sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Profa. Ione


Prof. Caldas - Rede Sans


Segurança e cestas de alimentos são itens emergenciais a indígenas do MS, diz Consea

Consea pede fornecimento de cestas de alimentos às áreas de retomada e acampamentos indígenas, onde há crianças e idosos ameaçados pela fome. Imagem: Marcelo Torres/Consea.
Consea pede fornecimento de cestas de alimentos às áreas de retomada e acampamentos indígenas, onde há crianças e idosos ameaçados pela fome. Imagem: Marcelo Torres/Consea.
A reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), realizada nesta quarta-feira (14/09), aprovou dez recomendações aos poderes públicos referentes à situação dos povos da etnia Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. As propostas foram elaboradas e aprovadas como resultados da missão que o conselho realizou às comunidades indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul, entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro. 
Uma das recomendações será encaminhada ao governo estadual do Mato Grosso do Sul. No documento, o Consea pede que sejam fornecidas cestas de alimentos em áreas de retomada e acampamentos e também que sejam garantidos a segurança e o direito de ir e vir dos indígenas, “sobretudo em áreas de conflito”.    
Nas considerações, o Consea relata que foi constatada pela missão uma “situação calamitosa e diversas violações do direito humano à alimentação adequada, inclusive de crianças e idosos”. De acordo com relatos de integrantes da missão, “as áreas de retomada e acampamentos indígenas da etnia Guarani e Kaiowá estão em situação de maior vulnerabilidade e insegurança alimentar e nutricional grave que as demais etnias da região, visto que suas terras não estão demarcadas, que não acessam as políticas públicas que dependem da regularidade das terras e que não são autorizadas a cultivar plantio de alimentos para subsistência”. 
No documento o Consea reconhece e elogia um programa do governo estadual. “A Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) executa um programa exitoso de distribuição de cestas de alimentos no âmbito do programa estadual Vale Renda”. Lembra ainda que a secretaria, “em reunião realizada no dia 2 de setembro de 2016, reconheceu a necessidade de fornecimento de cestas de alimentos, no âmbito desse programa, às áreas de retomada e acampamentos indígenas”. 
As recomendações aprovadas nesta quarta-feira são dirigidas a órgãos estaduais, como a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Assistência Social, e órgãos e instituições federais, como o Ministério da Justiça e o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), a Fundação Nacional do Índio (Funai), Supremo Tribunal Federal (STF) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 
Fizeram parte da missão a presidenta do Consea, a antropóloga Maria Emília Pacheco, o conselheiro indígena Dourado Tapeba, as conselheiras Daniela Frozi, nutricionista, e Mariza Rios, advogada; a assessora técnica Mirlane Klimach, o representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS), Milton Marques do Nascimento, e as indigenistas Viviane Matias e Priscila Ribeiro, da Fundação Nacional do Índio (Funai). 
A eles se juntou o grupo local, formado por representantes de órgãos públicos da jurisdição, como a presidenta do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Mato Grosso do Sul (Consea-MS), Vânia Almeida, os indígenas Guaranis Kaiowás Silvio Paulo e Silvio Ortiz (este conselheiro nacional). Também acompanharam a missão, nas visitas, os representantes da Funai Regional e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que atuam no estado. 
Entre os itens abordados, estão o acesso aos alimentos, os impactos de programas sociais, qualidade, quantidade e regularidade das cestas básicas, o acesso à água, documentação e questões relacionadas à demarcação e homologação das terras. 
Fonte: Ascom/Consea

Losan é indispensável à realização de direitos consagrados na Constituição Federal

A Losan é um importante marco legal da segurança alimentar e nutricional, indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição. Imagem: Prefeitura de Goiânia (GO).
A Losan é um importante marco legal da segurança alimentar e nutricional, indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição. Imagem: Prefeitura de Goiânia (GO).
A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, conhecida como Losan, completa nesta quinta-feira (15/09) 10 anos de existência. Trata-se de um dos marcos legais para a segurança alimentar e nutricional no país. Na época, o projeto de lei teve rápida tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal – menos de dois anos entre a apresentação, discussão, aprovação e sanção. A matéria foi aprovada por mais de 90% dos deputados e senadores, em votações suprapartidária nas duas casas legislativas, e sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
A lei “estabelece definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan)”. Por meio do Sisan, “o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formula e implementa políticas, planos, programas e ações com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada”. 
De acordo com a Losan, “a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população”. 
A lei também definiu um conceito para a segurança alimentar e nutricional: “Consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”. 
Segundo a lei, o Sisan deve ser regido pelos seguintes princípios: universalidade e eqüidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação; preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas; participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políticas e dos planos de segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; e transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua concessão. 
Também estabelece as diretrizes a serem observadas: promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não-governamentais; descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo; monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área nas diferentes esferas de governo; conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação adequada, com ações que ampliem a capacidade de subsistência autônoma da população; articulação entre orçamento e gestão; e estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos.  
Leia também
Dez anos da Losan
Lei 11.346 - Losan 
Fonte: Ascom/Consea

