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terça-feira, 14 de novembro de 2017
Harriet Friedmann: A indústria alimentícia quer vender a solução de um problema que ela mesma criou
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Foto: Ascom/Consea |
"O sistema
agroalimentar oferece alimentos de baixa qualidade nutricional, com
excesso de sal, açúcar e gorduras, e depois quer nos vender cálcio,
ferro e outros micronutrientes em forma de pílulas. Eles produzem o
problema e também querem nos vender a solução”.
A afirmação é da pesquisadora em sistemas alimentares Harriet
Friedmann. Professora emérita da Universidade de Toronto, no Canadá, ela
realizou, nesta quarta-feira (8), a palestra de abertura do Encontro
Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional,
realizado em Curitiba (PR).
Na entrevista abaixo, Harrie, que atuou durante 25 anos no Conselho
de Política Alimentar da cidade de Toronto, falou sobre transgênicos,
agrotóxicos, desperdício de alimentos e sobre a importância da atuação
da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional.
“Se eu fosse a rainha do mundo, proibiria toda forma de propaganda
dirigida às crianças”, diz ela ao comentar sobre a influência que a
publicidade exerce na formação dos hábitos de consumo das crianças. “Não
há como competir com o poder da propaganda da indústria alimentícia.
Não existe propaganda de cenoura”.
Monocultura
O sistema alimentar se deslocou da uma base de diversificação de
produção para apenas três ou quatro produtos. Boa parte desses produtos,
principalmente milho e soja, serve para alimentar animais ou virar
biocombustível. O resultado disso é a escassez de oferta de frutas e
vegetais, o que faz com que o preço desses alimentos não pare de
aumentar, dificultando o consumo desses produtos pelas pessoas mais
pobres. Os supermercados se organizam em redes globais, em cadeias
internacionais. O cultivo e distribuição da manga, por exemplo, foi todo
padronizado para atender às necessidades das grandes corporações. No
México, isso está acontecendo com o abacate. Uma lavoura mista,
diversificada, composta de feijão, abóbora e milho, pode também
contribuir tanto para a proteção do solo como para a gestão eficiente
dos recursos hídricos.
Transgênicos e agrotóxicos
Os transgênicos não resolveram nem resolverão o problema da fome no
mundo. O discurso do agronegócios é que sem os transgênicos será
impossível alimentar a população mundial. Mas como eles chegaram a essa
conclusão? A primeira regra da propaganda é a repetição, para que as
pessoas se fixem nos números. Esse discurso da repetição foi incorporado
pelos governos. Em relação aos agrotóxicos, é possível que o estrago
que já foi feito no solo e na água dos rios não seja mais recuperável. E
não é só a questão dos pesticidas e herbicidas. O uso dos fertilizantes
também está contaminando a água. O excesso de nitrogênio despejado nos
rios está contaminando a fauna aquática. Um exemplo disso está no Golfo
do México, onde o rio Mississipi virou uma zona morta.
Fome e obesidade
O sistema agroalimentar linear conseguiu, em uma geração apenas,
provocar esse paradoxo de pessoas que passam fome enquanto outras estão
obesas. É por isso que falamos não só de segurança alimentar como também
de segurança nutricional. O sistema agroalimentar oferece alimentos de
baixa qualidade nutricional, com excesso de sal, açúcar e gorduras, e
depois quer nos vender cálcio, ferro e micronutrientes em forma de
pílulas. Ou seja, eles produzem o problema e depois querem nos vender a
solução. As pessoas estão comendo o que a propaganda diz que é para
comer. Falta educação formal para que o consumidor possa avaliar o que é
um alimento bom e o que é um alimento que faz mal à saúde. Até mesmo
alguns dos meus alunos me questionam: “Mas as grandes empresas não iriam
nos vender o que faz mal para a gente!”
Publicidade
Não temos como competir com o poder da propaganda da indústria
alimentícias, das grandes corporações. Não existe propaganda de cenoura.
Se eu fosse a rainha do mundo, proibiria toda forma de publicidade
dirigida às crianças, principalmente a propaganda de alimentos
industrializados.
