Foto: Patrick Grosner |
Brasília – Uma
Esplanada mais saudável para todos os servidores. Esse é o objetivo da
portaria assinada pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDSA), nessa quarta-feira (26), em Brasília. O documento estabelece uma
série de diretrizes para a promoção da alimentação adequada e saudável
nos ambientes de trabalho do serviço público federal.
“A portaria é importante porque ela é o exemplo hoje no governo
federal. E é um modelo para ser seguido pelos estados, municípios,
entidades e por toda a sociedade”, explicou o secretário nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional do MDSA, Caio Rocha.
A normativa prevê que os ministérios desenvolvam ações de educação
alimentar e nutricional, práticas de hábitos de vida e alimentação
saudável, avaliações de saúde dos servidores, entre outras estratégias. A
portaria é uma ação de Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle
da Obesidade coordenada pela Câmara Interministerial de Segurança
Alimentar e Nutricional (Caisan), que é presidida pelo MDSA.
Além disso, o documento sugere que os refeitórios dos órgãos federais
sigam o Guia Alimentar para a População Brasileira e adotem medidas
para reduzir a oferta de produtos processados e evitar a de
ultraprocessados.
“Temos que adotar as boas práticas de alimentação. Para a
organização, isso é excelente, pois previne faltas por doenças e promove
a saúde. Por outro lado, o servidor tem o papel disseminador. Somos
mais de 1,4 milhão de servidores federais. Se todos falarem sobre o
assunto, certamente isso terá um grande impacto na população”, afirmou o
secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço
Público do Ministério do Planejamento, Augusto Akira Chiba.
Ações – No Brasil, 57% da população está acima do peso e 21%
da população adulta, obesa. O Ministério do Desenvolvimento Social e
Agrário tem programas e ações para a promoção da alimentação saudável e
adequada e, assim, combater o sobrepeso e a obesidade, doenças que
decorrem da má alimentação.
O Programa de Aquisição de Alimentos, por exemplo, compra alimentos
da agricultura familiar e doa a pessoas em situação de insegurança
alimentar e para as que são atendidas pela rede pública de ensino, saúde
e assistência social. Do outro lado, o PAA fortalece a agricultura
familiar e também contribui para a alimentação de qualidade dos
produtores.
A água é outro fator importante na segurança alimentar e nutricional.
Graças ao Programa Cisternas, as famílias do Semiárido têm água de
qualidade para beber e para produzir frutas, verduras e legumes. Os
produtos colhidos vão direto para a mesa das famílias, e o restante pode
ser vendido. “Neste governo, nós ampliamos quase o dobro dos recursos
que tinham para a política de água no Semiárido e no país”, ressaltou o
secretário.