Consea pede à Funai a reativação do Comitê Gestor de Ações Indigenistas

Em acampamentos Guarani e Kaiowá a média anual é de 250 crianças até 5 anos com déficit nutricional dentre as 6.194 avaliadas em 2015 (97% de cobertura), de acordo com a Sesai/MS. Imagem: Marcelo Torres/Consea.
Em acampamentos Guarani e Kaiowá a média anual é de 250 crianças até 5 anos com déficit nutricional dentre as 6.194 avaliadas em 2015 (97% de cobertura), de acordo com a Sesai/MS. Imagem: Marcelo Torres/Consea.
A reativação do Comitê Gestor de Ações Indigenistas Integradas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul, “com celeridade e urgência”, foi proposta pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) à Fundação Nacional do Índio (Funai). A recomendação foi aprovada em reunião plenária realizada na tarde desta quarta-feira (14/09), em Brasília. 
No documento, o Consea informa que “nos Polos-Base do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Mato Grosso do Sul, pertencentes ao Cone Sul, que possuem acampamentos indígenas com prevalência da etnia Guarani e Kaiowá, há uma média anual de 250 crianças indígenas menores de 5 anos com déficit nutricional (baixo peso e muito baixo peso) de um total de 6.194 crianças indígenas avaliadas em 2015 (97% de cobertura), de acordo com dados disponibilizados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde”. 
O conselho lembra que “ficou acordado em reunião da comitiva do Consea com o Ministério Público Federal e com a Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho do Mato Grosso do Sul a importância da reativação do Comitê Gestor, que foi criado em 2005 e que obteve resultados exitosos”. Para o Consea, um dos problemas relacionados às questões indígenas na região é “conflito de competências” entre os diversos órgãos e instituições. 
O documento é uma das dez recomendações aos poderes públicos referentes à situação dos povos da etnia Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. As propostas foram elaboradas e aprovadas como resultados da missão que o conselho realizou àquelas comunidades indígenas entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro.

Na missão ao Mato Grosso do Sul, o Consea “constatou uma situação calamitosa e diversas violações do direito humano à alimentação adequada, inclusive de crianças e idosos”. De acordo com relatos de integrantes da missão, “as áreas de retomada e acampamentos indígenas da etnia Guarani e Kaiowá estão em situação de maior vulnerabilidade e insegurança alimentar e nutricional grave que as demais etnias da região, visto que suas terras não estão demarcadas, que não acessam as políticas públicas que dependem da regularidade das terras e que não são autorizadas a cultivar plantio de alimentos para subsistência”. 
As recomendações aprovadas serão dirigidas a órgãos estaduais, como a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Assistência Social, e órgãos e instituições federais, como o Ministério da Justiça e o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), a Fundação Nacional do Índio (Funai), Supremo Tribunal Federal (STF) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Fizeram parte da missão a presidenta do Consea, a antropóloga Maria Emília Pacheco, o conselheiro indígena Dourado Tapeba, as conselheiras Daniela Frozi, nutricionista, e Mariza Rios, advogada; a assessora técnica Mirlane Klimach, o representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS), Milton Marques do Nascimento, e as indigenistas Viviane Matias e Priscila Ribeiro, da Fundação Nacional do Índio (Funai). 
A eles se juntou o grupo local, formado por representantes de órgãos públicos da jurisdição, como a presidenta do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Mato Grosso do Sul (Consea-MS), Vânia Almeida, os indígenas Guaranis Kaiowás Silvio Paulo e Silvio Ortiz (este conselheiro nacional). Também acompanharam a missão, nas visitas, os representantes da Funai Regional e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que atuam no estado. 
Entre os itens abordados, estão o acesso aos alimentos, os impactos de programas sociais, qualidade, quantidade e regularidade das cestas básicas, o acesso à água, documentação e questões relacionadas à demarcação e homologação das terras. 
Fonte: Ascom/Consea

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Indígenas: Consea tem audiências com juízes federais e procuradores da República

Missão analisa relação entre identidade cultural, manifestações de insegurança alimentar e direitos territoriais - Imagem. Imabem: Fábio Pozzebom/ABr