Hábito alimentar
A ideia de se alimentar deve envolver aspectos sociais, de
convivência, e não somente de ingerir alimentos. Não é apenas uma
questão biológica mas também de qualidade de vida social. Nos Estados
Unidos, as pessoas comem sozinhas, sem a companhia de outras pessoas.
Essa é uma parte do problema da alimentação incorreta, assim como dos
casos crescentes de sobrepeso e de obesidade que estamos observando.
Desperdício de alimentos
No Canadá, os alimentos inapropriados para o consumo humano são
usados para a geração de energia. Mas para isso é necessária uma alta
tecnologia industrial. Agora sobre transformar alimentos próximos do
vencimento em compostos alimentares, como foi proposto no Brasil, a
minha opinião é que não pode haver nenhuma diferença entre a forma de
alimento dos ricos e dos pobres.
Rede de pesquisa
É sensacional essa ideia da Rede de Pesquisadores em Soberania e
Segurança Alimentar e Nutricional. Isso leva à prática da solidariedade
na busca de iniciativas e soluções. Os governos não nos levarão a lugar
nenhum. É a sociedade civil, os movimentos de igualdade racial, de
equidade de gênero, da agroecologia que nos trazem a esperança de uma
sociedade mais justa.
Entrevista: Francicarlos DinizFonte: Ascom/Consea
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
curso Orientações para a elaboração de planos estaduais, distrital e municipais de Segurança Alimentar e Nutricional - Orienta PlanSAN
O Ministério do Desenvolvimento Social lançou no dia 1º de novembro a segunda turma do curso
Orientações para a elaboração de planos estaduais, distrital e
municipais de Segurança Alimentar e Nutricional - Orienta Plansan.
O curso é gratuito e ofertado na modalidade a distância, em linguagem de autoaprendizado (sem tutoria). Tem como objetivo capacitar gestores e técnicos estaduais, distritais e municipais na elaboração de seus planos de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Para acessar e realizar o curso é imprescindível que você realize o seu cadastro completo no Portal EaD/MDS (www.mds.gov.br/ead/). Para se cadastrar siga
os passos abaixo:
1.
- Acesse o endereço a seguir:
www.mds.gov.br/ead/
2. - Se é a primeira vez que você acessa este Portal, selecione no canto esquerdo a opção “Novo usuário” e preencha os dados solicitados.
3.
- Após, realize o seu acesso digitando o seu CPF e senha;
4.
- O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) aparecerá e você poderá acessar o curso clicando:
a.
Sobre o Banner do Curso na área “Destaques” ou na categoria “Segurança Alimentar e Nutricional”.
- Nesta área clique sobre “Cursos EaD” e em seguida sobre o nome do curso:
Orienta Plansan.
5.
Complete o seu cadastro e em seguida você será direcionado para o Curso.
Conheça a seguir alguns detalhes do curso:
·
O curso estará disponível para você no período de 1º de novembro a 31 de dezembro de 2017.
·
Objetivo do curso: capacitar
gestores e técnicos estaduais, distritais e municipais na elaboração de
seus planos de Segurança Alimentar e Nutricional.
·
Carga horária: 30 horas
·
Fórum Mata-dúvidas:
Espaço onde você poderá postar suas dúvidas sobre o conteúdo, trocar
ideias e experiências com os demais participantes do curso, e se
necessário,
receber os esclarecimentos e orientações dos técnicos da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar (Sesan).
·
Certificação:
para receber o certificado do curso o participante deve realizar: o
Teste Final e obter desempenho mínimo de 60% e a Avaliação de Reação.
·
Dúvidas sobre o funcionamento do Portal EaD poderão ser esclarecidas pelo usuário na parte superior da página inicial clicando em “Perguntas Frequentes”.
·
Dificuldades de acesso contatar a Equipe de EAD/MDS pelo e-mail:
suporte.ead@mds.gov.br.
Caisan divulga compromissos para a Década de Ação para a Nutrição
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Foto: Lia de Paula/MDS |
Brasília – Os
compromissos do governo brasileiro para a Década de Ação das Nações
Unidas para a Nutrição (2016-2025) estão elencados em uma publicação
divulgada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e
Nutricional (Caisan), coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS). O documento foi apresentado, em outubro, durante a 44ª Sessão do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA), das Nações Unidas, em Roma (Itália).
