A participação
ativa da ampla diversidade social brasileira, por meio do diálogo com os
agentes das várias instâncias de Estado e de governo, é um importante
desafio e também instrumento poderoso para a construção do Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), destacou nesta
quinta-feira (26), em Manaus (AM), a presidenta do Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine.
A afirmação foi feita durante a solenidade de abertura da Oficina
Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Sisan), referente à Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins). Cerca de 160 pessoas participam do
encontro no Hotel Da Vinci Hotel & Conventions, região de
Adrianópolis, na capital amazonense.
Elisabetta lembrou que esta é a última das oficinas realizadas “com
muita competência e coragem” pela Câmara Interministerial de Segurança
Alimentar e Nutricional (Caisan) nas cinco regiões brasileiras. “A
participação nas oficinas me deu a oportunidade de conhecer as
diferentes expressões da cultura alimentar do nosso pais. E a forma como
estados e municípios estão se organizando com a sociedade civil. Ser
parte deste processo, conhecer como eles enxergam os problemas
relacionados ao direito humano à alimentação adequada tem papel
fundamental na construção do Sisan, pois não há apenas um único desafio,
mas vários”, disse ela.
A riqueza do coletivo
A presidenta do Consea contou que, durante as oficinas, apareceu uma
imensa riqueza de propostas nos grupos de trabalho. “Porque as soluções
apresentadas foram muito criativas, muito mais que aquelas clássicas,
padronizadas, às quais estamos habituados a olhar. Isso mostra que o
encontro dos saberes das pessoas torna mais fácil alcançarmos nossos
objetivos”, destacou.
Ela lembrou, por fim, que o paradigma maior dos encontros é
contribuir de maneira qualificada, digna e legítima para a construção do
Sisan, para a realização do direito humano à alimentação adequada. Por
trás desse objetivo maior, disse, está a necessidade de criar sistemas
que transformem metas em realidade para todos os brasileiros e
brasileiras.
“Para isso, tão importante quanto qualificar técnicos para construir
bons programas e investir na estruturação das Caisans e Conseas
regionais é dar legitimidade a eles. Legitimidade que vem diretamente da
qualidade da nossa diversidade, por meio dos representantes da
sociedade civil”, acrescentou. “Somente assim poderemos ter essas duas
estruturas funcionando plenamente, para que, progressivamente, possamos
atingir um direito que o Brasil definiu como importante, que é o direito
humano à alimentação adequada”.
Fonte: Ivana Diniz/Consea