Dra. Elaine de Azevedo
O alimento orgânico não é somente “sem agrotóxicos” como se veicula
normalmente. Além de ser isento de insumos artificiais como os adubos
químicos e os agrotóxicos (e isso resulta na isenção de uma infinidade
de subprodutos como nitratos, metais pesados, etc) ele também deve ser
isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos e de organismos
geneticamente modificados. Durante o processamento dos alimentos é
proibido o uso das radiações ionizantes (que produzem substâncias
cancerígenas, como o benzeno e formaldeído) e aditivos químicos
sintéticos como corantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros.
Alimento orgânico vem da Agricultura Orgânica que na Legislação
Brasileira de 2007 tem como objetivos a auto-sustentação da propriedade
agrícola no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais para
o agricultor, a minimização da dependência de energias não renováveis
na produção, a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor
nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em
risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente, o
respeito à integridade cultural dos agricultores e a preservação da
saúde ambiental e humana.
Você deve também entender que alimento orgânico não é menor ou de
aspecto inferior do que o convencional. Normalmente esse tipo de
alimento provém de uma fazenda orgânica em sua fase inicial de produção
ou a um sistema produtivo que não aplica adequadamente as práticas da
agricultura orgânica.
Um alimento orgânico de qualidade é competitivo, saboroso e mais saudável que o convencional.