terça-feira, 30 de janeiro de 2018
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Confirmado: 5ª+2 será realizada de 6 a 8 de março em Brasília
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Encontro Nacional 5ª+2 será realizado de 6 a 8 de março, no Hotel Nacional, em Brasília. Encontro visa fazer um balanço da 5a Conferência Nacional Segurança Alimentar e Nutricional, ocorrida em novembro de 2015. Imagem: Consea |
O Encontro Nacional
5ª Conferência+2, conhecida como “5ª+2”, será realizado de 6 a 8 de
março, no Hotel Nacional, em Brasília. O encontro pretende fazer um
balanço da 5a Conferência Nacional Segurança Alimentar e Nutricional, que foi realizada em novembro de 2015, na capital federal.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) já
divulgou dois comunicados (links disponíveis abaixo) com dados e
informações gerais sobre o encontro. Nesses boletins, o Consea
esclarece, primeiro, que não se trata de uma conferência, mas sim de um
encontro.
Trata-se de um encontro que, embora não esteja previsto oficialmente
no processo de governança do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Sisan), é realizado periodicamente entre duas conferências —
dois anos depois da última e dois anos antes da seguinte.
É um encontro basicamente de balanço, que é feito com o cruzamento
entre as propostas da Conferência Nacional e as ações realizadas pelo
governo; neste caso, tendo como referencial o 2o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan).
O evento, portanto, não possui as características de conferência, mas
sim de encontro. O Consea lembra que, neste tipo de encontro não são
feitas votações de propostas e os participantes não exercem papel de
delegados, como ocorre nas conferências.
“A 5ª+2 é uma oportunidade para a participação ativa e informada,
crítica e problematizadora sobre as experiências do passado, a análise
da conjuntura atual e a prospecção de cenários e proposições para
agendas futuras, com vistas ao fortalecimento da soberania e segurança
alimentar e nutricional no país”, afirma um dos comunicados do Consea.
ServiçoDias: 6 a 8 de marçoLocal: Hotel Nacional, Brasília (DF)
Informações
Clique aqui para ler o Comunicado nº 01.
Clique aqui para ler o Comunicado nº 02.
Clique aqui para ler o Comunicado nº 03.
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Leitura do Mês: No País do Racismo Institucional
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Publicada em 2013, a obra relata a trajetória de atuação do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo do Ministério Público de Pernambuco. |
“Tenho um cargo
comissionado, na Fundação de Cultura, no governo do Estado. Quando fui
entregar minha documentação, uma mulher olhou para mim e falou algo como
'Por que é que lhe deram esse cargo? Que sorte, hein?'. Me incomodou
porque percebi que ela julgou minha aparência. Tempos depois, fui passar
pela entrada reservada apenas aos funcionários e o segurança fez uma
cara quando eu disse que trabalhava lá. Falou: 'Não, você não é da casa.
Pode dar a volta.' Chorei de tanta raiva”.
Na semana em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra (a
data 20 de novembro foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à
morte de Zumbi dos Palmares, em 1695), a seção Leitura do Mês traz a
resenha do livro “No País do Racismo Institucional - Dez anos de ações
do GT Racismo no MP-PE”, onde está registrado o depoimento acima, feito
pela cantora pernambucana Isaar França.
Publicada em 2013, com 180 páginas e vasta bibliografia de consulta
(54 referências), a obra relata a trajetória de atuação do Grupo de
Trabalho de Combate ao Racismo do Ministério Público de Pernambuco – GT
Racismo.
O objetivo do trabalho, segundo a autora Fabiana Moraes, é
compartilhar esta experiência de enfrentamento ao racismo, partindo de
dentro para fora da instituição.
Surgido na década de 1960, por meio do Movimento Negro
Norte-americano, o termo Racismo Institucional foi cunhado com o intuito
de ampliar o conceito clássico de racismo, levando-o para além do
escopo limitado do indivíduo. A partir dessa amplitude conceitual, a
experiência do MP-PE busca provocar as instituições no sentido de se
repensarem diante de sua seletividade racial em relação a indivíduos e
grupos, seletividade essa que se reflete na demarcação de espaços e
privilégios que desafiam o mito da democracia racial brasileira.
Dividida em cinco capítulos ― entre levantamentos históricos,
pesquisas de dados estatísticos e mapeamento de trabalhos acadêmicos ―, a
publicação aborda as relações entre racismo institucionalizado,
justiça, políticas de Estado, saúde da população negra, terras
quilombolas e terreiros, no sentido também de ampliar o olhar sobre as
políticas públicas de segurança alimentar e nutricional dessas
comunidades.
“A garantia do direito à propriedade das terras ocupadas pelas
comunidades quilombolas decorre do fato de ser a terra elemento
fundamental para sua manutenção. É dela retirada a fonte de renda e
sustento dos quilombos rurais; foi nela que estabeleceram suas
residências quando alijados dos centros urbanos para as áreas então
ditas periféricas; foi nela enfim que se formaram os vínculos
socioculturais que permitiram suas existências até os dias atuais”,
ressalta a publicação.
