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A UEM reuniu autoridades públicas e pesquisadores das áreas de
produção e tecnologia alimentar e nutricional para debater a integração
da Universidade nas políticas do Sisan (Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional), instituído pela Lei Orgânica de Segurança
Alimentar e Nutricional, de gestão intersetorial e participativa para a
manutenção e execução de políticas na área.
O evento, realizado durante toda a manhã desta quarta-feira, dia 6 de
dezembro, no Anfiteatro Keshiyu Nakatani, Bloco G-90, no câmpus da UEM,
contou com a participação do reitor Mauro Baesso, que falou do
potencial da UEM para compor essa rede, destacando os inúmeros
pesquisadores que já produzem e podem produzir ainda mais conhecimento e
novas tecnologias nesse campo. O reitor também mencionou a
infraestrutura em equipamentos e serviços que a Universidade detém que
pode ser colocada à serviço do projeto.
“A UEM tem todas as condições de dar as respostas que a sociedade
precisa e assim contribuir nesse processo de estruturação da rede em
segurança alimentar e nutricional, atuando em sinergia com o município
para resolver problemas locais e regionais”, frisou Baesso. Ele também
anunciou um convênio amplo que está sendo firmado com o Instituto de
Tecnologia do Paraná e que envolve exatamente a questão da segurança
alimentar.
Vanderlei Amboni, do Departamento de Segurança Alimentar e
Nutricional do Núcleo Regional de Maringá, da Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento, também esteve no evento e durante seu
pronunciamento destacou as ações do Governo do Estado no estímulo à
geração de renda e à redução da pobreza e da desigualdade social no
campo, com apoio projetos técnicos propostos por organizações da
agricultura familiar.
Amboni também citou o Programa Compra Direta Paraná que oferece apoio
na comercialização da produção e o acesso aos alimentos por grupos de
cidadãos em vulnerabilidade social e ainda a implantação dos
Restaurantes Populares, criados com o objeto de oferecer à população
refeições a preços acessíveis. Maringá, que já conta com um Restaurante
Popular, terá uma nova unidade, segundo anunciou Amboni.
A representante da Comissão Regional de Segurança Alimentar e
Nutricional de Maringá (Coresan), Marilze Brandão Assis falou da
relevância desse encontro que ela espera ser um marco capaz de trazer
avanços importantes em relação a garantia e o acesso da população à
alimentação saudável, “apesar do momento pelo qual passa o País, em que
se vê a desconstrução de tantos direitos”.
Para o promotor de Justiça, Maurício Kalache, o encontro constitui um
momento histórico à medida que reúne pesquisadores de diferentes
departamentos e áreas abrindo possibilidades de superar “barreiras da
especialização extrema”.
No entendimento do promotor, a integração e a interdisciplinaridade
na produção de conhecimento vão ajudar muito no fortalecimento de uma
rede de segurança alimentar. Kalache também citou a implantação de
projetos de extensão como uma ferramenta importante dentro dessa
proposta, sinalizando inclusive a possibilidade de aporte de recursos no
apoio ao desenvolvimento dos programas.
Além disso, ele comentou sobre a necessidade de manterem-se vivas as
discussões internas sobre o Sisan, através de capacitações ou mesmo a
inclusão do tema nos componentes curriculares dos diversos cursos que a
Universidade oferece.
Ao final dos pronunciamentos, o nutricionista Geferson Almeida
Gonçalves (foto acima), doutor em Ciências de Alimentos pela UEM e
membro da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional,
explanou sobre o funcionamento do Sisan.
A outra palestra foi ministrada por Marilze Brandão Assis (foto abaixo), da Coresan.
O evento também contou com a presença, entre outras autoridades, do
secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Marialva,
Lindalvo José Teixeira.