, militantes das áreas de saúde, educação, acadêmicos e movimentos urbanos. Além disso, governadores, ministros, parlamentares e delegações internacionais participam do encontro.
Segundo a ministra Tereza Campello, a conferência é oportunidade para o país dar um salto ainda maior na agenda de segurança alimentar e nutricional. “O Brasil avançou muito, mas ainda há muito a fazer. Não podemos descansar enquanto houver um brasileiro em situação de insegurança alimentar. Precisamos avançar e ampliar o acesso à alimentação saudável e avançar também no desenvolvimento de políticas específicas para públicos com características muito peculiares, como é o caso dos indígenas.”
Para isso, afirma Tereza, é necessária a colaboração dos governos - municipais, estaduais e federal - e das entidades da sociedade civil. “Só tem uma forma de a gente continuar avançando no Brasil: com políticas públicas, transparência, participação e com controle social. Os nossos conselhos de segurança alimentar e nutricional [Consea federal, dos estados e dos municípios] têm de continuar ativos e participantes para que a gente avance cada vez mais, não apenas superando a desigualdade, mas melhorando a qualidade da alimentação da população.”
Uma das prioridades do governo federal é a qualidade da alimentação, por meio da promoção do acesso a alimentos mais saudáveis, diversificados e que respeitem a cultura alimentar local. O combate ao sobrepeso e à obesidade (decorrentes da má alimentação) também está na agenda para os próximos anos.
Superada a fome, o país atua para reduzir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, alcançar a recomendação da Organização Mundial de Saúde no consumo de frutas e hortaliças e dar prioridade ao consumo de preparações feitas com alimentos in natura e minimamente processados, como o tradicional arroz com feijão.
Dados do Ministério da Saúde relacionados a indicadores alimentares nas capitais brasileiras (Vigitel 2014) apontam que 52,5% da população adulta encontra-se com excesso de peso e 17,9% com obesidade.
Outra pesquisa mais recente, do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE), mostra que quase um terço das crianças com menos de dois anos de idade já bebe refrigerante ou sucos artificiais, cheios de açúcar. E mais de 60% das crianças comem bolachas e bolos. “O problema da segurança alimentar deixou de ser a desnutrição crônica e passa a ser enfrentar a obesidade e os problemas de saúde decorrentes dela. Em crianças e em adultos”, afirma a ministra Tereza Campello.
Mesmo com o aumento da produção de alimentos, como arroz, feijão, fruta, verduras e legumes, graças ao fortalecimento da agricultura familiar, o Brasil ainda precisa de políticas e ações que garantam o abastecimento e a disponibilidade, além de ajudarem na conscientização d a população.
“Para que a gente possa proteger as famílias, precisamos ampliar a oferta de alimentos, mas também construir políticas que conscientizem a população. Precisamos de campanhas de informação para que o cidadão saiba que produtos ultraprocessados fazem mal, que aumentam o risco de problemas cardíacos, de entupimento das veias, de problemas circulatórios e até de câncer.”
Durante a Conferência, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai propor um amplo pacto que envolva governos, escolas, sistema de saúde, setor privado e setores ligados à comunicação. “Assim vamos conscientizar a população e melhorar a oferta de alimentos, protegendo principalmente as crianças. Esse pacto caminhará junto com a manutenção de ações de uma agenda construída ao longo dos últimos anos.”
Fonte: Ascom/MDS

