“Já eliminamos a
sacolinha do nosso puxa-saco, já trocamos a lixeira da cozinha para
fazer o descarte sustentável e estamos pensando duas vezes se devemos ou
não comprar um bem de consumo. Mas e na feira, será que você não está
se empolgando demais?”.
Quem pergunta é a jornalista e cozinheira Mari Bontempo, no artigo “Dia de feira: compre menos e evite o desperdício”, publicado nesta semana no site Vida de Cozinheiro.
Pesquisadora de aromas e sabores, ela explica a importância de
praticar o “desperdício zero” na hora de preparar os alimentos. “Na
minha cozinha, eu tento minimizar ao máximo o descarte, principalmente o
do que é orgânico. Água de cozimento de legume vira sopa e bagaço de
suco vira purê”.
Ela afirma que só faz compras de frutas de verduras em dia de
“sacolão”. Menos é mais também na hora da escolha do que levar para
casa, ensina. “Eu compro um exemplar de cada alimento: É uma cenoura, um
chuchu, uma beterraba, uma abobrinha. Podem até achar que sou
‘pão-duro’, mas isso também é reflexo de minha criação”.
Mari Bontempo cita dados da Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO) que apontam que um terço dos alimentos
produzidos no mundo acaba indo para o lixo, “desperdício que, se fosse
evitado, poderia contribuir para a alimentação de 795 milhões de
pessoas”.
Além de não ajudar a combater a fome, esse descarte sem sentido ainda
prejudica o planeta de muitas maneiras, explica ela. “Os custos vão
muito além do dinheiro gasto na produção dessa comida que é
desperdiçada. Gastamos quase um terço da terra cultivada do planeta, sem
falar do gasto de água usado na irrigação e das toneladas de gases de
efeito estufa produzidos a partir da decomposição desses alimentos não
consumidos”.
“Nem tudo nessa vida é fácil e nem por isso deixamos de fazer o que é
certo. Na nossa cozinha não deveria ser diferente, por isso, no próximo
dia de feira, pense bem no que você está colocando na sua sacola
retornável’, completa a jornalista.
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