“A discriminação, o ódio, a intolerância e a violência são atitudes
que devem ser repudiadas pela sociedade, em nome do respeito à dignidade
humana”, avalia o procurador de Justiça do Ministério Público de
Pernambuco, Aguinaldo Fenelon de Barros. “Estamos trilhando o caminho
certo, na medida em que reconhecemos o preconceito que existe e resiste
na sociedade, um racismo silencioso que agora vem sendo enfrentado com
ações afirmativas”, diz ele no documento. “Ninguém é melhor que ninguém
por causa da cor da pele”.
Isaar França, a cantora pernambucana cujo relato inicia este texto,
ratifica. “Cheguei a ser contra o regime de cotas, mas hoje percebo que
não dá pra esperar melhoras no ensino público. A dor, quando é muito
grande, precisa sim de um paliativo. Porque as pessoas precisam parar de
achar que ser negro é um castigo, que a África ou o Haiti são
amaldiçoados. Conviver com negros em discussões é importante para a
sociedade. E os negros também precisam saber que essa possibilidade
existe. Para combater o racismo é preciso sair da defensiva, também”.
Clique aqui para acessar a íntegra do livroTexto: Francicarlos Diniz
Comitê Mundial lança consulta pública sobre parcerias para financiar segurança alimentar
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Sugestões poderão ser feitas em inglês, francês e espanhol e serão acrescentadas à versão zero do relatório “Parcerias Multilaterais [multistakeholder] para Financiar e Melhorar a Segurança Alimentar e Nutricional no Âmbito da Agenda 2030”. Imagem: Office |
Está disponível na internet, até o dia 19 de fevereiro, a consulta pública eletrônica lançada pelo Painel de Especialistas do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (HLPE-CSA),
entidade vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de
levantar insumos e contribuições sobre a criação de parcerias múltiplas,
com o objetivo de melhorar as formas de financiamento da segurança
alimentar e nutricional global.
Os comentários e sugestões poderão ser feitos em inglês, francês e espanhol e serão acrescentados à versão zero do relatório “Parcerias Multilaterais [multistakeholder] para Financiar e Melhorar a Segurança Alimentar e Nutricional no Âmbito da Agenda 2030”.
As contribuições deverão versar sobre os questões apresentadas nas
páginas 2 e 3 do documento disponível na plataforma de consulta: http://www.fao.org/fsnforum/cfs-hlpe/multistakeholder-partnerships-v0 13
e deverão ser encaminhadas para o endereço eletrônico: cfs-hlpe@fao.org ou para fsn-moderator@fao.org
Os dados enviados à consulta pública serão utilizados pela HLPE para a
futura elaboração do relatório, o qual será então submetido à revisão
de especialistas externos antes de sua finalização e aprovação pelo
Comitê Diretivo do Painel de Especialistas do Comitê de Segurança
Alimentar Mundial (HLPE, na sigla em inglês), durante a próxima sessão
plenária do Comitê Mundial de Segurança Alimentar (CFS), a ser realizada
em outubro de 2018.
Painel de Especialistas
A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea), a nutricionista, professora e pesquisadora
Elisabetta Recine, integra o Painel de Especialistas do Comitê de
Segurança Alimentar Mundial (CSA/FAO). O ex-conselheiro e ex-presidente
Renato S. Maluf também já fez parte do grupo.
O modelo de parceria do tipo multistakeholder, ou de múltiplas
partes interessadas, permite a participação e a consideração de todos
os atores que importam em um sistema – quer representem governos,
setores da iniciativa privada ou da sociedade civil, incluindo setores
técnicos e acadêmicos – em bases igualitárias e por meio de um processo
inclusivo.
Fonte: Consea com informações da FAOConsultado pelo STF, Consea defende o fim de isenção de impostos sobre agrotóxicos
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Conselho defende proibição de agrotóxicos já proibidos em outros países; a efetiva implementação do Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos (Pronara); e o direito do consumidor à informação, com o rótulo T nas embalagens. Imagem: ABr |
O Conselho
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em atendimento a
consulta feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), protocolou resposta
na última segunda-feira (8), manifestando-se contrário à isenção fiscal
do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre os agrotóxicos.
No seu posicionamento, o Consea anexou uma
exposição de motivos e o relatório da “Mesa de Controvérsias” sobre o
assunto. Nos dois documentos, o órgão defende o fim dos subsídios e
isenções aos produtos agrotóxicos, após a realização de estudos sobre os
custos sociais, econômicos, ambientais.
Além disso o conselho defende a proibição
de todos os agrotóxicos já proibidos em outros países; a efetiva
implementação do Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos
(Pronara); e o direito do consumidor à informação, com o rótulo T nas
embalagens.
O Consea defende também a criação de
políticas de incentivos à produção de alimentos saudáveis, a priorização
de compras governamentais de produtos agroecológicos e investimentos
públicos em pesquisas alternativas, entre outras ações possíveis.
O conselho foi consultado pelo STF a partir
de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 5553, movida pelo
Partido Socialismo e Liberdade (PSol). Além do Consea, o Supremo enviou
pedido de opiniões técnicas para diversos órgãos públicos, a fim de
obter subsídios para o julgamento da ação.
Clique aqui para ler o posicionamento do Consea.
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