Foto: Patrick Grosner/MDSA |
Brasília – Durante
a abertura do Encontro Regional para o Enfrentamento da Obesidade
Infantil, o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Caio Rocha,
reafirmou o compromisso da pasta em garantir a alimentação saudável das
famílias brasileiras.
“Enxergamos a nutrição de qualidade como o objetivo a ser atingido, o
desfecho de uma política que perpassa pela organização da produção e
pelo acesso e disponibilidade dos alimentos saudáveis a todas as
famílias”, esclareceu Rocha. Segundo ele, o principal desafio é promover
a segurança alimentar e combater a subnutrição, “pois o país já é um
grande produtor de alimentos”.
O secretário também destacou a aprovação do 2º Plano Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan 2016-2019). O documento traz
um conjunto de 121 metas e 99 ações estruturadas para responder aos
grandes desafios relacionados à melhoria dos hábitos alimentares da
população brasileira.
O encontro ocorreu nessa terça-feira (14) e integra a Década de Ação
da ONU para a Nutrição (2016-2025), promovida pela Organização das
Nações Unidas (ONU) e liderada pelo Brasil. A década busca fortalecer
políticas, programas e investimentos rumo à erradicação da fome e todas
as formas de má nutrição no mundo.
Metas – Na solenidade, o Ministério da Saúde lançou três metas
que devem ser atingidas pelo Brasil até 2019: deter o crescimento da
obesidade na população adulta, reduzir o consumo regular de refrigerante
e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, e ampliar em
no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e
hortaliças regularmente.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2013), mais da metade dos
brasileiros está com excesso de peso. A incidência é maior em mulheres
(59,8%) do que em homens (57,3%). A obesidade também segue o mesmo
padrão. 25,2% das mulheres adultas do país estão obesas contra 17,5% dos
homens. O índice mantém a mesma proporção na América Latina. Segundo
dados do relatório Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional da OMS
(2016) 58% da população da América Latina está com sobrepeso e 23% está
obesa.
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006) sinalizou que 40,5%
das crianças menores de cinco anos consomem refrigerante com frequência.
Enquanto dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontaram que 60,8%
das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. O
resultado do mau hábito alimentar é que uma em cada três crianças
brasileiras apresentam excesso de peso segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).