Emater-DF promove comida de verdade no campo e na cidade

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) é uma empresa pública que atua no Distrito Federal há 37 anos, prestando serviços para o desenvolvimento rural sustentável e promoção da segurança alimentar e nutricional da população. 
A Emater-DF atende cerca de 13 mil propriedades rurais, sendo 6.500 de base familiar. Atualmente também atua em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), prestando assistência técnica a 3.500 produtores assentados da reforma agrária do DF e Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (Ride).
O trabalho da Emater-DF envolve a assistência técnica na produção, processos de gestão, beneficiamento, qualidade sanitária, comercialização dos produtos e dos serviços agropecuários não agropecuários e artesanais. É grande incentivadora da produção de alimentos em sistema agroflorestal por acreditar que é uma forma ecologicamente sustentável e socialmente justa. 
Desde 1999 incentiva a produção agroecológica e conta hoje com 250 propriedades com sistema produtivo agroecológico e mais 1000 propriedades em transição agroecológica.  Desta forma responde a missão de disponibilizar a população alimentos saudáveis, diversificados e produzidos de forma sustentável. 
A Emater-DF é parceira na execução de Políticas Públicas como Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que fortalece a agricultura familiar envolvendo no processo 800 agricultores familiares e proporcionando segurança alimentar a mais de 43 mil pessoas em situação de vulnerabilidade. 
A execução do PAA fomenta o desenvolvimento local e o comércio, inserindo com maior força a agricultura familiar na economia. Além do PAA a Emater também é parceira na execução do Programa Brasil sem Miséria e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 
Na área de desenvolvimento social, motiva e dá apoio a iniciativas econômicas que valorizam as potencialidades e vocações regionais como artesanato, e agroindústrias de produtos do Cerrado. Dá apoio aos agricultores em todas as questões ligadas a benefícios sociais, promovendo melhoria das condições de vida da população rural, incentivando a fixação do produtor no campo. 
Incentiva a capacidade organizacional dos produtores, a agregação de valor aos produtos e o escoamento dessas produções, facilitando o acesso desses produtos no mercado, tornando-os mais competitivos.
A Emater-DF se coloca como parceira na realização da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional por ser promotora de ações no tema “comida de verdade no campo e na cidade”. 
Fonte: Emater-DF

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Unir as Forças contra a Fome

Com a iniciativa global que tem por título “Alimentar as Mentes, lutar contra a Fome”,
a FAO e a Associação Mundial de Bandeirantes (WAGGGS), juntaram as próprias forças
para formarem os jovens de todo o mundo sobre o problema da fome e da má nutrição,
motivando-os a envolverem-se ativamente na luta contra a fome. Através de instrumentos
práticos, tais como as lições de “Alimentar as mentes, lutar contra a Fome”,
“A Janela dos Jovens”, a história em quadrinhos e o guia de atividades “O Direito
à Alimentação: uma Janela para o Mundo”, estamos preparando e encorajando as crianças
e os jovens para colaborarem conosco na luta global contra a fome e a má nutrição.
Os jovens têm imaginação, ideais e energia para transformarem o mundo num lugar melhor,
para si próprios e para as gerações futuras. Eles têm o direito e a responsabilidade
de falar alto e agir.
Como dirigentes e professores, vocês podem fazer mudar as coisas informando,
compartilhando o conhecimento, encorajando a participação e mostrando aos jovens
que eles têm um papel importante a desempenhar para acabar com a fome no mundo.
Se acreditarem, como nós, que a fome e a má nutrição são inaceitáveis num mundo
que tem o conhecimento e os recursos necessários para pôr fi m a esta tragédia,
juntem suas forças às nossas na luta contra a fome.
In www.fao.org.br

Leia em:
http://www.fao.org/3/a-a1301o.pdf

Alimentação mundial – uma reflexão sobre a história

RESUMO
A alimentação é fator primordial na rotina diária da humanidade, não apenas por ser necessidade básica, mas principalmente porque a sua obtenção tornou-se um problema de saúde pública, uma vez que o excesso ou falta podem causar doenças. O objetivo desse trabalho é fazer um estudo retrospectivo que venha oferecer subsídios para uma reflexão sobre o panorama da alimentação mundial. Através da evolução histórica da alimentação mundial verifica-se que gastronomia, recursos, hábitos e padrões alimentares, são aspectos importantes que nos auxiliam a refletir sobre a complexidade e a magnificência que permeiam as relações entre os diversos países. Quando se fala em alimentação não há como não pensar na conseqüência da falta da mesma: a fome. Problema de extrema gravidade que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. As desigualdades econômicas e sociais têm impossibilitado que as populações, principalmente de países em desenvolvimento tenham acesso à alimentação. É importante perceber a emergência de decisões políticas que priorizem o desenvolvimento econômico através de uma melhor distribuição de renda e de uma política agrícola, auxiliadas por novas tecnologias.
Palavras-chave: alimentação, fome, hábitos alimentares, história da alimentação.
Artigo em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902001000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt