quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Sisan é tão importante que deveria ser ensinado às crianças na escola, diz pescador do Amazonas

Pedro José Souza Neto, 56, chegou a Manaus (AM) ainda criança, vindo do interior com os pais e irmãos. A pesca foi a profissão primeira e natural de sua família.  Imagem: Ivana Diniz/Consea
Pedro José Souza Neto, 56, chegou a Manaus (AM) ainda criança, vindo do interior com os pais e irmãos. A pesca foi a profissão primeira e natural de sua família. Imagem: Ivana Diniz/Consea

O homem franzino aponta as mãos para o cartaz e sentencia: “Sistemas como este são tão importantes que deveriam ser ensinados para as crianças na escola”. Quem afirma é o pescador Pedro José Souza Neto, de 56 anos, que participou nesta sexta-feira (27), em Manaus (AM), da Oficina Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) – o tal sistema que está no cartaz que ele aponta.
“Nós, brasileiros, ainda não conhecemos direito nem o Sistema Único de Saúde (SUS), criado há 30 anos. Aí entrou o Sistema Único de Assistência Social (Suas). E depois chegou o Sisan. Então, quando você fala para um gestor, um prefeito, um vereador, um secretário, sobre a importância do sistema, ele diz: ‘O que é isso?’ Temos de mostrar que existe, que funciona. É uma luta paras as pessoas entenderem. Por isso tem de haver mais encontros como esses”, diz ele.
O pescador sabe bem sobre a realidade da Amazônia. Chegou a Manaus ainda criança, vindo do interior com os pais e irmãos. A família toda morava em um flutuante sobre as águas do Rio Negro. Vivendo ali, a pesca foi a profissão primeira e natural dos Souza. “Até que esse tipo de moradia foi considerado ilegal e tivemos de nos mudar para uma casinha. Meu pai comprou um barco e continuamos pescando”.
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