segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Conab divulga resultado da pesquisa sobre perdas no transporte e armazenagem

  • Publicado: Terça, 05 de Novembro de 2019, 10h00
O Brasil perde no transporte de grãos das rodovias até os portos de embarque para exportação, especialmente de arroz, trigo e milho, percentuais de 0,13%, 0,17% e 0,10%, respectivamente, segundo pesquisa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os índices, que incluem também a perda em armazenagem, serão divulgados nesta terça-feira (5), durante o I Seminário sobre Eficiência e Redução de Perdas no Armazenamento e Transporte de Grãos no Brasil, em Curitiba/PR.
As perdas desses grãos, segundo o estudo, são causadas basicamente por três fatores que se correlacionam, sendo eles “as más condições das rodovias, a precariedade da frota de caminhões e a imprudência de motoristas”, conclui.

O estudo apurou também que o arroz, cuja maior produção nacional tem origem nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins, tem uma variação de 1,5 a 4% de perdas na armazenagem em silos. Os pesquisadores destacaram, no entanto, a boa conservação sanitária dos grãos tanto nos segmentos de armazenagem quanto na industrialização e comercialização.
Já para o trigo, a apuração chegou a um índice médio mensal obtido de quebra técnica nos grãos, calculado por meio de amostragens, de 0,43% para silos de alvenaria e de 0,11% para os metálicos.
Os estudos serão divulgados durante o seminário e a apresentação dos artigos técnicos referentes a cada uma das pesquisas estará disponível no portal da Conab após o término do evento.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Cultivando Água Boa

O Cultivando Água Boa (CAB) é um conjunto de programas socioambientais da Itaipu em conjunto com mais de 2.200 parceiros, executados nos 29 municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Paraná – Parte 3 (BP3), no Oeste do Paraná. Em cada município há um comitê gestor, com forte participação popular.

Entre as principais ações do programa, estão a recuperação de microbacias hidrográficas e a educação ambiental nas comunidades do entorno do reservatório da Itaipu, além de iniciativas de apoio à agricultura orgânica e familiar, aquicultura (cultivo de peixes), comunidades indígenas, cooperativas de catadores de materiais recicláveis, cultivo de plantas medicinais, entre outros.
Passada mais de uma década após a sua implementação, o programa já está em estado avançado em aproximadamente 30% do território da BP3, resultando em 206 microbacias trabalhadas.
link:

PRÁTICAS RELACIONADAS AO PROGRAMA

domingo, 18 de agosto de 2019

Reunião da CORESAN

Os membros da Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional – CORESAN, de Maringá, para reunião a ser realizada no Auditório da Sociedade Rural de Maringá (Parque de exposições Francisco Feio Ribeiro) no dia 16 de agosto de 2019 (sexta-feira), Com início às 09h00, em primeira convocação, com presença de 1/3 dos membros e, em segunda convocação, 15 minutos após, com qualquer número de presentes, para apreciar, debater e deliberar sobre a ordem do dia:
1. Eleição da Coordenação e suplência;
2. Informes Gerais (da CESAN, políticas públicas do DESAN, Centrais de abastecimento, etc);
3. Estudo do Regimento Interno;
4. Criação de Câmaras Técnicas de SAN;
5. Encontro Regional de SAN (novembro);
6. Outros assuntos.





segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Mercado garantido e preço justo mantêm agricultores familiares no campo


Ministério da Cidadania apoia criação de frente parlamentar em defesa da agricultura familiar

Brasília/DF - O Congresso Nacional lançou nesta quinta-feira, oito de agosto, a Frente Parlamentar Mista do Agronegócio e da Agricultura Familiar. A iniciativa visa fomentar o agronegócio e fortalecer os pequenos produtores do país por meio da criação de leis específicas para o fomento do setor e da articulação com diversos órgãos da União.
A criação da frente foi celebrada pelo diretor do Departamento de Compras Públicas para Inclusão Social e Produtiva Rural do Ministério da Cidadania, Iberê Orsi. Segundo ele, a criação de políticas sociais que integrem e defendam os pequenos produtores é fundamental. “O fato de que 70% do que está na mesa do brasileiro vem da agricultura familiar mostra a importância do pequeno agricultor. Por isso, o Ministério da Cidadania tem a consciência de que é preciso a concretização de políticas públicas voltados para a proteção e fomento da agricultura familiar”, explicou.
A presidente da Frente Parlamentar, deputada federal Bia Kicis, ressaltou que é preciso dar condições para que as famílias do campo possam se manter de forma digna e tenham condições de investir em tecnologia e aumentar a produção. “Nosso objetivo é olhar para o pequenininho, aquele que trabalha arduamente, com dificuldade, sem tecnologia. Nós queremos ajudá-lo a conquistar a tecnologia, o acesso ao crédito. O pequeno agricultor não precisa de esmola ou caridade, precisa de respeito”, afirmou
Para incentivar pequenos produtores, o Ministério da Cidadania promove diversas ações voltadas ao desenvolvimento, integração e segurança alimentar. O Programa de Aquisição de Alimentos incentiva compras da agricultura familiar por órgãos públicos. Apenas na modalidade Compra Institucional, já foram investidos mais de 180 milhões de reais diretamente para agricultores familiares. O programa de Cisternas, nas modalidades familiar, escolar e água para produção, garante tecnologia de captação de água da chuva para consumo e para produção rural em todo o país. Para mais informações sobre os programas voltados para a agricultura familiar, acesse cidadania.gov.br.
*Por Henrique Jasper
Informações sobre os programas do Ministério da Cidadania:

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Conselho prepara nova Conferência Estadual de Segurança Alimentar

Representantes do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea/PR) reuniram-se nos dias 8 e 9 de abril para debater o desenvolvimento de políticas públicas para o setor e o modelo da Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional 2019, agendada para os dias 5 e 6 de agosto. O evento, que tem apoio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e do Ministério da Cidadania, vai avaliar o II Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2016 – 2019, composto por 10 desafios, 92 metas e 231 ações, e fazer propostas e ajustes para subsidiar o III Plano Estadual de Segurança Alimentar 2020 - 2024.
As conferências municipais e regionais, que antecedem a etapa estadual, devem ocorrer ao longo do mês de junho, quando serão apresentadas recomendações para a formulação e ajustes das políticas voltadas para o tema, como o acesso a alimentos de qualidade, melhoria do abastecimento, sustentabilidade, futuro da agricultura familiar, entre outros.
“O Plano Estadual visa assegurar as políticas que estão dando certo, mas também é preciso ter um olho no futuro, otimizar recursos e fazer com que a população seja beneficiada e entenda que a alimentação adequada é um direito”, diz a diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Márcia Stolarski. As orientações para a realização das conferências municipais e regionais serão repassadas pelo Desan e pela Secretaria Executiva do Consea, nos próximos dias.
“Desde a criação do Conselho, vimos um grande avanço na participação, controle social, organização da sociedade civil, e principalmente na política de segurança alimentar. É fundamental ouvir a sociedade para aperfeiçoar ações e programas, afinal a política de segurança alimentar é intersetorial”, explica a presidente do Conselho, Roseli Pittner.
De acordo com a presidente da Comissão de Segurança Alimentar e Nutricional (Coresan) de Cascavel, Judite Bartizke, a conferência será o espaço para manifestar desejos e dificuldades, seja na produção, distribuição ou recebimento de alimentos. “A conferência tem que ser fortalecida nos municípios. Precisamos que todos os prefeitos, gestores, façam o chamamento e facilitem a participação do público nas conferências municipais, regionais, e na estadual, para que o governo possa traçar metas e estratégias cada vez mais efetivas”, reforça.
PRODUTORES – Representantes dos produtores rurais também participaram do encontro. Segundo o presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Ivori Fernandes, incluir a agricultura familiar no debate significa fazer uma revolução na produção de alimentos saudáveis. “Estamos com uma forte parceria no Governo do Estado, participando dos conselhos, discutindo a regulamentação da produção orgânica, e vemos nisso uma oportunidade cada vez mais maior de colocar comida de fato na mesa do nosso consumidor, seja na alimentação escolar ou no dia a dia de todos os paranaenses. Produzir alimentos é produzir vida”, finaliza.
TEMA - A reunião do Consea definiu o tema que será debatido nas conferências municipais, regionais e estadual. “Comida no Campo e na Cidade: o que temos e o que queremos?”. A realização das conferências é um componente obrigatório na estruturação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN).
O SISAN é um sistema público, semelhante ao SUS, instituído em 2006 pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional para assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). O SISAN tem gestão intersetorial e participativa, que possibilita a articulação entre os três níveis de governo para implementação e execução da Política de Segurança Alimentar e Nutricional.
O número de municípios paranaenses que efetuou adesão ao SISAN em 2018 alcançou 122, tornando o estado referência nacional. O Paraná responde atualmente por 35,88% do número total de adesões ao SISAN no Brasil.

terça-feira, 9 de abril de 2019

Cozinha Social e Restaurantes Populares

O município de Toledo, em 2006, implantou a Cozinha Social e os RPs (Restaurantes Populares), e assim extrapolou os limites do assistencialismo puro e simples, passando à implementação de uma política pública de assistência social, garantindo acesso a uma alimentação de qualidade às camadas mais carentes da população. 
As refeições diárias da Cozinha Social são produzidas em um único local, em instalações que contam também, com uma panificadora e uma usina de beneficiamento de Soja. 

 
A iniciativa monitora o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar),ambos os programas provenientes da agricultura familiar, atendendo 30 escolas municipais com 12.000 refeições diárias, e cerca de outras 3.000 refeições diárias, direcionadas aos 05 Restaurantes Populares. 
Por fim, a iniciativa fornece também, lanches para os CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), para Idosos, para a Pastoral da Criança e, cerca de outras 10 entidades sociais.


A - Informações gerais


INÍCIO: 12/2006 (em andamento)
ENTIDADE EXECUTORA: Prefeitura do Município de Toledo por meio da Secretaria de Administração
ENTIDADES CO-EXECUTORAS: Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SAPA
PARCEIROS: Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE/Campus de Toledo, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER,Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural de Toledo,Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR, Universidade Paranaense - UNIPAR , Universidade Federal Fronteira Sul – UFFS/Campus Realeza,ITAIPU Binacional,Conselho Municipal do Meio Ambiente - CMMA e Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - COMSEA
APRESENTADO POR: Luiz Carlos Bazei  e Sofia Carminati Perinazzo 
RECURSOS: Próprios e de Terceiros 
FAIXA DE VALOR: Acima de U$25 mil
CATEGORIA: Projeto
ÁREA TEMÁTICA PRINCIPAL: Segurança Alimentar e Nutricional
PALAVRAS-CHAVE: Segurança Alimentar e Nutricional Promoção da Saúde, Saúde Preventiva Educação Nutricional, Agricultura Familiar, Assistencialismo, Direitos Humanos; Restaurantes Populares, Programa de Aquisição de Alimentos e Programa Nacional de Alimentação Escolar
PÚBLICO-ALVO: População em insegurança alimentar
LOCALIZAÇÃO: Área urbana 
ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA: Microrregional
ÁREA ESPECÍFICA DE IMPLANTAÇÃO: Municípios de Ouro Verde do Oeste, São José da Palmeiras, São Pedro do Iguaçu, Assis Chateubriand, Marechal Cândido Rondon, Cascavel, Palotina, Tupãssi, Quatro Pontes, Entre Rios e Toledo entre outras. Nota :Estes municípios são abrangidos pela prática, pois Toledo recebe muitos visitantes, pacientes, vendedores e trabalhadores formais e informais de todos os municípios listados
.

B - Descrição da prática


1- ANTECEDENTES
A presente boa prática, originou-se devido às dificuldades enfrentadas por muitos produtores familiares, para a comercialização dos seus produtos. Essa comercialização ocorria de porta em porta, e não havia qualquer tipo de organização ou cooperação estabelecida nesse sentido.
Também contribuiu para o início da prática, a minimização de insegurança alimentar no município, pois muitos trabalhadores dependiam de marmitas levadas de casa, pois seus locais de trabalho não forneciam e não tinham a preocupação com a segurança alimentar de seus colaboradores. Além disso, famílias carentes não possuiam renda suficiente para almoçar em restaurantes, idosos tinham alimentação inadequada em casa, entre outras questões de ordem social.
A obrigatoriedade de compra de 30% do valor dos recursos do Fundo Nacional de Alimentação Escolar, diretamente à agricultura familiar, tornou possível a organização de uma produção familiar regional, direcionada ao propósito de confecção de merendas. 
Além disso, o município de Toledo optou por fazer mudanças estruturais relativas à contratação de mão de obra e instalações, com a finalidade de redução de custos, com isso melhorando a gestão de estoque das escolas e fazendo uso de instalações cedidas pela justiça (empresa dissolvida por pedido de falência). 
As Secretarias Municipais envolvidas, a exemplo da Assistência Social, Secretaria de Educação e Secretaria de Agricultura e Pecuária, juntamente com o FUNTEC (Fundo Tecnológico), iniciaram a Cozinha Social como solução para a segurança alimentar da população, buscando para o efeito, informações de experiências similares e exitosas em outros municípios do país. 

2- OBJETIVO GERAL
Esta iniciativa teve como objetivo principal, minimizar a situação de insegurança alimentar existente no Município de Toledo, melhorando a qualidade de vida da população e, promovendo e atuando dentro do quesito da segurança alimentar, minimizando também, as dificuldades enfrentadas pelos produtores familiares nas questões de comércio e produção de seus produtos.
Objetivos Específicos: 
  • Diminuir os riscos e agravos originários de deficiências nutricionais na população;
  • Promover medidas de saúde preventiva na população; 
  • Valorizar e incentivar a agricultura familiar;
  • Fomentar a permanência do produtor no campo; e
  • Garantir a aquisição de alimentos mais saudáveis, e em quantidade e qualidade adequadas às necessidades calóricas diárias da população, reconhecendo a alimentação como um dos direitos humanos básicos a serem contemplados na gestão pública.