 A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, e a conselheira e advogada Mariza Rios participaram de audiências nesta quinta-feira (1/9) com juízes federais e procuradores da República que atuam no Cone Sul do Mato Grosso do Sul.
Pela manhã elas foram recebidas pelos juízes da 1a. Vara Federal de Dourados (MS) Moisés Anderson da Silva (titular) e Fábio Kaiut Nunes (substituto). À tarde a reunião foi com os procuradores da República Marco Antônio Delfino (Dourados), Ricardo Pael (Ponta Porã) e Francisco Calderano (Naviraí).
Os encontros fazem parte da programação da missão do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) ao Cone Sul do Mato Grosso do Sul. Essa missão, que começou segunda e segue até esta sexta-feira (2/9), tem como objetivos observar a realidade vivida pelos indígenas e ouvi-los sobre possíveis violações de direitos humanos, em especial sobre a segurança alimentar e nutricional e as questões relacionadas à terra.
Fazem parte a presidenta do Consea, Maria Emília Pacheco, o conselheiro indígena Dourado Tapeba, as conselheiras Daniela Frozi e Mariza Rios, a assessora técnica Mirlane Klimach, o representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS), Milton Marques do Nascimento, e as indigenistas Viviane Matias e Priscila Ribeiro, da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Outra parte da comitiva é formada por representantes de órgãos públicos da jurisdição, como a presidenta do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Mato Grosso do Sul (Consea-MS), Vânia Almeida, os indígenas Guaranis Kaiowás Silvio Paulo e Silvio Ortiz (este conselheiro nacional).
Entre os itens abordados estão o acesso aos alimentos, os impactos de programas sociais, qualidade, quantidade e regularidade das cestas básicas, o acesso à água, documentação e questões relacionadas à demarcação e homologação das terras.

Caisans estaduais retomam debate sobre adesão dos municípios para fortalecer o Sisan

A implementação de estruturas de segurança alimentar nos estados é essencial para que se possa fortalecer o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Esse foi um dos principais temas da 14ª Reunião das Câmaras Intersetoriais de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisans estaduais), realizada nestas quinta (8/9) e sexta-feiras (9/9), em Brasília. Atualmente, 183 municípios e todos os estados e o Distrito Federal já aderiram ao Sisan.

O encontro contou com a presença de representantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), como a assessora técnica Marina Godoi de Lima. Para ela, o encontro foi positivo, porque trouxe as diversas Caisans e os Conseas estaduais já em funcionamento para reforçar a consolidação do Sisan.
Apesar do baixo IDH, Maranhão foi destaque
Destaque entre os estados, o Maranhão está avançado na implantação do Sisan. Até o fim do ano, o estado espera ter 57 municípios aderidos ao sistema. Para a secretária-adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional do Maranhão, Louvídia Serrão Araújo Caldas, o diferencial para a implantação do sistema foi ter uma Caisan forte. “Precisávamos de uma Caisan que funcionasse. Hoje temos um conselho atuante e uma Caisan fortalecida,” relatou ela, que foi chamada à mesa para contar a experiência maranhense.
Por ter um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, o desafio de se ter uma alimentação saudável no Maranhão é grande. Uma das ações levará 30 Centros de Referência de Segurança Alimentar para os municípios de menor IDH. Além da alimentação, as pessoas receberão atividades sobre nutrição e cursos de capacitação, e serão encaminhadas à prática de atividades físicas.
Louvídia Caldas relatou que uma boa articulação entre as várias secretarias do estado e entre Caisans e Conseas estaduais é o segredo do sucesso para a implantação de um Plano de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan). “Há ainda o Guia de Educação Alimentar e Nutricional, em parceria com a Secretaria de Educação, para tratar da questão da Segurança Alimentar nas escolas”, explicou.
Fortalecimento do Sisan
Para os representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), é importante que todos os municípios participem e façam a adesão ao Sisan. Porque, quanto mais aderirem, mais fácil será constituir uma política de segurança alimentar e nutricional.
Segundo a pasta, os gestores também precisam priorizar as ações do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan). “A gente quer passar o plano pelo conselho de ministros [Caisan] e trabalhar permanentemente. O Plansan não é estático; é um processo”, destacou o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Caio Rocha.
Gil Marcos dos Santos Carvalho, coordenador da Comissão de Presidentes de Conseas Estaduais, falou também em nome do Consea nacional e destacou a importância dos Plansans para fortalecer o Sisan. Além das Caisans estaduais, o encontro reuniu representantes da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e dos Conselhos Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Aprenda a ler rótulos de alimentos industrializados


SISAN em Rede - 27/11/2015 - Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nu...


