quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Participação da sociedade é instrumento poderoso para a construção do Sisan, diz presidenta do Consea

A presidenta do Consea, Elisabetta Recine, lembrou que esta é a última das oficinas realizadas “com muita competência e coragem” pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) nas cinco regiões brasileiras. Imagem: Roberta de Sá/Consea

A participação ativa da ampla diversidade social brasileira, por meio do diálogo com os agentes das várias instâncias de Estado e de governo, é um importante desafio e também instrumento poderoso para a construção do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), destacou nesta quinta-feira (26), em Manaus (AM), a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine.
A afirmação foi feita durante a solenidade de abertura da Oficina Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), referente à Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). Cerca de 160 pessoas participam do encontro no Hotel Da Vinci Hotel & Conventions, região de Adrianópolis, na capital amazonense.
Elisabetta lembrou que esta é a última das oficinas realizadas “com muita competência e coragem” pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) nas cinco regiões brasileiras. “A participação nas oficinas me deu a oportunidade de conhecer as diferentes expressões da cultura alimentar do nosso pais. E a forma como estados e municípios estão se organizando com a sociedade civil. Ser parte deste processo, conhecer como eles enxergam os problemas relacionados ao direito humano à alimentação adequada tem papel fundamental na construção do Sisan, pois não há apenas um único desafio, mas vários”, disse ela.
A riqueza do coletivo
A presidenta do Consea contou que, durante as oficinas, apareceu uma imensa riqueza de propostas nos grupos de trabalho. “Porque as soluções apresentadas foram muito criativas, muito mais que aquelas clássicas, padronizadas, às quais estamos habituados a olhar. Isso mostra que o encontro dos saberes das pessoas torna mais fácil alcançarmos nossos objetivos”, destacou.
Ela lembrou, por fim, que o paradigma maior dos encontros é contribuir de maneira qualificada, digna e legítima para a construção do Sisan, para a realização do direito humano à alimentação adequada. Por trás desse objetivo maior, disse, está a necessidade de criar sistemas que transformem metas em realidade para todos os brasileiros e brasileiras.
“Para isso, tão importante quanto qualificar técnicos para construir bons programas e investir na estruturação das Caisans e Conseas regionais é dar legitimidade a eles. Legitimidade que vem diretamente da qualidade da nossa diversidade, por meio dos representantes da sociedade civil”, acrescentou. “Somente assim poderemos ter essas duas estruturas funcionando plenamente, para que, progressivamente, possamos atingir um direito que o Brasil definiu como importante, que é o direito humano à alimentação adequada”.
Fonte: Ivana Diniz/Consea