3 - SOLUÇÃO ADOTADA
A Iniciativa da Cozinha Social passou por várias etapas, até se consolidar como uma solução adequada à segurança alimentar do município de Toledo, e agora também, como solução regional. A Saber:
1. Conscientização: 
Iniciou-se com um convênio estabelecido com o Governo Federal, por meio do PAA Federal, juntamente com um convênio com a EMATER, para conscientização dos produtores. Houve também, a atuação da Secretaria Municipal da Agricultura, por meio de um trabalho de convencimento junto aos produtores. Visando conferir credibilidade ao Programa do PAA, ação que envolveu conjuntamente, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Houve ainda, a iniciativa de melhorias para o escoamento das safras familiares, por meio de reparos e manutenção das vias rurais. Atualmente, os trabalhos são conduzidos pela Secretaria de Administração, Secretaria de Educação e Secretaria de Agricultura e Pecuária, em uma constante ampliação traduzida pelo atendimento a uma parcela cada vez mais expressiva da população regional.
Junto à camada da população atendida pela iniciativa, realizou-se um trabalho de mudança cultural, de hábitos alimentares e conscientização sobre o significado amplo para uma alimentação saudável, em quantidade e qualidade adequadas a um regime nutricional equilibrado. Foram trabalhadas também, as noções de igualdade de direitos entre os beneficiários, aceitação do modelo de funcionamento dos Restaurantes Populares, adequação de horário de atendimento dos Restaurantes, relativamente às Associações comunitárias que utilizam os mesmos espaços. 
2. Implementação: 
Primeiramente, ocorreu a criação de um restaurante como projeto piloto. Com o decorrer do tempo, e pelo resultado exitoso do projeto piloto, implantaram-se mais 05 restaurantes, aos quais pretende o projeto, irão se somar outros 03.
Em seguida, efetuou-se um projeto piloto direcionado à confecção de alimentos para 09 escolas municipais, o qual, vem sendo ampliado até às 26 escolas, atualmente atendidas pela Cozinha Social. A isso, soma-se também, uma Panificadora Social, estabelecida pelas doações de equipamentos junto ao Rotary e submissão a editais do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), para ampliação e melhorias das instalações da cozinha e panificadora.
A usina de beneficiamento de soja, que já existia em outro espaço, foi realocada junto à Cozinha Social, permitindo a centralização da produção de alimentos e o aproveitamento de todos os resíduos oriundos dos processos de confecção alimentar.
3. Monitoramento e Avaliação: 
Concomitantemente com as fases anteriores, a iniciativa Cozinha Social, realiza sempre um acompanhamento das ações desenvolvidas, seja por meio de pesquisas de satisfação, reuniõescom produtores, contatos diários com usuários, entrevistas com beneficiários, contato com entidades assistenciais através do COMSEA (Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional), entre outros. 
Incluindo ainda, o planejamento do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional do Município, com término estabelecido para o ano de 2016. Os indicadores já disponibilizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na questão assistencial, corroboram para a verificação da melhoria decorrente de análises da situação anterior, quando contrastada com a realidade atual do Município de Toledo e região abrangida pela iniciativa.

4 - RESULTADOS ALCANÇADOS
Como principal resultado da Iniciativa “Cozinha Social”, podemos citar a constituição de um mercado de venda para os produtores. Tal resultado, somente foi possível devido a toda uma série de ganhos paralelos, a saber: 
  • Organização de feiras de produtos - inicialmente 01 no centro, posteriormente a criação do PAA Federal com 10 feiras;
  • Número de produtores beneficiados com o PAA Federal - inicialmente 339 produtores com cota individual de R$ 4500,00, com disponibilização de soma total de recursos de R$1.525.500,00 aproximadamente -  atualmente a cota individual passou para R$ 6.500,00 e tem-se cadastrados, 215 produtores com disponibilização de recurso da ordem de R$ 769.712,03;
  • Número de produtores beneficiados com o PAA Municipal (Programa criado exclusivamente pelo município para suprir a necessidade de produtos utilizados pela Cozinha Social) - atualmente são 173 inscritos, sendo que 61 produtores estão somente no PAA Municipal e 112 são inscritos nos dois programas (PAA Federal e Municipal) - com um recurso programado de R$ 861.472,75;
  • Criação de associações informais de mulheres trabalhadoras do campo - 03 associações;
  • Núcleos de produção de derivados do leite (não existiam na região antes do Programa) - 01 núcleo;
  • Cooperativismo - criação de 01 cooperativa de produtores;
  • Capacitação dos produtores para oferta de produtos adequadamente produzidos - através da EMATER, UNIOESTE e Sindicato Rural;
  • Fomento à produção por meio da Secretaria Municipal de Agricultura - fornecimento de maquinário, sementes e incentivo à produção;
  • Redução de custos dos processos de oferta de segurança alimentar à população - com servidores públicos e compras de materiais em processos licitatórios negociados;
  • Melhorias nos processos de controle de estoques e validade dos alimentos - acompanhamento no local;
  • Cumprimento da meta de 60% na aquisição da produção da agricultura familiar, conforme diretriz do Programa Nacional da Alimentação Escolar; 
  • Número de atendimentos nos restaurantes populares - inicialmente 500 refeições diárias, atualmente 2.000 refeições diárias em 05 restaurantes;
  • Número de atendimentos a refeições em escolas de período integral - inicialmente 150 crianças, atualmente, 688 crianças;
  • Número de atendimentos a escolas no perímetro urbano - inicialmente, 9 escolas, atualmente, 26 escolas;
  • Constituição de um Programa de Aquisição de Alimentos municipal (PAAM).
Além disso, destacam-se também os seguintes resultados a saber:
  • Fomento à Educação Alimentar e Nutricional da população;
  • Redução de doenças crônicas (hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia);
  • Criação da Câmara Municipal Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional;
  • Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional; 
  • Elaboração de Cartilhas de Segurança Alimentar e Nutricional; e
  • Mudanças gradativa nos hábitos alimentares da população;