A diretora de Estruturação e Integração dos Sistemas Públicos
Agroalimentares do MDS, Patrícia Gentil, explica que os 38 compromissos
assumidos pelo Brasil, alinhados às metas do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan), têm por objetivo contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
“Entendemos que as agendas da década e dos ODSs estão relacionadas e
que a articulação de respostas intersetoriais e participativas às
questões apresentadas se insere no contexto mais amplo de implementação
da Agenda 2030”.
Pactuado com 20 ministérios e secretarias, o Plansan traz um
conjunto de 121 metas e 99 ações estruturadas a partir dos grandes
desafios voltados aos hábitos alimentares da população brasileira. “O
Brasil agrupou em seis pilares as 60 recomendações do Plano de Ação da
Segunda Conferência Internacional de Nutrição. Tudo isso dialoga com os
nove desafios propostos pelo Plansan”.
Confira aqui a publicação
Qualidade da alimentação – O Brasil tem se comprometido em
diversos fóruns internacionais com a melhora da qualidade da alimentação
e a promoção de um sistema alimentar sustentável. Segundo Patrícia, a
construção de um sistema público de segurança alimentar e nutricional,
organizado sob os pilares da intersetorialidade e da participação
social, “é a melhor forma de se atingir esses compromissos”.
Ações que impeçam o crescimento da obesidade, como a regulamentação
da publicidade de alimentos e a taxação de refrigerantes e bebidas
açucaradas, também estão elencadas no documento Compromissos do Brasil para a Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição (2016-2025). Atualmente, 60% dos brasileiros estão com sobrepeso e 20%, obesos. Além disso, um terço das crianças está acima do peso.
Outro destaque é a articulação de redes de ação para a agenda de
compras públicas, governança de segurança alimentar e nutricional,
redução do sódio e guias alimentares, que deverão funcionar durante a
década da nutrição.
*Por Rejane Gomes
Oficinas regionais do Sisan promovem o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional
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Foto: Walter Andrade/Consea Nacional |
Brasília - Trocar
experiências e conhecer as práticas realizadas por Estados e municípios
que oferecem alimentação adequada à população é o principal objetivo
das oficinas regionais promovidas pelo Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Os encontros acontecem nas
cinco regiões do país ao longo de 2017. Sul, Sudeste, Centro-Oeste e
Nordeste já realizaram as oficinas nas cidades de Porto Alegre (RS), São
Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Recife (PE). A região Norte encerra os
ciclos em Manaus (AM), nos dias 26 e 27 de outubro.
O coordenador-geral de apoio à implantação e gestão do Sisan, do
Ministério do Desenvolvimento Social, (MDS) Élcio Magalhães, afirma que a
iniciativa cumpre papel fundamental para o fortalecimento do Sistema
junto aos gestores federais, estaduais, municipais e representantes da
sociedade civil comprometidos com a segurança alimentar. “Estamos
discutindo maneiras de potencializar as ações de segurança alimentar
junto ao Sistema Único de Assistência Social (Suas), e as oficinas
servem para olharmos para os Estados e percebermos os exemplos de boas
políticas que estão sendo praticadas ’, disse.
A coordenadora da área de Segurança Alimentar e Nutricional do
município de Joinville (SC), Edina Acordi, explica que as oficinas são o
principal meio para troca de experiências, além de promover o diálogo
entre as políticas públicas relacionadas ao tema. “As oficinas são
espaços valiosos de troca de conhecimento porque trazem olhares
diferenciados sobre cada prática em cada município. Busquei identificar
quais ações poderíamos realizar no meu município. O contato com os
técnicos do Ministério é muito significativo e poder passar um pouquinho
da nossa experiência foi muito importante”, destacou.
Até agora, 276 municípios aderiram ao Sisan, além dos 26
Estados e do Distrito Federal. As prefeituras que desejam participar
devem instituir um conselho para discutir todas as ações, planos e metas
de segurança alimentar e nutricional com a sociedade civil, além da
criação de uma câmara intersetorial e a elaboração de um Plano de
Segurança Alimentar e Nutricional. A adesão ao Sisan facilita o acesso a
recursos e programas federais, como por exemplo, o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE).
Para saber mais sobre as oficinais regionais, clique aqui.
*Por Carolina Graziadei
Programa de inclusão do Milho Guarani nas escolas ganha prêmio estadual

Nesta segunda-feira
(16), Itanhaém recebeu um importante reconhecimento estadual por conta
de sua política pública de inclusão do Milho Guarani (Avaxi Ete’i) na
merenda das escolas. A Cidade ficou em 1º lugar no Prêmio Josué de
Castro de Combate à Fome e à Desnutrição, do Governo do Estado, por meio
do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável
(CONSEA). Logo atrás, vieram os municípios de Lins e Campinas. A
cerimônia ocorreu na sede da Secretaria Estadual de Agricultura e
Abastecimento, em São Paulo.
O alimento foi inserido na merenda das escolas indígenas de Itanhaém –
das aldeias Rio Branco e Tangará – por meio do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE). Os produtos adquiridos pela Prefeitura são
de origem da própria tribo, por meio dos agricultores familiares Ribeiro
da Silva (aldeia Rio Branco) e Leonardo da Silva (aldeia Aguapeú).
Além disso, os produtores têm o Selo de Identificação da Participação
da Agricultura Familiar (SIPAF), uma ferramenta de visibilidade e
valorização dos agricultores familiares, criada pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA). O objetivo é de promover a
sustentabilidade, a responsabilidade social e ambiental e valorizar a
cultura local.
“É um trabalho em equipe que tem dado muito certo. Este
reconhecimento por parte do Governo do Estado diz muito sobre a eficácia
e a importância desta iniciativa. O Milho Guarani tem um grande valor
histórico, cultural e é altamente recomendável para a alimentação das
crianças”, disse o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico,
Eliseu Braga Chagas.
“Este reconhecimento é de suma importância para o Município, com um
prêmio específico de segurança alimentar. Estamos muito felizes com o
resultado. É uma iniciativa que envolve diversos setores, como o
Departamento de Merenda, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que
também participa ativamente. A gente vem trabalhando desde 2013 neste
projeto e agora conseguimos este belo resultado”, disse a gestora do
Banco de Alimentos, Luciana Melo.
“É uma alegria, mais uma vez, ver Itanhaém com boas avaliações em
âmbito estadual. Parabenizo a Cidade e toda a equipe, que conduziu os
trabalhos com muita alegria e competência. Trata-se de uma iniciativa
inovadora, uma referência para todo o Estado nessa área. É com muita
justiça que vocês recebem este prêmio”, disse o secretário estadual de
Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim.
Fonte: Itanhaém/SPMais 43 municípios aderem ao sistema de segurança alimentar e nutricional
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Foto : Sergio Amaral/MDS |
Brasília – Mais
43 municípios brasileiros aderiram ao Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (Sisan). As cidades estão localizadas nos
estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais, do Paraná, Piauí e São
Paulo. A inclusão foi formalizada em publicação do Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).
Com a participação, as prefeituras se comprometem a instituir
um conselho para discutir todas as ações, planos e metas de segurança
alimentar e nutricional com a sociedade civil. No plano, que deve ser
elaborado no prazo de um ano, serão apresentados os programas
existentes, com os objetivos e a previsão orçamentária para a agenda da
área. O documento também vai possibilitar que seja feito o controle
social das atividades pela população.
“O Sisan é importante para garantir o direito à alimentação
saudável. Os benefícios da adesão municipal são a promoção da cidadania,
dignidade, saúde e qualidade de vida de seus cidadãos. A população
precisa ter acesso a alimentos frescos, em quantidade adequada e da
agricultura familiar”, destacou a coordenadora-substituta de Apoio à
Implantação e Gestão ao Sisan do Ministério do Desenvolvimento Social
(MDS), Ana Flávia Mello Souza.
Ao todo, já são 276 municípios no Sisan, além dos 26 estados e
do Distrito Federal. A previsão é de que 600 municípios integrem o
sistema até 2019, conforme o Plano Plurianual (PPA). A adesão ao sistema
facilita o acesso a recursos e programas federais, como o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (Pnae).
Municípios que aderiram ao Sisan
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Estado
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Município
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Bahia
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Coração de Maria
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Bahia
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Curaçá
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Bahia
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Itambé
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Bahia
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Juazeiro
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Maranhão
|
Barra do Corda
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Maranhão
|
Caixas
|
Maranhão
|
Codó
|
Maranhão
|
Fernando Falcão
|
Maranhão
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Fortaleza dos Nogueiras
|
Maranhão
|
Jenipapo dos Vieiras
|
Maranhão
|
Mirado
|
Maranhão
|
Parnarama
|
Maranhão
|
Pastos Bons
|
Maranhão
|
Peritoró
|
Maranhão
|
Tufilândia
|
Maranhão
|
Vargem Grande
|
Maranhão
|
Água Branca
|
Maranhão
|
Bertonlínia
|
Maranhão
|
Passagem Franca
|
Maranhão
|
Santo Antônio dos Milagres
|
Minas Gerais
|
Juiz de Fora
|
Paraná
|
Altônia
|
Paraná
|
Alto Paraíso
|
Paraná
|
Borrazópolis
|
Paraná
|
Castro
|
Paraná
|
Cianorte
|
Paraná
|
Diamante do Oeste
|
Paraná
|
Guaporema
|
Paraná
|
Indianópolis
|
Paraná
|
Mamborê
|
Paraná
|
Manfrinópolis
|
Paraná
|
Marmeleiro
|
Paraná
|
Nova Aurora
|
Paraná
|
São Manoel do Paraná
|
Paraná
|
Palotina
|
Paraná
|
Pato Branco
|
Paraná
|
Perobal
|
Paraná
|
Rondon
|
Paraná
|
Sertanópolis
|
Paraná
|
Tapejara
|
Paraná
|
Terra Roxa
|
São Paulo
|
São Bernardo do Campo
|
São Paulo
|
Osasc
|
Sisan - Com o objetivo de assegurar o Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA), o Sisan coordena as ações públicas de
segurança alimentar e nutricional, além de articular a integração entre
os entes federados e a sociedade civil. O sistema também acompanha,
monitora e avalia as atividades desenvolvidas.
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Agricultura familiar e compras públicas: normas sanitárias para a produção de base familiar e artesanal
“As normas e a
legislação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) do país
são preponderantemente orientadas pelos paradigmas e necessidades da
indústria de alimentos, em detrimento da produção de base familiar e
artesanal”.
A constatação está na exposição de motivos apresentada por ocasião da
4ª plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Consea), realizada em Brasília no dia 27 de setembro, com o tema
central “Agricultura Familiar e Compras Públicas”.
O conselho chama a atenção para a multiplicidade de competências de
órgãos de regulação e fiscalização sanitária e para a dificuldade que as
famílias produtoras têm em compreender e cumprir o conjunto de
portarias, normativos e resoluções elaboradas por essas instituições,
que muitas vezes não levam em conta, na análise de riscos, as realidades
locais e regionais.
Diante dessa situação, diz o documento, uma mesma agroindústria
familiar precisa se reportar a diversos órgãos apenas para a sua
regularização sanitária. “Isso praticamente inviabiliza a legalização
destes setores produtivos, caracterizados pela diversificação de
cultivos, possibilidades de processamento e sazonalidade de sua
produção”.
Na exposição de motivos, o Consea sugere que o poder público avance
na efetiva implementação do Sistema Único de Atenção à Sanidade
Agropecuária (Suasa) e na adoção de medidas como:
- instituir normas específicas, alinhadas à Lei nº
11.326/2006 e à Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável,
para as agroindústrias familiares, que possibilitem a habilitação
sanitária e a inserção da produção familiar artesanal nos mercados
formais local, regional e nacional;
- ampliar investimentos para o apoio à estruturação e
disseminação de agroindústrias familiares e ações de formação voltadas
para aprimoramento dos sistemas agroalimentares e aplicação de boas
práticas, assegurando o acesso da população brasileira a alimentos
saudáveis e seguros;
- ampliar as ações do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS), de modo a incluir os produtores de alimentos do
segmento da agricultura familiar e camponesa com a implementação da
Resolução de Diretoria Colegiada nº49/2013 (RDC 49) nos estados e
municípios e do Programa para Inclusão Produtiva e Segurança Sanitária
(Praissan);
- fortalecer o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para).