Vamos Falar sobre Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional


Segurança Alimentar - entenda a importância desse assunto!


Bancos de alimentos são resposta para evitar desperdício e melhorar a di...


IFRN é 1° órgão a cumprir percentual mínimo de compras da agricultura familiar

Brasília – O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) é o primeiro órgão da União a cumprir integralmente o decreto que determina o percentual mínimo de 30% de aquisições de alimentos da agricultura familiar para a administração pública federal. A compra dos produtos será feita por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
No total, serão investidos R$ 624,8 mil na compra de hortifrúti, lácteos, ovos, panificados e polpas de frutas para atender os refeitórios dos 20 campi do IFRN. Esse valor correspondente a 31,7% do orçamento do instituto para aquisição de alimentos no ano de 2016.
Podem participar da chamada pública agricultores familiares, cooperativas, associações que possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). O programa movimenta o comércio local, reduz a pobreza no campo e incentiva a oferta de alimentos mais saudáveis e de qualidade diretamente do campo. Os interessados em fornecer os gêneros alimentícios deverão apresentar os documentos de habilitação e proposta de venda até o dia 31 deste mês.
“Temos o primeiro órgão da administração pública federal a atender integralmente o decreto. Essa compra demonstra que a modalidade é viável e, principalmente, importante para a agricultura familiar e para as instituições”, destacou o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Caio Rocha.
Segundo Flávia Roberta Monteiro, nutricionista do IFRN, a instituição espera ampliar, com os recursos destinados para o PAA, a aquisição de alimentos da agricultura familiar. “Já comprávamos estes produtos pelo Pnae [Programa Nacional de Alimentação Escolar]. O PAA veio fortalecer esta aquisição. Para 2017, temos como objetivo efetuar novamente este processo, sempre tentando aperfeiçoar e fortalecer esta modalidade de compra”, afirmou.
O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 20 mil por ano, por órgão comprador, independente se já forneceu a outras modalidades do PAA ou do Pnae. Já o limite para cooperativas ou associações é de R$ 6 milhões por DAP Jurídica, também por órgão comprador.

PAA melhora a vida de agricultores familiares do Rio Grande do Sul

Foto: Mauro Vieira/MDSA
Brasília – Especialista em salames e embutidos, Osmar da Silva é agricultor familiar em Vera Cruz, município gaúcho de pouco mais de 25 mil habitantes. Por meio da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Vera Cruz (Coopervec-RS), ele vende mais de 17 tipos de salames para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Graças ao programa, a agricultura familiar tem aumentado. Vejo que muitos colegas se mantêm em pé graças ao PAA”. 
Além dos salames, o agricultor familiar também cria porcos. A produção tem destino certo: a merenda escolar de Vera Cruz. De acordo com ele, atualmente 64% da merenda escolar da cidade é feita com produtos da agricultura familiar. A família do agricultor participa ainda de feiras livres para complementar a renda. “É um programa que veio muito bem, na hora certa. Garanto que todos os produtores do nosso município estão muito satisfeitos”, conta. 
Osmar é um dos mais de dois mil expositores da 39ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), uma das maiores feiras de agropecuária da América Latina, em Esteio (RS). Ao visitar a exposição, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, elogiou a qualidade dos produtos. 
Durante a visita, o ministro defendeu a importância da agricultura familiar e do PAA. “O PAA é decisivo para as famílias que vivem da agricultura familiar. Ele garante a compra da produção por um preço mínimo razoável. O programa mantém os produtores no campo. É um programa com uma abrangência muito grande e que queremos ampliar no ano que vem”, destacou Osmar Terra.

De Cachoeira do Sul (RS), o agricultor familiar Ernani Macedo também está participando da Expointer. Com a adesão ao PAA, Ernani conseguiu trocar a produção de 13 hectares de fumo e iniciar o cultivo de alimentos. Na terra crescem agora mandioca, batata doce e moranga. As frutas viram geleias. “Isso tudo vai para merenda escolar. É um orgulho para mim e para a minha família.” 
Por meio da modalidade Compra Institucional do programa, o agricultor consegue vender cerca de 80% de sua produção. “Para nós, o PAA deveria ter mais produtores. O programa é um grande incentivo.” 
Expointer - O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) participa da Expointer por meio do Pavilhão da Agricultura Familiar. O investimento de R$ 800 mil beneficia 1,2 mil famílias de agricultores familiares de 120 municípios gaúchos.