5 - RECURSOS NECESSÁRIOS
 A estrutura atual para implantação da iniciativa "Cozinha Social e Restaurantes Populares" constituí-se de:

- Equipe: 01 diretor, 01 coordenador, 06 nutricionistas, 02 assistentes administrativos, 01 analista administrativo, 01 engenheiro agrônomo, 08 motoristas, 14 auxiliares de serviços gerais, 12 cozinheiras, 44 auxiliares de cozinha, 01 auxiliar de manutenção, 12 estagiários, 04 açougueiros e 01 padeiro. 
- Infraestrutura: 01 cozinha centralizada, 05 restaurantes populares.
- Equipamentos: caldeirões, fogões, freezers, câmera fria, utensílios de açougue, utensílios de cozinha e panificação, coifa, balança, usina de soja, fornos combinados, fritadeira, moedor de carnes, computadores, impressoras, materiais de expediente, despolpadora de peixe, equipamento de secagem de resíduos de soja, equipamentos de buffet, cadeiras, mesas, vans, processador de alimentos, descascadora de batatas, bancada de inox, mesas de aço inox, lavadora de louça, refrigeradores e caixas térmicas.
- Insumos: alimentos perecíveis e não perecíveis


6 - TRANSFERÊNCIA
A ideia tem sido amplamente replicada, porém, em formatos adaptados a cada realidade como, por exemplo, nos estados do Paraná (Araucária, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá, Londrina, Goioerê, Quatro Pontes, Pato Bragado, Realeza, Ouro Verde do Oeste, Francisco Beltrão), Santa Catarina (Florianópolis e Caçador), Minas Gerais (Contagem e Uberaba), Rio Grande do Sul (Porto Alegre), Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso (Lucas do Rio Verde) e Distrito Federal (Brasília).
Também podemos citar alguns países da América Latina, como Cuba, Bolívia e Venezuela. 

7 - LIÇÕES APRENDIDAS
A presente iniciativa ensinou que, para o processo ser aplicado de forma correta, deve existir acima de tudo planejamento. Além disso, e para o pleno êxito da iniciativa, deve haver um constante incentivo à agricultura familiar, uma identificação criteriosa do público a ser assistido, capacitação permanente de funcionários, uma interligação entre secretarias e programas municipais, estaduais e federais. 
A transferência às populações de conhecimentos e orientações relativas à alimentação saudável e equilibrada, práticas de higiene, modos de evitar desperdícios, valorização do meio ambiente e noções de sustentabilidade são, via de regra, fundamentais. 
Contudo, o fator principal do êxito da iniciativa, pode ser atribuída à solução de concentrar a produção de alimentos em um único local (aquisição, recepção, feitio e distribuição).
Por outro lado, os principais gargalos identificados ao longo de todo o processo de construção da iniciativa, apontam para os seguintes fatores:
  • Dificuldades para o fomento da produção de frutas;
  • Dificuldades para obtenção de variedade na produção de hortaliças;
  • Dificuldades para fomento e divulgação de práticas de Educação Alimentar e Nutricional;
  • Dificuldades para fortalecimento do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional;
  • Dificuldades para processos de capacitação das merendeiras e cozinheiras; e
  • Dificuldades para estabelecimento de uma autonomia orçamentária.