Exposição de motivos
O tema “Agricultura Familiar e Compras Públicas” foi colocado em
debate na reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea) do dia 27 de setembro.
O objetivo das discussões foi contribuir com as políticas públicas
que fortalecem a produção da agricultura familiar e camponesa, dos povos
indígenas e povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma
agrária, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional no
país.
A exposição de motivos está disponível no site do Consea.Clique aqui para ler a íntegra do documento.
Fonte: Ascom/Consea
Curitiba é sede de Encontro de Pesquisadores em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional

O evento visa debater experiências voltadas para a promoção de
pesquisas acadêmicas do campo da alimentação e nutrição, com a
apresentação de mais de 300 trabalhos de pesquisadores e estudantes de
todas as regiões brasileiras. Na oportunidade, será constituída
oficialmente a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional (RBPSSAN).
O encontro contará com a participação da presidenta do Conselho
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta
Recine, do ex-presidente e da ex-presidenta do órgão Renato Maluf e
Maria Emília Pacheco, do conselheiro Irio Conti e das conselheiras Ana
Maria Segall e Daniela Frozi.
Elisabetta Recine, que integra o comitê organizador do encontro, fará
parte da mesa de abertura do evento, juntamente com representantes da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO),
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),
Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Rede Brasileira de Pesquisa
em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (RBSSAN).
Programação
A palestra inaugural do evento ― “Paradoxo das transições: conectando
mudanças incrementais com transformações profundas nos sistemas
alimentares” ― será feita por Harriet Friedmann, professora da
Universidade de Toronto, no Canadá, e pesquisadora visitante da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Nos três dias do encontro, os grupos debaterão os seguintes eixos temáticos:
- GT 1: Direito Humano à Alimentação Adequada;
- GT 2: Produção sustentável e processamento de alimentos;
- GT 3: Abastecimento e consumo alimentar saudável;
- GT 4: Efeitos da Insegurança Alimentar e Nutricional;
- GT 5: Comida e cultura: os múltiplos olhares sobre a alimentação;
- GT 6: A Construção da Pesquisa em SAN: avaliações, métodos e indicadores.
Conselheiros
O professor e integrante do Consea Irio Conti será um dos debatedores
do grupo temático “Direito Humano à Alimentação Adequada. O conselheiro
fará a palestra “Desafios à realização do direito humano à alimentação e
nutrição adequadas no contexto brasileiro”.
“Governança em SAN: monitoramento e participação social” é o tema da
palestra da médica sanitarista e conselheira Ana Maria Segall, no grupo
temático “A Construção da Pesquisa em SAN: avaliações, métodos e
indicadores”.
A nutricionista Daniela Frozi, representante da Rede Evangélica
Nacional de Ação Social (Renas) no Consea, mediará as discussões do
grupo temático “Comida e cultura: os múltiplos olhares sobre a
alimentação”.
ServiçoEncontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Data: 8, 9 e 10 de novembro (quarta, quinta e sexta)
Horário: 8h às 18h
Local: Universidade Federal do Paraná, Campus Jardim Botânico, Av. Prefeito Lothario Meissner, 632, Curitiba (PR)
Fonte: Ascom/Consea
Leitura do mês: Uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural
Um retrato da
construção das políticas que valorizam a produção sustentável de
alimentos. A publicação “A Política Nacional de Agroecologia e Produção
Orgânica (Pnapo) - Uma Trajetória de Luta pelo Desenvolvimento Rural
Sustentável” é uma referência para quem defende práticas agrícolas que
respeitam o ciclo natural do meio ambiente.
A Pnapo foi instituída em 2012, por meio do Decreto nº 7.794, com o
principal objetivo de integrar, articular e adequar os diversos
programas e ações que visam fomentar a produção orgânica. A instituição
dessa política se deu marcadamente por reivindicações das mulheres do
campo e da floresta, durante a 4ª Marcha das Margaridas, realizada em
Brasília, em agosto de 2011.
