segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O que é alimento orgânico?

Dra. Elaine de Azevedo

O alimento orgânico não é somente “sem agrotóxicos” como se veicula normalmente. Além de ser isento de insumos artificiais como os adubos químicos e os agrotóxicos (e isso resulta na isenção de uma infinidade de subprodutos como nitratos, metais pesados, etc) ele também deve ser isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos e de organismos geneticamente modificados. Durante o processamento dos alimentos é proibido o uso das radiações ionizantes (que produzem substâncias cancerígenas, como o benzeno e formaldeído) e aditivos químicos sintéticos como corantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros.
Alimento orgânico vem da Agricultura Orgânica que na Legislação Brasileira de 2007 tem como objetivos a auto-sustentação da propriedade agrícola no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais para o agricultor, a minimização da dependência de energias não renováveis na produção, a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente, o respeito à integridade cultural dos agricultores e a preservação da saúde ambiental e humana.
Você deve também entender que alimento orgânico não é menor ou de aspecto inferior do que o convencional. Normalmente esse tipo de alimento provém de uma fazenda orgânica em sua fase inicial de produção ou a um sistema produtivo que não aplica adequadamente as práticas da agricultura orgânica.
Um alimento orgânico de qualidade é competitivo, saboroso e mais saudável que o convencional.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

REVISTA DE EXTENSÃO RURAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Na ultima edição de 2015 a revista oferece sete artigos. Do nordeste ao sul do Brasil, do norte ao sudeste, ou seja, pesquisas provenientes dos quatro eixos do país trazem reflexões sobre as questões ambientais, o capital social dos pescadores, as feiras livres, a estrutura comercial no setor de máquinas e implementos agrícolas, as famílias agroextrativistas amazônicas e o Desenvolvimento Rural Sustentável, o sistema cooperativo e a pluriatividade.
Destacam-se os artigos das pesquisadoras Graziela Freitas Dourado e Maria Izabel Vieira Botelho: ?As concepções de natureza e ambiente no semiárido brasileiro: contribuições da história ambiental?, Os autores Fabiano Pimentel Ribeiro e Angelo Brás Fernandes Callou abordam ?Capital social de pescadores e a criação da reserva extrativista de Rio Formoso ? Pernambuco?. Os pesquisadores Aline Pereira Sales Morel, Liviane Tourino Rezende e Ricardo de Souza Sette discutem o tema ?Negócio feira livre: análise e discussão sob a perspectiva do feirante? .
O quarto trabalho é escrito pelas autoras Cristina Kunkel, Monica Andrioli e Monize Sâmara Visentini tem como tema ?Analisando a percepção dos agricultores de três municípios da região noroeste do Rio Grande do Sul sobre a oferta de produtos e serviços agrícolas?.O quinto artigo é assinado pelos autores João Paulo Leão de Carvalho e Luís Mauro Santos Silva em que abordam o tema ?Famílias agroextrativistas amazônicas e ações de desenvolvimento rural sustentável? .O sexto artigo é escrito coletivamente por Diego Neves de Sousa, Nora Beatriz Presno Amodeo, Alex dos Santos Macedo e Cleiton Silva Ferreira Milagres sobre ?Percepções sobre a articulação agroindustrial no modelo federado de cooperativas? e o artigo final desta edição foi elaborado por Isadora Wayhs Cadore Virgolin, Clayton Hillig e José Marcos Froehlich sobre ? Um estudo sobre os sentidos do trabalho para os agricultores familiares a partir da pluriatividade? 
Em 2016 serão quatro edições para comemorar vinte três anos de publicações científicas. Faça parte desta história. Envie sua contribuição científica. Acesse nosso portal: dx.doi.org/10.5902/23181796
Fonte Ezequiel Redin - UFSM

PARANÁ DOBRA CERTIFICAÇÃO DE ORGÂNICOS

O Paraná certificou no último ano o dobro do número de propriedades rurais que produzem alimentos orgânicos do que em 2014. O Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos (PPCPO) deu aval a 250 unidades, metade das visitadas, conforme balanço divulgado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
Implantado em 2009, o programa encerra segunda fase, com investimentos de R$ 4,5 milhões, em julho deste ano. Estão envolvidas sete universidades estaduais e instituições como o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA) e a organização não governamental Ecovida. Os produtores são orientados a converter suas unidades à produção de orgânicos e monitorados.
O aumento na certificação está em linha com crescimento do mercado, que avança entre 20% e 30% no Brasil, o dobro da expansão verificada no mercado internacional. Segundo o Ministério da Agricultura, o Paraná é o terceiro estado com maior número de produtores de orgânicos (1,41 mil), atrás de São Paulo (1,44 mil) e Rio Grande do Sul (1,55 mil).