8 - ORIGINALIDADE DA PRÁTICA
O mesmo formato da prática “Cozinha Social e Restaurantes Populares”, também ocorre nos municípios de Uberaba (Minas Gerais) e João Pessoa (Paraíba). Entretanto, a referida iniciativa do Município de Toledo, tem despertado a atenção e interesse de diversos municípios no Brasil, e mesmo, de outros países. 
São admitidas visitas ao projeto, de segunda a sexta-feira, nos horários entre 7:00 às 17:00. Preferencialmente entre os meses de fevereiro a novembro.
Grupos máximos de 10 visitantes

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Mulheres das águas

Um retrato da vida e da luta das pescadoras nos manguezais do Nordeste
do Brasil. O modo de vida e a sobrevivência de suas famílias estão
ameaçados pela poluição de grandes indústrias e pelo turismo predatório,
causadores de danos ao ecossistema. O documentário destaca o
engajamento e a resistência dessas mulheres em busca da preservação e
demarcação dos territórios pesqueiros, manutenção e ampliação dos seus
direitos sociais, melhoria das condições de trabalho e da saúde. 
direção: Beto Novaes
realização: VideoSaúde Distribuidora e UFRJ 
ano de produção: 2016
distribuição: VideoSaúde Distribuidora

Direito Humano à Alimentação Adequada

por Renato Luiz Abreu Machado
 — publicado 29/05/2017 13h08, última modificação 29/05/2017 13h08 
 
O Direito Humano à Alimentação Adequada tem duas dimensões: o direito de estar livre da fome e o direito à alimentação adequada. A realização destas duas dimensões é de crucial importância para a fruição de todos os direitos humanos. Os principais conceitos empregados na definição de Direito Humano à Alimentação Adequada são disponibilidade de alimentos, adequação, acessibilidade e estabilidade do acesso a alimentos produzidos e consumidos de forma soberana, sustentável, digna e emancipatória.
Uma abordagem de direitos humanos também requer ações específicas, para contextos específicos. Assim, é fundamentação adoção de ações afirmativas e políticas que considerem a dimensão de gênero, raça, geração e etnia.A garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada é uma obrigação do Estado e essa obrigação se desdobra nas seguintes dimensões:
Obrigação de respeitar
Um Estado deve assegurar que seus órgãos ou representantes não violem ou impeçam, por suas ações ou políticas, o gozo efetivo do Direito Humano à Alimentação Adequada. Ou seja, o Estado não pode adotar quaisquer medidas que possam resultar na privação da capacidade de indivíduos ou grupos de prover sua própria alimentação.
Para cumprir a sua obrigação de respeitar, o Estado deve também revisar, sob a perspectiva do DHAA, suas políticas e programas públicos, assegurando que estes efetivamente respeitem o Direito Humano à Alimentação Adequada de todas as pessoas.
Essa obrigação está associada com o princípio do não retrocesso social, o qual não permite que haja retrocesso nos processos de implementação de direitos, bem como com a coerência entre os meios e os fins utilizados para garantir direitos.
Obrigação de proteger
O Estado deve agir para impedir que terceiros (indivíduos, grupos, empresas e outras entidades) interfiram na realização ou atuem no sentido da violação do Direito Humano à Alimentação Adequada das pessoas ou grupos populacionais.
São exemplos do descumprimento da obrigação de respeitar qualquer omissão do governo em relação a ações de terceiros que geram violação ao DHAA (Contaminação de trabalhadores/as por agrotóxico, contaminação de lavouras, assassinatos de lideranças que lutam pelo DHAA, grandes obras que impactam negativamente a vida de pessoas vulnerabizadas).
Obrigação de promover
O Estado deve criar condições que permitam a realização efetiva do Direito Humano à Alimentação Adequada. A obrigação de promover significa que o Estado deve envolver-se pró-ativamente em atividades destinadas a fortalecer o acesso de pessoas a recursos e meios e a sua utilização por elas, para a garantia de seus direitos humanos.
A obrigação de promover o DHAA inclui, dentre outras medidas, a promoção da reforma agrária, o acesso a territórios tradicionais, a garantia da função socioambiental da terra, o fortalecimento de formas sustentáveis de produção, como a agroecologia, a garantia de acesso à renda, a garantia de acesso aos recursos genéticos, ações com abordagem de gênero e que considerem as especificidades de cada indivíduo e da cada grupo, entre outros.
Além disso, a obrigação de promover requer que os Estados assegurem que os indivíduos possam não apenas usufruir os direitos que têm, mas também obter reparações em caso de violação de seus direitos.
Obrigação de prover
O Estado deve prover alimentos diretamente a indivíduos ou grupos incapazes de obtê-los por conta própria, até que alcancem condições de fazê-lo. Portanto, a obrigação de prover está mais particularmente relacionada ao direito fundamental de todos de estar livre da fome. Um Estado deve prover o DHAA de determinados indivíduos ou grupos, através de transferência de renda ou renda básica; entrega de alimentos em conformidade com as especificidades de cada grupo, população ou comunidade ou outros esquemas de seguridade social.
É importante, contudo, que, paralelo a essas ações, sempre haja planos e estratégias para garantir o respeito, a proteção e a promoção do DHAA. Isto é, o exercício do direito humano à alimentação de forma soberana e autônoma.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Sabia que ler rótulos pode te ajudar a se alimentar melhor?