Mas, desde a criação da lei, o que tem avançado? O que precisa ser
aperfeiçoado? Essas são algumas das questões debatidas nos 15 capítulos
que compõem a obra.
Entre os temas em destaque estão: a avaliação e execução da produção
orgânica no Brasil, o financiamento público para a produção
agroecológica, a importância dos produtos de origem biológica e a
inovação no contexto da agricultura familiar.
A publicação foi organizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) e é resultado da análise de diversos atores da sociedade
civil que atuam no campo da agricultura sustentável.
Clique aqui para acessar a íntegra do documento
Texto: estagiário Nathan Victor, com supervisão de Francicarlos Diniz
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Participação da sociedade é instrumento poderoso para a construção do Sisan, diz presidenta do Consea
A participação
ativa da ampla diversidade social brasileira, por meio do diálogo com os
agentes das várias instâncias de Estado e de governo, é um importante
desafio e também instrumento poderoso para a construção do Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), destacou nesta
quinta-feira (26), em Manaus (AM), a presidenta do Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine.
A afirmação foi feita durante a solenidade de abertura da Oficina
Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Sisan), referente à Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins). Cerca de 160 pessoas participam do
encontro no Hotel Da Vinci Hotel & Conventions, região de
Adrianópolis, na capital amazonense.
Elisabetta lembrou que esta é a última das oficinas realizadas “com
muita competência e coragem” pela Câmara Interministerial de Segurança
Alimentar e Nutricional (Caisan) nas cinco regiões brasileiras. “A
participação nas oficinas me deu a oportunidade de conhecer as
diferentes expressões da cultura alimentar do nosso pais. E a forma como
estados e municípios estão se organizando com a sociedade civil. Ser
parte deste processo, conhecer como eles enxergam os problemas
relacionados ao direito humano à alimentação adequada tem papel
fundamental na construção do Sisan, pois não há apenas um único desafio,
mas vários”, disse ela.
A riqueza do coletivo
A presidenta do Consea contou que, durante as oficinas, apareceu uma
imensa riqueza de propostas nos grupos de trabalho. “Porque as soluções
apresentadas foram muito criativas, muito mais que aquelas clássicas,
padronizadas, às quais estamos habituados a olhar. Isso mostra que o
encontro dos saberes das pessoas torna mais fácil alcançarmos nossos
objetivos”, destacou.
Ela lembrou, por fim, que o paradigma maior dos encontros é
contribuir de maneira qualificada, digna e legítima para a construção do
Sisan, para a realização do direito humano à alimentação adequada. Por
trás desse objetivo maior, disse, está a necessidade de criar sistemas
que transformem metas em realidade para todos os brasileiros e
brasileiras.
“Para isso, tão importante quanto qualificar técnicos para construir
bons programas e investir na estruturação das Caisans e Conseas
regionais é dar legitimidade a eles. Legitimidade que vem diretamente da
qualidade da nossa diversidade, por meio dos representantes da
sociedade civil”, acrescentou. “Somente assim poderemos ter essas duas
estruturas funcionando plenamente, para que, progressivamente, possamos
atingir um direito que o Brasil definiu como importante, que é o direito
humano à alimentação adequada”.
Fonte: Ivana Diniz/Consea Sisan é tão importante que deveria ser ensinado às crianças na escola, diz pescador do Amazonas
O homem
franzino aponta as mãos para o cartaz e sentencia: “Sistemas como este
são tão importantes que deveriam ser ensinados para as crianças na
escola”. Quem afirma é o pescador Pedro José Souza Neto, de
56 anos, que participou nesta sexta-feira (27), em Manaus (AM),
da Oficina Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Sisan) – o tal sistema que está no cartaz que ele aponta.
“Nós, brasileiros, ainda não conhecemos direito nem o Sistema Único
de Saúde (SUS), criado há 30 anos. Aí entrou o Sistema Único de
Assistência Social (Suas). E depois chegou o Sisan. Então, quando você
fala para um gestor, um prefeito, um vereador, um secretário, sobre a
importância do sistema, ele diz: ‘O que é isso?’ Temos de mostrar que
existe, que funciona. É uma luta paras as pessoas entenderem. Por isso
tem de haver mais encontros como esses”, diz ele.