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO VAI COMPRAR 52,9 TONELADAS DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR

      
http://mds.gov.br/area-de-imprensa/noticias/2016/janeiro/grupo-hospitalar-conceicao-vai-comprar-52-9-toneladas-de-alimentos-da-agricultura-familiar/bira4055bira1205.jpg/@@images/25ef032c-2c1d-4fdb-af27-79035644edef.jpeg
Foto: Ubirajara Machado/MDS
Brasília? Agricultores familiares e comunidades quilombolas poderão participar das chamadas públicas do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto Alegre (RS), para a aquisição de 52,9 toneladas de alimentos. Os produtos - hortifrutigranjeiros e carnes - serão adquiridos na modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
São três chamadas públicas com investimento total de R$ 4,6 milhões. As compras dos alimentos vão beneficiar cerca de 260 famílias agricultoras e 60 famílias quilombolas.
Para participar das chamadas, o agricultor deve possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). O limite individual de venda do agricultor familiar será de R$ 20 mil por ano, DAP e órgão comprador.
O GHC compra alimentos da agricultura familiar desde 2013 e foi à primeira instituição de saúde do Brasil a aderir à modalidade Compra Institucional. O grupo, formado por quatro hospitais, fornece cerca de 370 mil refeições todo mês aos funcionários, pacientes e acompanhantes.
Os interessados nos editais 7 e 9,  disponíveis no site do Grupo Hospitalar Conceição, devem preencher a proposta de preços e encaminhá-la até as 10h dos dias 15 e 25 deste mês, respectivamente, para o e-mail spaulo@ghc.com.br, junto com a documentação para habilitação. Fonte:Ascom/MDS

AGRICULTURA CRESCE NO BRASIL, MESMO COM MUDANÇAS CLIMÁTICAS


http://agrosoft.com/agroarquivos/1452419501.jpgA produção e a produtividade agrícola brasileira crescem a cada safra, apesar das mudanças climáticas registradas nas últimas décadas em todo o mundo. A avaliação foi feita pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ao comentar estudo da revista científica Nature.
A pesquisa, publicada no inicio deste mês leva em conta 2,8 mil eventos meteorológicos extremos ocorridos em 177 países, entre 1964 e 2007. Segundo o estudo, a ameaça é tão grande que pode comprometer o abastecimento mundial de alimentos. Ainda de acordo com o levantamento, períodos de seca e ondas de calor causaram perdas de 10% na produção de grãos global.
Mesmo neste cenário, a produção agrícola mundial não sofreu impactos negativos mais acentuados. ?As regiões de menor risco estão tendo enorme capacidade para suprir as áreas mais afetadas pelos fenômenos da natureza?, salienta Nassar.
O secretário reconhece, entretanto, que as mudanças têm reflexos na agricultura. ?O risco de produzir alimentos está crescendo devido às altas temperaturas e às estiagens prolongadas, mas não a ponto de transformar o abastecimento em um problema.? O Brasil e os demais países da América do Sul, acrescenta, são áreas de maior aptidão agrícola e de baixo risco climático em relação às zonas rurais do restante do planeta.
SISTEMAS AGRÍCOLAS
Nassar constata também que os sistemas agrícolas mundiais estão passando por uma ameaça, embora não haja comprometimento da oferta de grãos. Tanto é verdade, assinala, que os preços dos produtos agrícolas ao agricultor sofreram um processo de aumento, mas há três anos estão estabilizando ou caindo. ?Ou seja, o mercado agrícola mostrou capacidade de produzir mais e aquela subida de preço já foi interrompida e está caindo, num sinal de que a produção vem sendo retomada. No Brasil, enfatiza Nassar, há regiões que sofrem mais com as secas e chuvas intensas, como o semiárido e o Sul. Em contrapartida, há áreas de menor vulnerabilidade aos fenômenos naturais, como o Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Com relação à estimativa de perda de 1 milhão de toneladas de soja por causa da seca que atingiu a região produtora de Mato Grosso, o secretário diz que é um problema pontual, que não acontecia desde 2005
Para ele, a tecnologia e a pesquisa agrícola estão neutralizando parte do efeito das mudanças climáticas no mundo. ?Isso permite que a produção continue crescendo de acordo com o aumento da demanda por alimentos. FONTE: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , Assessoria de Comunicação Social do MAPA ? Inez De Podestà ? Jornalista