Ler rótulos é muito mias importante do que você imagina e vai além de
checar a validade dos produtos. Conhecer a composição dos produtos, a
origem deles e identificar os ingredientes pode te ajudar a fazer
comparações entre um produto e outro e optar pelo mais saudável. Aprenda
a ler os rótulos!

Melhores Receitas da Alimentação Escolar são premiadas



REPÓRTER NBR - 26.10.17: O concurso das Melhores Receitas da Alimentação
Escolar premiou talentos revelados nas cozinhas das escolas de todo o
Brasil. É lá que as merendeiras cuidam do alunos de escolas públicas com
ingredientes regionais, pensando na qualidade dos pratos e, é claro, no
sabor. Elas são consideradas importantes agentes na aplicação do
Programa Nacional de Alimentação Escolar, que atende 42 milhões de
estudantes.

FNDE firma cooperação para garantir venda da agricultura familiar para alimentação escolar

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) firmaram termo de cooperação técnica, nesta terça-feira, 18, com o intuito de garantir a venda de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar.
O normativo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), gerenciado pelo FNDE, determina que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo Pnae devem ser destinados, por estados e municípios, à compra de produtos de agricultores familiares, mas nem sempre esse percentual é cumprido. Esse termo de cooperação busca exatamente garantir essa comercialização.
Com a formalização desse termo de cooperação, a Sead vai poder atuar de forma oficial para cobrar o cumprimento da compra mínima da agricultura familiar junto a estados e municípios. “A nossa ideia é que coloquemos nossos delegados regionais como fiscalizadores dessa política”, afirmou o secretário especial da Sead, Jefferson Corietac, durante a assinatura do termo de cooperação.
Em seu discurso, o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro, ressaltou a dificuldade em fiscalizar um país com as dimensões do Brasil e reforçou a importância da cooperação. “Nós temos os nossos controles, a partir da exigência dos 30%, da comprovação da aplicação dos recursos, mas um apoio presencial é fundamental”, reiterou Pinheiro.
Também presente na solenidade, o diretor de Ações Educacionais do FNDE, José Fernando Uchôa, apresentou os números do Pnae. “A gente repassa 4 bilhões e 200 milhões de reais por ano, nas dez parcelas, e 30% desse valor, em torno de 1 bilhão e 300 milhões de reais, é obrigatoriamente para a agricultura familiar”, disse o diretor. “É um trabalho que você vê o resultado lá na ponta. Tudo que a gente faz repercute na qualidade da alimentação que é ofertada aos estudantes da rede pública de ensino no Brasil".