O pescador sabe bem sobre a realidade da Amazônia. Chegou a Manaus
ainda criança, vindo do interior com os pais e irmãos. A família toda
morava em um flutuante sobre as águas do Rio Negro. Vivendo ali, a pesca
foi a profissão primeira e natural dos Souza. “Até que esse tipo de
moradia foi considerado ilegal e tivemos de nos mudar para uma casinha.
Meu pai comprou um barco e continuamos pescando”.
Leia mais em:
Agricultura familiar e compras públicas: PAA
“Assegurar a
continuidade do PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], em todas as
suas modalidades, enquanto uma política pública de Estado, prioritária
para a garantia da segurança alimentar e nutricional e o fortalecimento
da agricultura familiar e camponesa.” Esta é uma das orientações do
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) enviadas
ao Governo Federal.
O documento que trata da agricultura familiar e compras públicas é
resultado da última plenária do Consea, realizada no final de setembro.
Representantes da sociedade civil e do governo debateram sobre o
contingenciamento de recursos e a continuidade dos programas que atendem
aos agricultores familiares de todo o país. “Em 2012, o Programa chegou
a executar R$ 800 milhões, tendo atendido 180 mil agricultores. Até
2015 o PAA vinha atendendo cerca de 100.000 famílias agricultoras ao
ano. Em 2016, face ao contingenciamento orçamentário na ação, esse
número já foi reduzido para 75.000 famílias”, diz o texto.
De acordo com o conselho, é preciso reafirmar as políticas públicas
para que o Brasil não volte ao mapa da fome diante da crise econômica. O
orçamento previsto para 2018 pode representar um corte de 98% em
relação a 2017. “Esse valor permitiria atender somente 125 agricultores,
o que na prática significa a extinção do programa, conforme vem sendo
divulgado pela mídia e por diversos movimentos sociais”, aponta o
documento.
A exposição de motivos enviada ao Governo solicita o
descontingenciamento integral e imediato do orçamento do PAA deste ano
para que as compras públicas da agricultura familiar possam alcançar a
meta de R$ 2,5 bilhões.
Exposição de motivos
O tema “Agricultura Familiar e Compras Públicas” foi colocado em
debate na reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea) do dia 27 de setembro.
O objetivo das discussões foi contribuir com as políticas públicas
que fortalecem a produção da agricultura familiar e camponesa, dos povos
indígenas e povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma
agrária, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional no
país.
A exposição de motivos está disponível no site do Consea.
Clique aqui para ler a íntegra do documentoFonte: Ascom/Consea
Ele completou 20 anos e já investiu mais de 100 bilhões de reais
Chegou aos 20
anos de existência e já investiu mais de 100 bilhões de reais. Ele é um
distinto “senhor” no combate à fome e à pobreza no país. Tem lá seus
problemas, é verdade, algumas coisinhas que precisam ser aperfeiçoadas,
mas há que se reconhecer: ele foi um dos principais responsáveis por
tirar o Brasil do Mapa da Fome no mundo e retirar milhões de famílias da
extrema pobreza no campo.
Estamos falando do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar, o Pronaf, que foi um dos destaques da última reunião plenária
do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea),
realizada no último dia 27 de setembro, em Brasília, sob o tema
“Agricultura Familiar e Compras Públicas”.
A plenária serviu para o Consea “apontar a necessidade de reafirmar
essas políticas públicas, fundamentais para a permanência do Brasil fora
do mapa mundial da fome, uma vez que a manutenção dessa posição depende
do fortalecimento dessas políticas, sobretudo neste cenário de crise
econômica”, afirmaram os participantes, em exposição de motivos.
As outras políticas públicas destacadas na plenária foram o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), a Política Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater) e o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA) e serão comentadas no site do Consea durante esta
semana.
Leia mais em:
http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/noticias/2017/outubro/ele-completou-20-anos-e-ja-investiu-mais-de-100-bilhoes-de-reais/view
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