Tendo
em vista o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho) e preocupado com
os impactos da mudança climática, o Banco
Mundial tem proposto mecanismos para promover a inovação de tecnologias
verdes para a agricultura familiar e famílias rurais, no intuito de
mitigar a emissão de gás carbono e metano. Desta forma, Santa Catarina
foi escolhida para criar um centro voltado para
promoção de empresas de inovação tecnológica com foco na agricultura
familiar, sendo que o Banco Mundial pretende apoiar, em parceria com o
Governo do Estado, pequenas e médias empresas, incluindo associações,
cooperativas, organizações de mulheres e de agricultores,
desenvolvedoras de projetos de ?tecnologia verde? em zonas rurais. Esta
proposta foi apresentada pela delegação do Banco Mundial, chefiada pelo
economista Diego Arias, em visita a Santa Catarina para acompanhar as
ações do Programa SC Rural.
Segundo
o secretário-executivo do Programa SC Rural, Julio Bodanese, esta é uma
ideia embrionária do Banco Mundial, que
detectou gargalos no desenvolvimento de tecnologias e ferramentas
aplicáveis a agricultura familiar catarinense. ?Outros encontros de
trabalho serão agendados até maio de 2017, quando a equipe do banco,
auxiliada por técnicos do SC Rural e de empresas públicas
e privadas, deve apresentar o projeto final para a criação do centro de
inovação de tecnologias verdes em SC?
O
Banco Mundial (BIRD) acredita que tecnologias como a agricultura de
precisão, uso de drones e aplicativos móveis, que
ajudam os produtores na tomada de decisões a cerca de produção e
mercado, não estão disponíveis para os agricultores familiares e suas
organizações. De acordo com o economista Diego Arias, a escolha de Santa
Catarina como estado propício para criação do centro
de inovações deve-se a quatro fatores: ser um estado onde a inovação é
uma prioridade de governo; o ótimo desempenho apresentado na execução do
Programa SC Rural; o compromisso do Estado com a expansão e acesso à
internet e tecnologias digitais no meio rural;
e a possibilidade de se desenhar um novo projeto de desenvolvimento
rural com foco na inovação e uso de tecnologias "verdes".
A
proposta foi apresentada durante encontro no dia 31 de maio, no Centro
de Treinamentos da Epagri, em Florianópolis ?
SC, sendo que a Cresol esteve representada pelo funcionário da Área de
Formação da Central Cresol Sicoper, Affonso Flach, e pelo Diretor da
Cresol Dona Emma, Cleiton Loch. O Diretor explica que o propósito do
Banco, no próximo período, é potencializar ações
consideradas como tecnologias verdes. ?Este aspecto contempla práticas
sustentáveis, as quais agridem menos o meio ambiente e também que
proporcionem maiores ganhos econômicos e sociais para os agricultores
familiares. São oportunidades que aparecem e que
nos levam, agora, a identificar iniciativas em nossa base social que
mereçam ser apoiadas?, afirma Loch.
Flach
complementa que, com este espírito orgânico e sustentável, as
Cooperativas Singulares vinculadas a Cresol Base Vale
do Itajaí, com o apoio da Central Cresol Sicoper, desenvolvem, há mais
de dois anos, uma série de cursos sobre agroecologia e agricultura
orgânica. ?Este evento vem de encontro também com a mais recente
organização, ainda em fase de projeto, para a constituição
de uma biofábrica cooperativa, no município de Pouso Redondo ? SC. Ela
será uma unidade industrial e comercial de produtos biológicos
aperfeiçoados como biofertilizantes, adubo Bokashi, fosfito, rochagem
remineralizadora, biochar, probióticos para uso animal
e micro-organismos eficientes?, explica.
Pensar
e desenvolver ações que preservem o meio ambiente e assegurem os
recursos naturais também é responsabilidade de
instituições financeiras como a Cresol, que podem e devem fomentar
recursos e incentivar estas práticas. Assessoria de Comunicação da
Central Cresol Sicoper Fonte: Secretaria Executiva Estadual do SC Rural