quinta-feira, 7 de abril de 2016

Ministra convoca sociedade a reforçar avanços das políticas de segurança alimentar

Brasília - O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) é um instrumento essencial na elaboração de políticas públicas que garantam o direito de todos os brasileiros a uma alimentação adequada. “O Consea tem o mais amplo espectro de construção de políticas públicas, porque não é um conselho setorial. Temos 14 anos de construção de ações que não são simples”, afirmou, nesta quarta-feira (30), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Durante reunião plenária do Conselho, ela manifestou a importância do papel da sociedade para a manutenção dos avanços conquistados nos últimos anos. “Queremos continuar com o Programa de Aquisição de Alimentos, com o programa de cisternas, financiando a agricultura familiar, ampliando a renda da população e produzindo alimentos saudáveis. Temos que fazer uma disputa de projeto.”
Para a presidenta do Consea, Maria Emília Pacheco, a participação da sociedade civil na discussão é fundamental. “O Conselho tem uma representação diversa da sociedade brasileira e tem uma correspondência com o significado que tem a soberania alimentar traduzida nas políticas públicas. Então, sem espaços dessa natureza para discutir as metas e desafios, o Estado ficaria de costas para a sociedade.”
PlanSAN - O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos, apresentou os novos desafios que vão compor o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PlanSAN), com vigência até 2019. “Evoluímos muito no último período. Agora estamos atualizando a nossa estratégia para continuarmos combatendo a fome, mas enfrentando novos desafios. O Brasil é um país que cada vez mais tem pessoas acima do peso, com obesidade e com doenças decorrentes da má alimentação.”
Entre as principais demandas que farão parte do documento, previsto para ser lançado em maio, está o enfrentamento à obesidade, o combate à insegurança alimentar e nutricional de grupos populacionais específicos, como quilombolas e indígenas, e a ampliação da produção, do abastecimento e do consumo de alimentos saudáveis. A redução da pobreza e a ampliação do acesso à água, a consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e a promoção de um maior diálogo internacional, também estão na pauta.